… E DAR TEMPO PARA PREPARAR A
BATALHA CONTRA O IRÃO!
Martinho Júnior | Luanda
AO VENCER MAIS UMA BATALHA COM
SEUS ALIADOS EMERGENTES NA SÍRIA E AO DEMONSTRAR SUA CAPACIDADE DEFENSIVA DE
PREVENÇÃO GEOESTRATÉGICA PERANTE OS INDÍCIOS DUMA EMINENTE ESCALADA, A RÚSSIA
ABRE CAMINHO À PODEROSA ROTA DA SEDA E VAI OBRIGANDO MUITAS MÁSCARAS A CAIR!
Têm muito mau perder os súbditos
de Sua Majestade Britânica nos cenários refractários da hegemonia global: no
momento em que na Síria são neutralizados depósitos de armas químicas prontas a
serem secretamente utilizadas pelos terroristas que a NATO em seus passes de
mágica havia transformado em “rebeldes moderados”, no momento em que
Ghouta Oriental deixa de ser ameaçadora bolsa-plataforma de flagelação a
Damasco e vários suicidas são identificados e neutralizados antes de se fazerem
explodir nos transportes dos derrotados para Idlib, os serviços de inteligência
britânicos cobrem a derrota com a “descoberta” dum “atentado
químico da Rússia” em seu próprio território!...
Com essa manobra cínica,
surrealista e mais uma vez cobarde, o triste governo britânico arrasta uma
desamparada União Europeia para um resvaladiço terreno cinzento-pardo em plena
invernia, em relação ao qual procura o jogo mais favorável ao poder nostálgico
de sua capacidade de manobra imperial, na imagem mais decadente que um império
pode produzir perante seus próprios aliados e coligações afins, perante seu
próprio povo!
Sob nossos olhos desfilaram em
vai-e-vem os diplomatas expulsos, antes dos súbditos de Sua Majestade
finalmente se decidirem a responder pela afirmativa às contínuas petições da
Rússia para participar nas investigações sobre o atentado químico que alega ter
ocorrido em seu território…
A Grã-Bretanha espera agora,
enquanto vai empastelando nas investigações, que seu aliado anglo-saxónico, os
Estados Unidos, ao retirarem suas tropas do território sírio sem desfazer os
equívocos com a Turquia, ao mansamente esvaziarem no Iraque a lógica de sua
intervenção, ou ao, qual Rambo, “mostrarem músculo” na alucinação de
um dos maiores centros globais de produção de drogas que é o Afeganistão,
preencham o vazio dos falcões de Israel e da Arábia Saudita face ao Irão, em
mais outra desesperada tentativa de inviabilizar a Rota da Seda continental,
cortando-a ao meio a fim de ocupar um dos seus troços mais suculentos, por
tabela na tentativa de ameaçar a Ásia Central e a própria Sibéria (procurando
cortar também a Federação Russa ao meio)!
Para tal os Estados Unidos
agarram-se agora à desagregação da Síria, de forma a retardar ao máximo uma
vitória final da Síria, mas sobretudo da Rússia e do Irão.
Esse retardamento visa preparar a
escalada em relação ao Irão, de que alguns sinais são emitidos pela Arábia
Saudita.
A Rússia e a China em sua
emergência multipolar, não se estão a deixar enredar, nem confundir nesse tipo
de artificiosos equívocos geoestratégicos que só o treino prolongado, ao longo
de décadas, pode nostalgicamente inspirar um império fantasma anglo-saxónico e
liberal, de tão mau perder!
A aristocrática “city” vai
ficando cada vez mais desamparada e os recursos, sabem-no, nem com os arsenais
financeiros de paradisíacas “offshores” são sustentáveis: cada vez
serão mais minguados e a Libra Esterlina apresta-se para experimentar as
vulnerabilidades que inexoravelmente se seguirão, pois já nem os férteis
Petrodólares a podem amparar!
Aos emergentes agora cabe cada
vez mais negociar em moedas próprias que reflitam as reservas de ouro que não
existem nas falácias bancárias anglo-saxónicas e estar cada vez mais atentos ao
misto de desespero e nostalgia dos impérios falidos, bárbaros, cínicos e
anacrónicos!
Ao colapso do caos e do
terrorismo, segue-se a escalada da desagregação, já em marcha, adiando uma
vitória em relação à qual não têm mais meios para evitar!
Martinho Júnior - Luanda, 1 de Abril de 2018
Dois mapas representativos da
Rota da Seda transcontinental;
Roteiro das expulsões de
diplomatas russos;
Mapa da Síria com detalhes da
desagregação: vai diminuindo a expressão de caos e de terrorismo, mas
fortalecem-se as barricadas da desagregação;
Theresa May, uma nostálgica do império britânico.
Theresa May, uma nostálgica do império britânico.
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