Martinho Júnior, Luanda
1
– Com a dignidade, o fervor e o patriotismo de sempre o povo cubano festejou o 120º aniversário do início da terceira campanha de luta contra o
colonialismo espanhol (24 de fevereiro de 1895).
Já
naquela altura os patriotas cubanos não se iludiam quer em relação à
colonização espanhola, quer em relação aos apetites do seu já então poderoso
vizinho do norte, os Estados Unidos da América!
Um
dos seus mais clarividentes Generais dessa terceira campanha de Luta de
Libertação, Antonio Maceo, avisava, conforme carta de 14 de julho de 1896,
endereçada ao Coronel Francisco Perez Carbo: …“tampoco espero nada de los
americanos, todo devemos fiarlo a nuestro esfuerzo: mejor es subir o caer sin
su ayuda, que contraer deudas de gratitud com un veciño tan poderoso”!...
2
– As históricas lições de há 120 anos permanecem válidas até hoje, num momento
de legítima exaltação patriótica em Cuba e num momento em que a unidade
nacional se assume em toda a sua plenitude, ao se tornar numa capacidade
energética e de resistência colectiva exemplar, que agora, perante os desafios
correntes e os que se avizinham, é mais decisiva que nunca.
O
Povo Cubano e a sua Revolução, outorgaram por isso, precisamente hoje, o Título
de Herói da República de Cuba e a Ordem Praia Girón, aos cinco heróicos
combatentes anti-terroristas, (Gerardo Hernández Nordelo, Ramón Labañino
Salazar, Antonio Guerrero Rodríguez, Fernando González Llort e René
Gonzalez Sehwerert), regressados finalmente livres à sua pátria!
Num
momento em que se vão desenvolver as conversações já iniciadas com os Estados
Unidos, Cuba honra sua história, seus heróis e seus mártires, como uma só e
exemplarmente.
O
Povo Cubano e a sua Revolução, têm sido alvo de todo o tipo de factores de
desestabilização, de ingerência e de manipulação, de todo o tipo de “experiências
de laboratório” que visam subverter os mais profundos anseios de
liberdade, de independência e de soberania, visando a sua subjugação, como
aliás há 120 anos!
Resistiram
a tudo e com a resistência socialista, demonstram sua superioridade ética e
moral, a sua enorme dignidade e o seu exemplo de clarividência, inteligência,
indómita vontade, solidariedade, internacionalismo e um amor rigoroso capaz de
ser sujeito a todo o tipo de provas!
3
– A embaixada de Cuba em Angola, tendo a companheira Embaixadora Gizela Garcia
Rivera como anfitriã, sinalizou o momento em estreita comunhão com muitas
personalidades convidadas, desde a embaixadora da Venezuela em Angola, até
muitos cubanos e angolanos que se destacaram na gesta da longa Luta de
Libertação em África contra o colonialismo, o “apartheid”, assim como na Luta
em relação a muitas sequelas que advêm do passado, entre elas o
subdesenvolvimento crónico de que ainda hoje enfermam os Povos Africanos e o
próprio Povo Angolano!
Em
Luanda viveu-se a exaltação patriótica exemplar de Cuba e teve-se a
oportunidade de melhor entender as mensagens de liberdade que emergem de Cuba
de há mais de 150 anos a esta parte e das profundas razões que unem Cuba a
África e a Angola!
Foto
de Martinho Júnior: momento da leitura duma mensagem evocativa que sintetizou o
120º aniversário do início da terceira campanha de Luta de Libertação Nacional
em Cuba e o exemplo dos cinco heróicos combatentes anti-terroristas cubanos,
recentemente regressados, finalmente livres, à sua pátria.
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