Foram
validados e proclamados esta terça-feira (30.12) os resultados das eleições
gerais. A FRELIMO, e o seu candidato, Filipe Nyusi vencem o pleito, a RENAMO,
rejeita os resultados e o MDM diz-se triste com a validação.
Em
Moçambique, o Conselho Constitucional validou e proclamou os resultados das
eleições gerais de 15 de outubro último que dão vitória ao partido no poder, a
FRELIMO, e ao seu candidato, Filipe Nyusi. A RENAMO, rejeitou os resultados e
insiste num governo de gestão, enquanto o MDM se diz triste com esta validação.
Fica
assim confirmado oficialmente o candidato da FRELIMO às Presidenciais, Filipe
Nyusi, como vencedor das eleições com 57 por cento dos votos.
A
segunda posição foi ocupada por Afonso Dlakhama, da Renamo, com 36,6 por cento
dos votos seguido de Daviz Simango do Movimento Democrático de Moçambique (MDM)
com 6,04.
Nas
legislativas, a FRELIMO, obteve 144 mandatos, menos quarenta e sete em relação
à última legislatura (2009). A RENAMO elegeu 89 deputados e o MDM com 17
mandatos.
Eleições gerais decorreram dentro do quadro legal
Eleições gerais decorreram dentro do quadro legal
O
acórdão do Conselho Constitucional foi apresentado pelo Presidente do órgão,
Hermenegildo Gamito, numa cerimónia pública tendo a certa altura declarado que
o órgão que dirige "considera que de um modo geral as eleições
presidenciais, legislativas e para as assembleias provinciais decorreram em
consonância com o quadro legal estabelecido".
Gamito reconheceu, no entanto, que durante o processo eleitoral registaram-se alguns ilícitos.
Gamito reconheceu, no entanto, que durante o processo eleitoral registaram-se alguns ilícitos.
Recorde-se
que o Conselho Constitucional considerou improcedentes os recursos apresentados
pela RENAMO e o MDM que exigiam a anulação das eleições, alegando terem sido
fraudulentas.
Na
sua primeira comunicação ao país, o Presidente eleito, Filipe Nyusi, disse que
se inicia um novo ciclo para os moçambicanos onde a inclusão será o tecto para
a sustentatibilidade da governação. "Signicará governar a todos os
moçambicanos de igual forma: O respeito pelo homem e principalmente pelos seus
direitos sem nenhuma distinção e a criação de oportunidades para cada
moçambicano criando benefícios para todos", sublinhou Nyussi.
RENAMO continua a defender um governo de gestão
O mandatário da RENAMO, André Majibiri, reagiu à validação e proclamação dos resultados eleitorais ao afirmar que "não aceitamos esses resultados porque são fraudulentos e pelo facto tanto Filipe Nyusi como a FRELIMO não estão em condições de formar o governo. Por isso defendemos a ideia de um governo de gestão".
RENAMO continua a defender um governo de gestão
O mandatário da RENAMO, André Majibiri, reagiu à validação e proclamação dos resultados eleitorais ao afirmar que "não aceitamos esses resultados porque são fraudulentos e pelo facto tanto Filipe Nyusi como a FRELIMO não estão em condições de formar o governo. Por isso defendemos a ideia de um governo de gestão".
E
o porta voz da RENAMO, Antonio Muchanga, explica porquê um governo de gestão.
" Considerando que para podermos repetir as eleições temos que ter
instituições credíveis. Propomos um governo de gestão cuja missão principal
desse executivo será reformar as instituições: a polícia, o exército e os
próprios órgãos eleitorais".
A
RENAMO tem vindo a defender como solução para se ultrapassar a alegada crise
pós-eleitoral devem ser realizadas negociações prevendo que os partidos
políticos possam indicar quadros para ocuparem vários cargos de direção na
governação e na função pública aos níveis central, provincial e distrital.
Numa
aparente resposta a esta exigência da RENAMO, o Presidente eleito Filipe Nyusi
afirmou que defende a inclusão mas "o princípio da inclusão baseia-se na
lei o que significa que todos devemos respeitar a lei. A inclusão não
significará necessáriamente nomeação para os cargos de governação central,
provincial, distrital ou local, nem a nomeação de chefia para diferentes níveis
porque este não é o problema princial dos moçambicanos".
MDM
vai continuar o combate político
O MDM também reagiu aos resultados eleitorais através de Lutero Simango, membro sénior do partido que afirmou que o seu partido "continuará a fazer a luta política para que os moçambicanos possam ter de facto um governo do povo e para o povo".
O MDM também reagiu aos resultados eleitorais através de Lutero Simango, membro sénior do partido que afirmou que o seu partido "continuará a fazer a luta política para que os moçambicanos possam ter de facto um governo do povo e para o povo".
Entretanto,
o Presidente eleito, Filipe Nyusi, já afirmou que o país não pode ser palco de
ensaios de democracia e que o seu governo vai precisar de se concentrar no
combate a pobreza e desenvolvimento do país.
Leonel
Matias (Maputo) – Deutsche Welle
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