sexta-feira, 13 de junho de 2014

Copa 2014: O pénalti que nunca existiu. A Espanha que perde por 5 - 1



Fernando Silva

Imagem Escolhida de hoje. Acerca do penalti oferecido pelo árbitro no jogo inaugural do Mundial2014 a decorrer no Brasil. A oferta foi para o Brasil. O juiz da partida achou por bem dar a mão e o desafogo aos da casa. A vítima foi a Croácia. Não foi visto pénalti mas sim uma grande boa vontade de oferenda do árbitro. Daí a Croácia dizer que o melhor seria darem já a taça ao Brasil. Tanto não, seria um escândalo. (Imagem Globo br)

Holanda vai à meia-dúzia contra a Espanha?

O encontro está a decorrer neste momento. A Holanda está a dar uma cabazada de golos à Espanha. Os jogadores espanhois mais parecem baratas tontas. Casillas parece um franganote que nem sequer cacareja. Holanda 5 - Espanha 1 aos 83 minutos de jogo. O treinador-selecionador espanhol, Del Bosque, está de olhos trocados. Não tarda vai pedir para voltar tudo ao príncipio que assim não vale. 

Fim de jogo: 5 - 1. Ganharam os melhores. Justamente. A Espanha não merece isto. Que vergonha. Que se passa? Pouco falta para a meia-dúzia. Arriba Espanha!

Copa 2014: Dilma Rousseff diz que insultos não a enfraquecem




A presidente brasileira Dilma Rousseff afirmou hoje que os insultos proferidos contra ela na quinta-feira nas arquibancadas do estádio Arena Corinthians, em São Paulo, na abertura do Mundial2014, não a enfraquecem nem atemorizam.

"Não me vou deixar perturbar por agressões verbais. Não me vou deixar atemorizar" por insultos "que não podem ser escutados pelas crianças e pelas famílias", disse Dilma Rousseff em Brasília.

A presidente brasileira foi visada por insultos do público presente no estádio Arena Corinthians, por três vezes.

Rousseff disse que já passou por outras situações de dificuldades que não a desviaram do seu "rumo" e dos seus "compromissos", numa referência às torturas que sofreu ao ser presa durante a ditadura militar brasileira (1964-1985).

"Não foram agressões verbais, mas físicas. E suportei agressões quase insuportáveis. Não me abato e não me abaterei", disse.

Rousseff afirmou, também, que conhece o caráter "civilizado e generoso" dos brasileiros, que não agem, não pensam e não se sentem da forma que os insultos expressaram.

Lusa, em Notícias ao Minuto

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Cabo Verde: “Políticos fazem o contrário daquilo para que foram eleitos”




Lídio Silva: "Quem está no poder defende os interesses pessoais e dos partidos"

Rádio Morabeza – Expresso das Ilhas

Lídio Silva defende que Cabo Verde deve ter uma governação voltada para os cidadãos e não para servir os interesses pessoais e dos partidos. O fundador da UCID, antigo deputado nacional, falava sábado no programa de debate Palácio do Povo, da Rádio Morabeza.

Lídio Silva entende que, de uma maneira geral, os políticos fazem o contrário daquilo para que foram eleitos.

Lídio Silva entende que a administração da coisa pública deve gerar riquezas e traduzir-se na melhoria na qualidade de vida dos cidadãos. De acordo com o actual deputado municipal de São Vicente, a sociedade civil deve ter um papel mais activo na avaliação dos governantes.

O programa Palácio do Povo, da Rádio Morabeza, é emitido todos os sábados, a partir do meio-dia, com repetição aos domingos, depois das 13h00.


Cabo Verde: PM "está a zombar", dívida dos municípios é insignificante




Manuel de Pina garante que a dívida dos municípios é insignificante no contexto nacional

O presidente da Associação Nacional dos Municípios Caboverdianos (ANMCV), Manuel de Pina, garantiu esta sexta-feira, 13, que o peso da dívida dos municípios no contexto nacional é insignificante, considerando ainda que nenhum município de Cabo Verde recorre ao empréstimo bancário sem ter sua capacidade de endividamento bem definida.

Depois do comentário do Primeiro-Ministro, José Maria Neves, referente à dívida dos municípios de Cabo Verde, Manuel de Pina critica o chefe do governo e diz que este está a “zombar" com os cabo-verdianos.

“Após vários anos de hostilidade e de sufoco aos municípios, vem agora o senhor primeiro ministro zombar dos cabo-verdianos. Fez tudo para acabar com os municípios” critica.

Manuel de Pina garante que nenhum município de Cabo Verde recorre ao empréstimo bancário sem ter a capacidade de endividamento definido e que só endividam nos termos da lei, não tendo casos de municípios que tenham ultrapassado a sua capacidade de endividamento.

O presidente da ANMCV apontou ainda um conjunto medidas feitas pelo governo de José Maria Neves que têm prejudicado as finanças dos municípios.

“Retirou os recursos da promoção social aos municípios, suspendeu desde 2010 a taxa ecológica, só a taxa ecológica cobre quase 50% das dívidas dos municípios com as bancas. Não resolveu o problema de imposto de incêndio e da taxa aeroportuária dos municípios. Não compensou as isenções fiscais que concede, e que por força da lei devia compensar. Não pagou impostos aos municípios por se considerar isento, mas obriga os municípios a pagarem”.

“Centralizou a cooperação internacional, ou seja, se antes um país podia financiar directamente os municípios, agora já não pode, sem contar com várias leis publicadas que beliscam as competências e as atribuições dos municípios” sublinha.

Para finalizar Manuel de Pina assume que a situação financeira dos municípios é complicada, mas que pediram uma colaboração efectiva do governo que até agora não se tem produzido resultados. Dessa forma o governo "confirma que tem desenvolvido uma politica contra o poder local em Cabo Verde".

Hélio Robalo – A Semana (cv)

NOVA ECONOMIA EM CABO VERDE




O diário A Semana, de Cabo Verde, salienta que existe um movimento no país que tem por objetivo “criar uma nova economia”. Não sabemos como, até porque o desenvolvimento da notícia não está acessível na edição online, somente em papel.

Gostaríamos de saber sobre tal criação e eventual proposta(s) do movimento de prováveis cidadãos caboverdianos ou de outras nacionalidades. É que Cabo Verde está cada vez mais atracado à economia dos ditatoriais e antisociais mercados e até quer aderir ao Euro. Se consideram que essas são as melhores soluções para os caboverdianos… Para as elites são um maná por excelência, como se tem visto por essa Europa e pelo mundo. Para a maioria dos caboverdianos não. Tudo dependerá daquilo que construírem de novo e o mais independentes e autosustentáveis possível. 

Aguardemos boas novas.

Segue a breve referência no A Semana online. (Beatriz Gamboa/PG)

“Figuras proeminentes da sociedade cabo-verdiana juntam-se no “Movimento para criar uma nova economia”, eis a manchete desta edição do Jornal A Semana. O economista e actual vice-presidente da Câmara de Turismo, Eugénio Inocêncio, é um dos mentores do recém-criado movimento. O grupo, ao qual já aderiram figuras importantes de Cabo Verde, quer produzir ideias para ajudar o país a implementar reformas políticas e económicas capazes de alterar o já “esgotado” quadro actual em que se desenvolve a actividade económica.”

Sandji Fati deverá deter a pasta da Defesa da Guiné-Bissau




Bissau - Sandji Fati, ex-Chefe do Estado Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), é o nome mais provável para vir a ocupar a pasta da Defesa, segundo a PNN apurou junto de fontes do PAIGC.

Ex-CEMGFA durante o período da Junta Militar, regressou no último ano ao PAIGC depois de um período de militância no PRID, partido com o qual entrou em ruptura. Licenciado em Direito, com 52 anos de idade, de etnia mandinga, Fati tem a seu favor o ser altamente respeitado pela classe militar guineense. Aliás, a sua nomeação para a Defesa terá mesmo o aval directo do actual CMEGFA, António Indjai.

A contribuir para a sua nomeação está o facto de Sandji Fati ser visto como um «militar com ideias muito concretas sobre a reestruturação das FA´s». É seu o primeiro estudo (1993) para a reestruturação do sector de segurança e defesa, que só não avançou devido ao conflito de 7 de Junho de 1998. Em diversas comunicações públicas, Fati tem avançado que a reestruturação terá de ser o «ponto inicial» para a estabilização do país.

Antigo Combatente, Sandji Fati regressou a Bissau em 2012, tendo recentemente ocupado funções como director da Fiscap, orgão de fiscalização marítima, no âmbito do qual conseguiu montar um sistema de vigilância costeira responsável pela diminuição da pesca ilegal em águas guinnenses.

Devido à implementação deste sistema entrou em choque com o então Chefe da Marinha, Bubo Na Tchuto, detido nos EUA por crimes de narcotráfico. Bubo exigia que a Fiscap desse conhecimento prévio das suas actividades de vigilância à marinha, sabe-se agora, como forma de evitar a detecção das embarcações oriundas da América do Sul.

O nome de Sandji Fati, bem como do futuro elenco governamental, deverá ser confirmado na próxima semana pelo Primeiro-ministro eleito, Domingos Simões Pereira.

(c) PNN Portuguese News Network - Bissau Digital

Guiné-Bissau: JOMAV anuncia recondução de Abudu Mane à PGR




Bissau – O Chefe de Estado guineense eleito nas últimas Presidenciais na Guiné-Bissau, José Mário Vaz (JOMAV), informou que vai reconduzir o actual Procurador-geral da República, Abudu Mane, ao seu cargo, em função da promessa feita aos eleitores guineenses durante a campanha eleitoral.

A informação foi avançada à PNN por uma fonte ligada ao Presidente da República eleito, depois de este ter sido informado sobre o pedido de demissão apresentado no início desta semana por Abudu Mané.

Deparado com vários processos inconclusivos, de entre os quais o próprio processo contra JOMAV, o processo dos assassinatos de Nino Vieira, Tagme Nawaie e outros, com a sua intenção de abandonar o cargo o homem forte do Ministério Público pode deixar as investigações feitas aos processos em causa cair por terra.

Além destas situações, desde a sua nomeação, Abudu Mané tem-se envolvido em várias polémicas ao nível da justiça guineense, tendo chegado mesmo a tentar impugnar a candidatura do actual Presidente da República, acto que na altura não foi aceite pelos colectivos de juízes do Supremo Tribunal de Justiça.

(c) PNN Portuguese News Network - Bissau Digital

Tailândia: Junta militar vai formar governo interino até setembro




Banguecoque, 13 jun (Lusa) -- A junta militar no poder na Tailândia anunciou hoje que vai formar um governo interino até setembro para supervisionar as reformas políticas a serem seguidas por eleições dentro de um período de aproximadamente um ano.

O anúncio foi feito pelo chefe da junta militar, o general Prayuth Chan-ocha, que liderou o golpe de 22 de maio, que não indicou, porém, se o governo interino vai ser composto por civis ou militares.

"Vai ser constituído um novo governo em agosto ou início de setembro", disse, numa alocução sobre o orçamento para 2015.

Prayuth Chan-ocha descartou a possibilidade de se realizarem eleições pelo menos dentro de um ano, a fim de dar tempo para a concretização de reformas políticas, as quais diz serem necessárias para colocar um ponto final em quase uma década de turbulência política que degenerou em diversos surtos de violência nas ruas.

"Por favor, sejam pacientes comigo", afirmou, em declarações citadas pela agência AFP.

A junta militar no poder na Tailândia tem estado sob críticas, designadamente da comunidade internacional e de organizações de defesa dos direitos humanos, por estar a restringir direitos civis, ao proibir protestos, censurar os meios de comunicação social e por ter detido temporariamente centenas de pessoas que tem vindo a convocar, entre ativistas, intelectuais e membros de grupos da oposição.

DM // SO - Lusa

Macau: Governo da RAEM em crise política por culpa própria



PAUL CHAN WAI CHI – Hoje Macau, opinião

20000 pessoas protestaram nas ruas sob um calor tórrido e outras7000 juntaram-se no relvado em frente à Assembleia Legislativa, com um único objectivo : exigir que o governo retirasse a proposta de Lei do regime de garantias. Embora a Assembleia Legislativa tenha agido de acordo com o pedido de Chui Sai On e aprovado por unanimidade a retirada da votação, o problema não está ainda resolvido. O presidente da Assembleia Legislativa, Ho Iat Seng, disse à imprensa que a revisão da proposta de Lei significava a sua retirada. Na realidade, existe uma diferença entre as duas actuações. A proposta avançada pelo governo está completamente fora da realidade. Numa edição do jornal Mingpao de Hong Kong, apareceu uma tabela com o que o Chefe do Executivo e os funcionários superiores teriam a receber no fim dos seus mandatos e onde se mostrava os funcionários superiores e o Chefe do Executivo de Hong Kong não tinham compensações do género. Na realidade, a formulação desta proposta sem consulta pública, reflecte apenas o desejo do Chefe do Executivo. Esta postura do governo não convence; o timing e a base legal não são aceitáveis. A única vantagem do governo da RAEM foi ter um número suficiente de deputados a votar a favor da proposta e ter mobilizado organizações com interesses a defender para apoiar a proposta. Mas como a consciência da população tem vindo a aumentar, ajudada pelos avanços das bases de comunicação das novas tecnologias, a atitude do governo não teve resultados. Nos últimos anos a população aprendeu algumas lições com o acréscimo de “2 + 2 deputados” e os “100 membros do Conselho Eleitoral para o Chefe do Executivo”, bem como com os resultados das eleições para a Assembleia Legislativa, 2013. A população já não fica calada nem esconde as suas ideias. Aprendeu a confiar nas suas ideias e a decidir por si. E ao permitir que uma associação se manifestasse no mesmo local em que outros com ideias contrárias protestavam, o governo só veio agravar a situação, fazendo com que as pessoas digam “NÃO” de forma activa.

O governo nunca esperou uma manifestação de 20 mil pessoas. Nem sequer os organizadores do protesto. “A consciência cívica dos manifestantes foi surpreendente para todos. A ver vamos como é que o governo vai lidar com a crise por ele instalada. No seguimento do pedido dos manifestantes para retirar a proposta de lei, o governo convocou uma reunião de emergência do Conselho Executivo. Três deputados que fazem parte do Conselho Executivo disseram abertamente que fariam tudo para que a lei fosse revista para acalmar os ânimos. Mas, em menos de 24 horas, Chui Sai On reuniu-se com o presidente da Assembleia Legislativa, Ho Iat Seng, e propôs o adiamento da discussão da lei nessa tarde no na AL, tendo esta discussão ficado agendada para mais tarde. O governo aparenta incompetência em lidar com a crise, ao não ter uma abordagem definida, mudando de planos e não retirando a proposta de lei. De certa forma, foi o governo que impulsionou as 7000 pessoas que se deslocaram à Assembleia Legislativa para expressar a sua insatisfação. Os três deputados que propuseram a reavaliação dos pormenores da lei acabaram por cumprir uma missão ingrata. A discussão da proposta acabou por cair enquanto se mostrou que o governo não confia na 2.ª Comissão Permanente.

O projecto de lei só pode ser emendado ou retirado pelos seus proponentes. A Assembleia Legislativa tem um papel passivo. Em plena crise, o governo não tomou medidas para remediar a situação e fugiu de forma irresponsável aos seus deveres para com a Assembleia Legislativa. Culpar o Secretário da Administração e Justiça pela redacção do projecto é outro acto irresponsável. O Secretário da Administração e Justiça supervisiona a formulação de projectos de lei, mas estes têm sempre de ser discutidos e analisados pelo Conselho Executivo, antes de serem assinados e aprovados pelo Chefe do Executivo e finalmente serem apresentados à Assembleia Legislativa. O Chefe do Executivo e o Conselho Executivo não são responsáveis pelas suas decisões?

Muitos são os que facilmente perdem racionalidade face ao dinheiro e ao poder, enquanto outros fogem às responsabilidades e evitam as consequências. O governo está a passar por uma crise política criada por si próprio. E por enquanto, a única saída é tomar a iniciativa de retirar o projecto de lei e deixar que o próximo governo lide o assunto, através de uma consulta pública, e não só.

Não faltam talentos no governo, faltam é talentos que queiram assumir as suas responsabilidades.

Acidente com barco de passageiros em Macau com 70 feridos




Setenta pessoas estão hoje a receber assistência médica nos hospitais de Macau na sequência de um acidente com uma embarcação que fazia a ligação entre Hong Kong e aquele território, disse à Lusa fonte dos Serviços de Saúde.

Inicialmente, fonte Serviços de Assuntos Marítimos e de Água tinha revelado a existência de 58 feridos, um dos quais em estado grave, mas os Serviços de Saúde explicaram terem entrado nos hospitais locais 70 pessoas, todas com ferimentos ligeiros.

O acidente ocorreu esta manhã, quando a embarcação, que transportava 228 passageiros, maioritariamente coreanos e de Hong Kong, embateu no dique de proteção no canal de acesso ao porto de Macau.

De acordo com Serviços de Saúde, foram transportadas 70 pessoas, 45 homens e 25 mulheres, para os hospitais Conde S. Januário (público) e Kiang Wu (privado), para receberem assistência médica.

"As vítimas estão todas conscientes, apresentam apenas ferimentos ligeiros e algumas escoriações", informaram os serviços, garantindo a ausência de feridos graves.

Segundo dados cedidos à Lusa, as vítimas são de Hong Kong (59), Macau (4), Coreia do Sul (4), Tailândia (2) e Japão (1).

O alerta do acidente foi dado às 09:31 locais (02:31 em Lisboa).

Com o embate, o barco ficou encalhado no local e os feridos e restantes passageiros tiveram de ser transferidos para outras embarcações que acorreram ao local do acidente.

As causas do acidente não são ainda conhecidas.

Este é o terceiro acidente do género nos últimos oito meses com embarcações que fazem as ligações entre Hong Kong e Macau.

Lusa, Notícias ao Minuto

Moçambique só deve conseguir exportar gás a partir de 2020




O primeiro carregamento de gás natural liquefeito (LNG, na sigla em inglês) em Moçambique só deverá acontecer em 2020, dois anos depois da previsão do Governo, considera o analista Virendra Chauham, da consultora Engery Aspects, em entrevista à Lusa.

"No geral, as infraestruturas são ainda escassas e inadequadas, principalmente no que diz respeito à mão de obra qualificada, por isso é um verdadeiro desafio concretizar a primeira comercialização de gás em 2018", dise à Lusa Virendra Chauham, salientando que esta consultora especializada em assuntos energéticos aposta mais em 2020: "Moçambique é, na verdade, uma história para a próxima década".

Moçambique está bastante mais atrasado no processo energético que Angola ou o Brasil, acrescenta o analista, sublinhando a importância da lei que enquadra a exploração de gás, e que o Governo quer aprovar ainda antes das eleições presidenciais de outubro.

"A lei não deverá introduzir mudanças significativas no quadro fiscal, servindo essencialmente para reconhecer que o gás é o principal recurso de hidrocarbonetos do país, e para apresentar uma moldura mais clara para o desenvolvimento dos grandes projetos de infraestruturas relacionadas com a exploração e exportação de gás", afirma o analista.

A nova legislação, continua, deverá "aprovar obrigações ambientais mais onerosas, aumentar a obrigatoriedade de utilização de conteúdo local e novas obrigações de transparência financeira".

Entre os principais desafios que as companhias a operar no país, nomeadamente a Anadarko e a ENI, que vão explorar em conjunto as grandes reservas de gás natural recentemente descobertas, vão encontrar, o analista da Energy Aspects salientou os crescentes défices orçamentais, a grande dependência da ajuda externa, a falta de mão de obra qualificada entre os moçambicanos e a possibilidade de a estabilidade política de que o país tem beneficiado poder atenuar-se no seguimento das eleições de outubro.

A produção de gás em Moçambique pode chegar ao equivalente a 630 mil barris de petróleo por dia daqui a dez anos se os constrangimentos a nível de infraestruturas forem resolvidos, afirmou à Lusa em maio um analista da consultora energética Wood Mackenzie.

De acordo com as previsões da consultora de energia Wood Mackenzie, conhecida como 'woodmac', a produção de gás, medido em barris equivalentes de petróleo, deverá andar pelos 80 mil barris por dia nos próximos anos, saltando exponencialmente para mais de 600 mil no final da próxima década, colocando o país mais perto dos líderes africanos na produção de petróleo, com valores diários a rondar os 2 milhões de barris.

De acordo com as informações veiculadas pelos operadores e pelos meios de comunicação social, o desenvolvimento do projeto de LNG pode envolver um investimento inicial de 10 a 15 mil milhões de dólares, com um retorno a uma década.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Angola arrisca problemas do Brasil se mantiver poder da Sonangol




A companhia petrolífera estatal de Angola (Sonangol) não devia ter tanto poder na definição e gestão dos direitos de exploração, sob pena de Angola sofrer os mesmos problemas e atrasos que o Brasil, avisa Virendra Chauhan, da Energy Aspects.

Em entrevista à Lusa, este consultor de uma das principais empresas de consultoria na área energética explica que foi a excessiva preponderância dada à Petrobras na gestão dos projetos brasileiros no petróleo que originou os vários atrasos com que o Brasil se tem confrontado na produção, e acrescenta esperar que a Sonangol não siga o mesmo caminho, porque senão os investidores vão, pura e simplesmente, investir noutro sítio.

"Se realmente encontrar grandes reservas no pré-sal [uma camada do solo, imediatamente após o sal petrificado que compõe o fundo dos oceanos], Angola devia olhar para o Brasil e ver como se desenvolveu a exploração, para poder comercializar de forma mais eficiente e garantir que os erros do Brasil não acontecem também em Angola", argumentou o analista, lembrando que "o ambiente em que as empresas operam é cada vez mais desafiante, complexo e técnico".

Por isso, sublinha, "se [as autoridades] tornarem as coisas mais e mais complicadas para as grandes companhias petrolíferas internacionais, elas vão concluir que é muito caro e difícil operar no país, e que não faz sentido economicamente" investir em Angola.

Virenda Chauhan, que segue de perto a evolução do setor da energia em países como Angola, Brasil e Moçambique, explica, em entrevista à Lusa, que "as maiores companhias petrolíferas internacionais, como a Shell, Total ou Eni, ou seja, as que têm direitos de exploração de uma perspetiva do investidor, estão a olhar para os números e se a Sonangol operar como a Petrobras, dizendo 'quem manda somos nós', então Angola torna-se cada vez menos atrativo para os investidores", explica.

Isto porque "a perfuração em águas profundas precisa de injeções enormes de capital, e exige um horizonte de investimento de pelo menos uma década, por isso se a Sonangol ou a Petrobras tornarem o processo menos atrativo, as empresas vão ter dúvidas sobre o risco a que expõem os investidores" e podem optar por investir noutra área geográfica.

O Brasil descobriu há vários anos um conjunto vasto de reservas no pré-sal, uma espécie de camada por baixo do fundo do mar, a 7 quilómetros de profundidade, ou mais, e as autoridades angolanas estão esperançadas, alicerçadas numa tese geológica que diz, em resumo, que há semelhanças entre as costas do Brasil e de Angola neste âmbito, que o 'off-shore' angolano seja igualmente rico nestes recursos naturais.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Angola: Dengue já fez quatro mortos em Benguela




A doença infeciosa dengue matou quatro pessoas e infetou outras 77 desde maio na província angolana de Benguela, litoral sul de Angola, informou o diretor do hospital provincial, Benedito Quinta.

A maioria dos casos ocorridos neste período refere-se a adultos, mas três das quatro vítimas mortais eram crianças, indicou o diretor do Hospital-Geral de Benguela, em declarações à agência noticiosa angolana Angop.

Segundo o médico, diariamente e em termos médios dão entrada naquela unidade hospitalar três casos de dengue. Contudo, admitiu, a situação tem "tendência de aumentar, uma vez que de forma contínua vão aparecendo mais casos".

Em Luanda, o departamento de saúde pública revelou que uma pessoa morreu e mais de 200 foram afetadas pela doença infeciosa dengue, transmitida pela picada de mosquito, na capital angolana, desde o início do ano.

Os sintomas de dengue surgem entre três a 14 dias - período de incubação - após a picada do mosquito infetado.

A doença manifesta-se, geralmente, por febre, dores de cabeça, dores nos músculos e nas articulações, vómitos e manchas vermelhas na pele e, embora mais raramente, por um quadro hemorrágico.

As autoridades aconselham a adoção de medidas de proteção contra a picada de mosquitos e a vigilância dos sintomas de febre.

Lusa, em Notícias ao Minuto

"Nacionalismo de recursos" atrasa o Brasil na produção de petróleo




O "nacionalismo de recursos" praticado no Brasil dificulta a operação da Petrobras e prejudica o país, que tem enfrentado sucessivos atrasos e problemas na exploração de petróleo, considera o analista da Energy Aspects Virendra Chauham.

Em entrevista à Lusa, este analista de uma das principais consultoras na área da energia afirma que "o Brasil vai ter um enorme papel a desempenhar no mercado do petróleo", mas lembra que as metas de produção têm sido sucessivamente adiadas por dificuldades técnias e falta de interesse dos investidores, motivados pelo excessivo peso que o Governo deposita na Petrobras, configurando um "nacionalismo de recursos".

"A Petrobras tem baixado as metas de produção ao longo dos últimos anos, e o crescimento da produção continua a desapontar face às expetativas", acrescenta Virendra Chauhan, explicando que isso se deve, em grande parte, ao "nacionalismo de recursos" praticado no Brasil.

"Algumas das medidas do Governo, como as alterações à moldura da regulamentação do setor, representou um nacionalismo de recursos, e abrandaram a produção, porque dava 30% da exploração à Petrobras, o que obrigava as grandes companhias petrolíferas internacionais a fornecerem o seu 'know-how' e a fazer grandes e prolongados compromissos de capital, mas depois o desenvolvimento do projeto e as decisões estratégicas eram tomadas pela Petrobras", explicou o analista.

"Já em 2006 a Agência Internacional de Energia previa que três anos depois o país chegasse aos 3 milhões de barris por dia, mas estamos em 2014 e agora a previsão dos 3 milhões passou para 2018", diz o consultor que segue de perto o setor da energia no Brasil, Angola e Moçambique.

Para Virendra Chauham, este foi um dos principais motivos que "fez abrandar a taxa de desenvolvimento dos projetos", mas não foi a única razão para as contas da Petrobras não estarem nos níveis positivos dos últimos anos.

"Muitos argumentam que a Petrobras, uma companhia controlada pelo Governo brasileiro, é um mecanismo para controlar a inflação e manter os preços da gasolina baixos, o que amarra as mãos da empresa, porque se espera que gastem imenso dinheiro com a exploração de petróleo, e ao mesmo tempo têm de, na prática, subsidiar a gasolina, por isso, trimestre após trimestre, as contas têm piorado", argumenta o analista.

Nos últimos três anos, afirma, "a Petrobras perdeu 26 mil milhões de dólares, e por isso teve de recorrer a dívidas, o que é suficiente para, do ponto de vista dos investidores, baixar o interesse e os preços das ações".

Outro dos grandes problemas da Petrobras, conclui o analista, têm a ver com a necessidade de desenvolver os projetos, que já de si estão "a romper fronteiras em termos da perícia necessária", com a indústria local, que é "demasiado caro para gerir a infraestrutura e potenciar comercialmente o potencial de exploração".

De acordo com os últimos dados da Agência Nacional do Petróleo do Brasil, a produção de petróleo e gás em águas profundas bateu o recorde em abril pelo sexto mês consecutivo e, pela primeira vez, superou 400 mil barris por dia.

A produção no pré-sal em abril superou em 4,2% a realizada no mês anterior, tendo sido gerados 503,6 mil barris de óleo equivalente por dia, sendo 412 mil barris diários de petróleo e 14,6 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural.

A produção total de petróleo e gás natural no Brasil em abril foi de 2,667 milhões de barris equivalentes por dia, sendo 2,146 milhões de barris diários de petróleo e 82,9 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Somos contra a Copa? Mas vamos ver, vibrar e torcer pelo Brasil



Flávio Mattel, Rio de Janeiro

Os protestos contra os bilhões  esbanjados na operação do evento para a realização da Copa do Mundo têm razão de existir. Jamais o Brasil verá o retorno do dinheiro gasto. E assim menos investimento será disponibilizado para uma melhor justiça social (que era possível), melhores equipamentos e infraestruturas de comodidade e benefícios da população. Todos sabemos isso. Até Dilma sabe, apesar de surgir dizendo o contrário.

Para agravar a contestação acresce o fato de sabermos que a FIFA não é mais que um abrigo de jacarés e jararacas mafiosos com poderes para além dos governos legítimos e eleitos democraticamente. A falta de credibilidade dos seus dirigentes e os casos nebulosos que apontam corrupções contribuem imenso para que os povos sobreponham seus protestos ao gosto pelo desporto que é rei: o futebol.

No Brasil existem as maiores injustiças sociais do mundo. Neste imenso país registam-se genocídios das tribos que compõem os verdadeiros, os originais brasileiros: os índios. Somando a isso os maus tratos, assassinatos, exclusões e comprovado racismo contra os que realmente construíram o Brasil vindo escravos (os negros)… Tanto que há para referir. Eta, que um dia o Brasil pode virar barril de pólvora.

Tudo isso dita que sejamos contra a Copa que está acontecendo neste país tropical esquecido por Deus. Não contra a Copa do futebol que adoramos. Sim contra a Copa que veio trazendo mais corruptores e corruptos, da FIFA e suas bandas largas. Olhem gente o dinheiro que corre como rios e sai das privações e carências dos brasileiros menos afortunados.

No Brasil estamos quase todos contra a Copa aqui, neste país do futebol. Mas vamos ver, vibrar e torcer pela nossa seleção e pelo bom futebol. Queremos encher a barriga de gols e tratar mazelas e doenças tão rápido e eficientemente como os jogadores. Mesmo o brasileiro sabendo que isso é um sonho impossível porque tratos de saúde impecável é para ricos. Para o povo quase está escrito na ordem do dia que se reservam os tratos de polé. E a educação? Dessa nem se fala porque mesmo melhorando ficará sempre de rastos, comparada com a educação comprada pelas elites. E o esclavagismo. E os assassinatos das chamadas forças da ordem, os políciais?

Existe razão para os protestos. Enfatizamos este aparente contrasenso: somos contra a Copa mas vamos ver, vibrar e torcer pelo Brasil, como nos tempos dos coronéis, da ditadura, em que tudo era muito pior. Brasil melhorou? Sim. Imenso. Mas podia ser muito melhor se não fossem as injustiças que pautam no quotidiano como peste ordenada por sicários do capeta protetor dos bandos de malfeitores de colarinho branco.

Não esqueçam o muito sangue que vai correr por tudo isto, nem esqueçam as mortes ao redor dos protestos contra a Copa. Mas isso é fruto deste país de  polícia tão violenta que atua tantas vezes fora da lei e disso faz sua cultura impunemente. Somos contra essa lamentável realidade. 

Contra a Copa… Mas a favor. Se não, não veríamos o futebol que nos vai mostrar.

Brasil vence Croácia por 3 a 1 no jogo de abertura da Copa do Mundo




A seleção brasileira venceu a Croácia por 3 a 1 na primeira partida da Copa do Mundo, na Arena Corinthians, o Itaquerão, em São Paulo. O Brasil ganhou com dois gols de Neymar e um do meio-campo Oscar. O Brasil saiu perdendo o jogo no primeiro tempo com um gol contra do lateral Marcelo.

Aos dez minutos do primeiro tempo, Olic cruzou, Marcelo tentou cortar, mas chutou para dentro do gol e Julio Cesar não conseguiu defender.  Ainda no primeiro tempo, aos 28 minutos, Neymar empatou o jogo em 1 a 1 para o Brasil. Ele recebeu a bola de Oscar e bateu no canto esquerdo do goleiro croata. No segundo tempo, o atacante brasileiro cobrou pênalti e virou o placar para o Brasil. No final do segundo tempo, com a partida controlada pela seleção, Oscar fez 3 a 1 e fechou o placar.

O próximo jogo do Brasil será no dia 17 de junho, contra a seleção mexicana, em Fortaleza.

Agência Brasil - Edição: Juliana Andrade

Brasileiros vivem dia de tensão dentro e fora do campo

Desde 2007, quando o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo, o país aguardava ansiosamente o dia de hoje. Agora, 64 anos depois de ter recebido o principal campeonato mundial de futebol pela primeira vez, a Copa voltaria aos gramados do lugar conhecido como o país do futebol. Mas nem só o futebol acelerou o coração dos brasileiros. Nos últimos anos, violações de direitos humanos, regras impostas pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) e gastos públicos com o evento passaram a ser questões discutidas em protestos de rua. Greves usaram a Copa para garantir visibilidade às reivindicações, e até ontem (11) havia dúvidas sobre quais categorias profissionais parariam ou não na Copa.

Entre expectativas e manifestações, começou o dia. Em São Paulo, palco da abertura da Copa, o protesto chamado Sem Direitos Não Vai Ter Copa, marcado pelas redes sociais, deu início à série de críticas à Copa, e acabou gerando problemas para quem ia ao aeroporto. A reação policial deixou várias pessoas feridas, dentre as quais jornalistas da rede americana CNN. Ainda pela manhã, quatro pessoas foram detidas, segundo a Polícia Militar (PM), que promete divulgar um balanço da operação amanhã (13).

Ainda na manhã desta quinta-feira, manifestantes ocuparam as ruas do centro do Rio de Janeiro. Eles exibiram cartazes contra a Fifa e as violações de direitos, e criticaram as prisões antecipadas que ocorreram ontem. Quando penduraram uma enorme faixa nos Arcos da Lapa, houve confronto com a polícia. Mais tarde, novo protesto reuniu centenas de pessoas que caminharam até a área da Fifa Fan Fest, próximo ao Leme. Os policiais chegaram a usar spray de pimenta para dispersar os manifestantes. Uma torcedora que estava em um bar acabou presa por ter arremessado uma cadeira contra um manifestante.

Em Belo Horizonte, o protesto começou em frente à prefeitura da cidade, às 12h. Duas horas depois, quando os movimentos sociais se aproximaram da Praça da Liberdade, onde está o relógio que marcou a contagem regressiva para o início da Copa, também houve confronto. Policiais e manifestantes divergem sobre o início deles. No fim, 11 adultos foram detidos e um adolescente foi apreendido. Um repórter fotográfico da Agência Reuters sofreu traumatismo craniano, após ter sido atingido por um objeto ainda não identificado.

Os militantes, que protestavam para denunciar remoções de populações, o despejo de moradores de rua e a perda do local de trabalho dos feirantes do Mineirinho, denunciaram a violência da polícia. Já esta afirmou, em nota, que houve depredação de patrimônio público e privado e porte de arma branca.

Em Porto Alegre, as manifestações se dividiram em dois atos. O primeiro começou por volta das 12h. Uma passeata pacífica seguiu até o Largo Zumbi dos Palmares, no bairro Cidade Baixa. No caminho, os militantes conversavam com a população e mostravam as pautas do protesto. Em seguida, um grupo seguiu para a Fifa Fan Fest bradando mensagens contra a Fifa, e no caminho os manifestantes quebraram vidraças de bancos e de um restaurante do McDonald's - um dos patrocinadores da Copa. A PM dispersou os manifestantes por volta das 17h.

No Distrito Federal, a manifestação ocorreu em Taguatinga, onde ocorre a Fifa Fan Fest. Os militantes entraram em confronto com a polícia quando tentaram se aproximar da área limitada pela Fifa. Duas pessoas foram detidas. Depois de terem sido impedidos de se aproximar da Fifa Fan Fest, os manifestantes foram até a estação de metrô da Praça do Relógio, na tentativa de fazer um "catracaço" – quando os usuários pulam as catracas e entram nos trens sem pagar, em protesto por tarifa zero e um novo modelo de transporte público.

Em Fortaleza, movimentos sociais e ativistas participaram do ato convocado pelo Comitê Popular da Copa, na Praia de Iracema. Eles seguiram até o local da Fifa Fan Fest, portando cartazes e faixas que questionavam o legado da Copa. Na cidade, os movimentos criticam a remoção de famílias, por causa das obras para o Mundial, e o aumento do turismo sexual.

Curitiba, Salvador e Recife também registraram protestos hoje. Na capital pernambucana, cerca de 100 pessoas discutiram violações de direitos humanos e o que querem para a própria cidade, em atividade que aconteceu no Cais José Estelita, na região histórica da cidade, que está ocupada há 21dias por cerca de 40 pessoas que querem impedir que o local seja demolido para a construção de edifícios, como parte do projeto Novo Recife.

Agência Brasil - Helena Martins e Mariana Tokarnia - Repórteres da Agência Brasil Edição: Stênio Ribeiro


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