Ministério
das Finanças, Banco de Portugal e Comissão do Mercado de Valores Mobiliários
são os alvos de novas ações na justiça lançadas por fundos internacionais que
detêm dívida do BES. São duas dezenas de investidores que querem ter acesso a
informação sobre a divisão do antigo Banco Espírito Santo.
O
grupo, entre outras questões, pretende saber se foi ponderada a recapitalização
do BES com recurso a investidores privados a acionistas do banco ou através do
recurso a fundos públicos. Existiram condicionalismos externos, nacionais ou
estrangeiros para se avançar coma resolução? E de que forma e quando é que o
Banco de Portugal teve conhecimento dos problemas no BES.
As
dúvidas são muitas e levaram o grupo de investidores internacionais a avançar
com novas ações judiciais, dois meses depois de contestarem a resolução do BES.
Desta vez, os alvos são o Governo, o Banco de Portugal e a CMVM.
Fonte
próxima destes investidores que detêm obrigações do BES, avançou à agência Lusa
que eles reclamam o direito de acesso a toda a informação relacionada com a
intervenção pública na instituição... de forma a que lhes permita compreender a
decisão de dividir o BES em duas entidades, o 'banco mau' e o Novo Banco.
A
mesma fonte, explicou à agência Lusa, que os novos processos são sequência do
silêncio que estes investidores encontraram em Portugal. Antes de
entrarem com os processos nos tribunais foram dirigidos pedidos ao Ministério
das Finanças, ao Banco de Portugal e à CMVM de acesso à informação, mas até
agora não conseguiram obter qualquer tipo de dados requeridos. Alguns pedidos
foram recusados e outros foram objeto de pedidos de prorrogação do prazo de
resposta.
Segundo
a agência Lusa, estes investidores são essencialmente fundos de investimento
estrangeiros que detêm obrigações subordinadas do BES emitidas no final do ano
passado e cujo valor ascende a 750 milhões de euros.
TSF
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