terça-feira, 24 de setembro de 2019

O luxo arrasador dos super ricos


Um voo, em seus jatos, consome o combustível de um ano, numa cidade africana. É preciso cortar seu poder. Um começo: limitar a renda e a riqueza individuais; e defender a frugalidade pessoal, combinada com vida coletiva abundante

George Monbiot*, no The Guardian | Outras Palavras | Tradução: Gabriela Leite | Imagem: Bill Bragg

Não é exatamente verdade que por trás de cada grande fortuna há um grande crime. Músicos e romancistas, por exemplo, podem tornar-se extremamente ricos oferecendo prazer a outras pessoas. Mas parece ser uma verdade universal de que diante de toda grande fortuna está um grande crime. Riquezas imensas traduzem-se automaticamente em imensos impactos ao meio ambiente, independentemente das intenções daqueles que as possuem. Os muito ricos, quase por definição, estão cometendo ecocídio.

Algumas semanas atrás, recebi uma carta de um funcionário de um aeroporto privado, no Reino Unido. “Eu vejo coisas que realmente não deveriam estar acontecendo em 2019”, escreveu. Todo dia, observa aeronaves do modelo Global 7000 [para 10 a 19 passageiros], Gulfstream G650 [11 a 18 passageiros] e até Boeings 737 decolarem com apenas um passageiro, a maior parte a caminho dos EUA e da Rússia. Os Boeing 737 privados, construídos para levar 174 passageiros, são abastecidos no aeroporto com cerca de 25 mil litros de combustível. Essa é a mesma quantidade de energia fóssil que uma pequena cidade africana utiliza em um ano.

Aonde estão indo esses passageiros solitários? Talvez, visitar uma de suas supercasas, construídas e geridas a um enorme custo ambiental, ou a uma viagem em seus superiates, que podem queimar 500 litros de diesel por hora em velocidade de passeio, e são construídos e mobiliados com materiais raros, extraídos às custas de paisagens naturais.

O homem invisível: o novo consultor de segurança nacional de Trump

O antecessor e o sucessor: John Bolton e Robert O'Brien
Martin Sieff [*]

Um táxi com nenhuma pessoa chegou à Casa Branca e Robert O'Brien, o mais recente conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, saiu.

A decisão do presidente Donald Trump de nomear O'Brien como seu quarto consultor de segurança nacional para substituir John Bolton, desprezível, desacreditado e prostrado, completamente desafortunado, já gerou infindáveis megabytes de debate confuso.

O'Brien, disseram-nos, é um linha-dura. Não: ele é um pragmático de bom carácter. É um negociador. Irá suavizar e melhorar as relações com a Rússia e o Irão. Mas ele publicou um livro totalmente esquecível que era violentamente hostil aos líderes da Rússia e do Irão.

O'Brien, disseram-nos, quer concentrar-se em se opor à ascensão da China. Mas ele, descuidadamente, também gera hostilidade em relação à maior parte das outras grandes nações. Ele é um advogado. Mas a sua carreira primária foi como oficial do Exército dos EUA.

O'Brien é descrito como um republicano convencional. Mas ele foi ascendido e favorecido pelo próprio John Bolton durante seu mandato menos que excelente – nunca confirmado pelo Senado dos Estados Unidos – como embaixador do presidente George W. Bush nas Nações Unidas.

Trump usa sarcasmo contra ambientalista Greta Thunberg


Twitter sobre discurso apaixonado da ativista sueca de 16 anos, que sofre da síndrome de Asperger, gerou milhares de respostas nas redes sociais, muitas delas atacando o presidente dos EUA.

Repreendidos por ação insuficiente, líderes mundiais se comprometeram nas Nações Unidas, nesta segunda-feira (23/09), a fazer mais para impedir que o aquecimento do planeta alcance níveis ainda mais perigosos. Por sua vez, o presidente dos EUA, Donald Trump, reagiu com sarcasmo ao discurso emocionado da ativista adolescente Greta Thunberg.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, encerrou a cúpula em Nova York listando 77 países que se comprometeram com a neutralidade do carbono até 2050, 70 nações que se comprometeram a fazer mais para combater as mudanças climáticas, e 100 líderes empresariais que prometeram se unir à economia verde, além de um terço do setor bancário global que assinou metas ecológicas.

"Ação por ação, a maré está mudando", disse o português. "Mas temos um longo caminho a percorrer."

EXIT | Boris Johnson diz que "veredito será respeitado", mas não se demite


Boris Johnson afirma não concordar com a decisão do Supremo Tribunal, mas afiança que respeitará a instância.

Boris Johnson afirmou que o veredito do Supremo Tribunal é uma decisão que será respeitada.

Os mais altos tribunais britânicos acusaram Johnson de deliberadamente tentar fugir à crise em que se colocou por negar negociar um acordo.

O primeiro-ministro britânico terá agora de enfrentar um Parlamento dividido.

"Este é um veredito que respeitaremos, apesar de discordar. Há ainda hipóteses para um discurso da rainha na data estipulada e uma saída a 31 de outubro", garantiu. Apesar de admitir que a possibilidade de uma saída a 31 de outubro ser dificultada por este regresso à assembleia, uma fonte do Governo não identificada pela Reuters frisou que Boris Johnson não apresentará demissão do cargo.

Supremo britânico considera ilegal a decisão de suspender o Parlamento


O Supremo Tribunal britânico considerou "ilegal" a suspensão do Parlamento decretada pelo primeiro-ministro, Boris Johnson.

A deliberação foi conhecida depois do tribunal de última instância ter ouvido na semana passada os argumentos dos advogados dos requerentes e do Governo conservador britânico.

A presidente do Supremo britânico, Brenda Hale, disse que a decisão de Boris Johnson era "ilegal, vazia e sem efeito".

Na leitura da decisão, a juíza, Brenda Hale, disse que "a decisão de aconselhar Sua Majestade a suspender o parlamento era ilegal porque teve o efeito de frustrar ou impedir a capacidade do Parlamento de desempenhar as suas funções constitucionais sem uma justificação razoável".

Portugal | Maioria absoluta? Não, obrigado!


Rui Sá | Jornal de Notícias | opinião

Em 2002, numa freguesia do Porto, nenhuma força política obteve a maioria absoluta na respetiva Assembleia.

O PS, que tinha ganho as eleições e, consequentemente, eleito o respetivo presidente da Junta, negociou com a CDU um acordo para a composição da Junta de Freguesia (que é eleita pela Assembleia). E assim aconteceu, com uma Junta constituída por elementos do PS e da CDU, cada um com o seu pelouro, e que governou de uma forma globalmente positiva até 2005.

Nas eleições que se realizaram nesse ano, e onde naturalmente o PS e a CDU concorreram com listas próprias, no domingo à noite, após a contagem dos votos constatou-se que, mais uma vez, o PS ganhava as eleições sem maioria absoluta. Rapidamente entraram em contacto coma CDU com uma conversa do tipo: "Camaradas, o nosso acordo durante estes quatro anos correu bem, pelo que o devemos reeditar para os próximos quatro anos". Pela parte da CDU houve acordo relativamente a essa proposta, pelo que se pensava que assim iria acontecer. No entanto, na recontagem dos votos que normalmente se faz constatou-se que, afinal, o PS tinha a maioria absoluta (não me recordo as razões mas, habitualmente, estas alterações devem-se a votos mal classificados - ou porque são considerados nulos e depois declarados válidos ou porque contabilizados no partido errado).

Aí a conversa mudou. O PS deixou de contactar os "camaradas" da CDU e, apesar da experiência "positiva" do mandato anterior, achou por bem constituir uma Junta de Freguesia monocolor apenas com eleitos socialistas.

Portugal | Dívida pública: há alguma coisa que divida PS e PSD?


António Costa e Rui Rio assumem-se submissos à União Europeia, pretendendo manter as amarras do País à dívida pública, e não sendo opção, para ambos, a renegociação ou reestruturação da mesma.

No debate realizado na manhã de 23.9 na rádio, com transmissão em directo na Antena 1, Renascença e TSF, os candidatos do PS e PSD às eleições legislativas de 6 de Outubro clarificaram que os condicionamentos decorrentes da dívida pública são para manter.

Rui Rio apontou que a dívida externa é das maiores da União Europeia (UE) e explicou que os juros só desceram por força das políticas conjunturais do Banco Central Europeu. Mas, mesmo com essa avaliação, o PSD assume no seu programa eleitoral que «é necessário que o País continue a ter excedentes externos para reduzir a sua elevada dívida externa», colocando como objectivo, semelhante ao do PS, «reduzir a dívida pública para valores abaixo dos 100% do PIB».

Pela parte de António Costa, não se justifica qualquer reestruturação da dívida, argumentado que «o comportamento da nossa dívida é positivo», decorrente da redução do défice, da recuperação da credibilidade junto dos credores, da saída do procedimento por défice excessivo – mecanismo da UE de apriosionamento financeiro dos estados-membros – e da venda do Novo Banco, alienado «limpo» depois do Estado ter ficado com os prejuízos. No seu programa eleitoral, o PS pretende manter a trajectória das suas «contas certas», o que nos «próximos quatro anos deverá permitir reduzir a dívida pública para próximo dos 100% do PIB, no final da legislatura».

Portugal | QUEM ENFRENTA A RAPINAGEM DA EDP?


Em cada semana, uma nova notícia sobre o mesmo esbulho. Esta quarta-feira ficámos a saber da condenação e da multa da Autoridade da Concorrência (AdC) à EDP por abuso de posição dominante.

José Soeiro* | opinião

São 48 milhões de euros que a empresa terá de pagar por ter manipulado a oferta de serviços que regula a disponibilidade das barragens para entregar energia ao sistema. A empresa encareceu assim o preço da energia e subiu as compensações pagas ao abrigo dos chamados “Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual”, um mecanismo que é uma das principais fontes das rendas excessivas no setor da eletricidade.

Na semana passada, o Expresso tinha divulgado uma outra notícia, relativa ao processo que envolve Manuel Pinho e que, longe de ser um caso isolado, é mais um exemplo da promiscuidade entre poder político e poder económico e um retrato expressivo do peso imenso que ocupam, nesse regime de favores, os lucros ilegítimos que se mantêm na energia.

O ex-ministro do governo de maioria absoluta do PS entre 2005 e 2009 foi acusado pelo Ministério Público de receber indevidamente 4,5 milhões de euros da EDP e do Grupo Espírito Santo. Os procuradores entendem que Pinho tem responsabilidade direta por prejuízos causados aos consumidores de eletricidade, correspondentes a vantagens atribuídas à EDP por via de diplomas legislativos que aprovou quando era ministro da Economia. Refere o auto do processo que Manuel Pinho “terá causado aos cidadãos residentes em Portugal um prejuízo de 1,2 mil milhões de euros, bem como uma distorção da concorrência". Esses prejuízos dividem-se entre cerca de 340 milhões de sobrevalorização dos tais Custos para a Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), cerca de 850 relativos à extensão do monopólio da EDP sobre as barragens portuguesas, sem concurso, e ainda 55 milhões por ter isentado a empresa de taxas que devia pagar.

Portugal Curto | OS SEIS DA ‘VIDAIRADA’ - BUFAS, CACOFONIAS & MAIS


Seremos curtos. Ox Alá Grande para todos vós. Um desejo: não expulsem tantos gazes e fluidos quando assitem ao ajuntamento dos seis da ‘vidairada’ em campanha eleitoral com seus supostos debates. De vomitar é a definição do PG perante toda aquela cacofonia naquela sessão de bate que rebate… Não contabilizaram os tempos de ridículos que foram os “mais que tudo” da “democracia” à portuguesa. Se o tivessem feito ganhavam todos…

Adiante, que o Curto de hoje está à espera dos seus olhinhos e do seu apetite para ler algo útil. Bem… mais ou menos. O escrivão jornalista é do Expresso, cordato profissional. Cordeiro de nome, para não destoar. O costume quando passamos os olhinhos pelos média que nos envenenam as almas e tudo fazem para nos venderem a sua “banha da cobra”…

Adiante. Que se faz tarde. Hoje tem a nossa poupança em escárnio, maldizer e contestações, assim como em teorias de peidos de vacas. O ambiente até nem está pesado mas sim leve e cheiroso (agora). Que bom. Que rica manhã. Não beba leite de vaca porque isso é próprio para os vitelos, não para humanos. Nem por acaso, ainda há pouco, viemos no elevador com um consumidor de leite vacum e as bufas empestaram tudo. Foi uma ascenção de 10 andares de fedor e pavor. As bufas são piores que os peidos porque são mudas. Credo, lagarto, lagarto. Chiça!

Bom dia. Feliz Natal. Saúde com fartura. Curta o Curto.

MM | Redação PG

Bom dia este é o seu Expresso Curto

Quem encosta Costa às cordas

Pedro Cordeiro | Expresso

Bom dia!

O primeiro dia completo de outono amanhece com raios de sol a furar nuvens e o país ouve ecos do debate de ontem à noite na RTP, o último a reunir todos os líderes das candidaturas com representação parlamentar. Tenha ou não servido para ajudar os indecisos a definir o seu voto para o dia 6 de outubro, o encontro a seis teve momentos animados, incluindo um arrufo, um milagre e um dedinho apontado, descreve o editor de Política do Expresso, Vítor Matos. O diretor-adjunto David Dinis analisa os ataques cruzados entre os candidatos.

Na concorrência, o “Público” escreve que foram cinco contra António Costa e o “Observador”, para quem o primeiro-ministro foi às cordas, propõe uma das suas interessantes análises em jogral. Este jornal e o “Diário de Notícias” realçam a assertividade de Catarina Martins e Assunção Cristas na crítica ao Governo socialista, que a primeira apoiou e a segunda quer destronar.

Foi, como sublinhou a pivô Maria Flor Pedroso, a primeira ocasião que juntou ao vivo António Costa, Catarina Martins e Jerónimo de Sousa, o tripé da atual solução governativa. Decerto por exigência das urnas, ninguém diria que foram aliados durante quatro anos. A coordenadora do Bloco de Esquerda foi particularmente agressiva. “Não paguei bilhete e estou aqui a assistir”, brincava Rui Rio, cujo PSD recuperou ligeiramente nas sondagens nos últimos dias. Se for preciso nova ‘geringonça’, diz o líder do maior partido da oposição, ela surgirá.

Rio tinha defrontado Costa no mesmo dia, de manhã, nas rádios TSF, Antena 1 e Renascença. A contenda teve um vencedor ausente, garante a Ângela Silva: trata-se do ministro das Finanças, Mário Centeno. Acontece que o PSD também tem o seu homem das contas, que o Miguel Santos Carrapatoso dá a conhecer aqui. Aproveite ainda para seguir todo o noticiário das legislativas no Expresso e comparar os programas dos partidos.

O desaguisado prolongava, na verdade, uma troca azeda de palavras que vem da pré-campanha. Catarina Martins tem dito que a fratura na política portuguesa é entre o PS e a esquerda, o que lhe valeu uma resposta de um peso-pesado socialista, Manuel Alegre, no “Público”. O poeta tem direito a réplica, publicada há minutos no Expresso, da deputada esquerdista. Esta pensa, aliás, que Costa preferirá entender-se com o PAN.

A outra grande crítica do chefe do Executivo, Assunção Cristas, poderá celebrar o regresso ao CDS de uma antiga figura de proa: passados 16 anos, o antigo líder Manuel Monteiro (que saiu em rutura com Paulo Portas e fundou o Partido da Nova Democracia, hoje defunto) regressa ao partido que chefiou entre 1992 e 1998. A concelhia da Póvoa de Varzim aprovou a sua refiliação por unanimidade.

Para que não digam que não falei das flores, como cantava Geraldo Vandré, destaquemos também na TV a entrevista de Pedro Santana Lopes, que liderou o PSD e o Governo e hoje capitaneia a Aliança (que, com outros partidos sem assento parlamentar, protagonizará um debate na RTP no próximo dia 30). Foi no programa de Ricardo Araújo Pereira, por onde passam momentos divertidos e interessantes destas eleições. Engraçado é também recordar algumas gafes de políticos na história da nossa democracia. A minha preferida é Valentim Loureiro a dar vivas a Guterres, em 1995.

EUA | Trump ordenou retenção de quase $400 milhões em ajuda militar à Ucrânia


Trump ordenou retenção de quase $400 milhões em ajuda militar à Ucrânia antes de telefonema polémico

Durante a chamada telefónica, Trump terá pressionado o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, a investigar o filho de Joe Biden. O ex-vice-Presidente é o pré-candidato democrata mais bem colocado para as eleições do próximo ano. O Presidente norte-americano nega quaisquer irregularidades mas Zelensky não terá o mesmo entendimento.

O presidente dos EUA, Donald Trump, instruiu o seu chefe de gabinete interino, Mick Mulvaney, a reter quase 400 milhões de dólares (364 milhões de euros) em ajuda militar à Ucrânia pelo menos uma semana antes de um telefonema com o seu homólogo ucraniano que tem gerado polémica. Nele, Trump terá pressionado Volodymyr Zelensky a investigar o filho de Joe Biden. O antigo vice-Presidente é o candidato mais bem colocado para conseguir a nomeação democrata nas eleições do próximo ano em que Trump procura a reeleição.

A instrução para reter aquela quantia foi confirmada por três altos funcionários da Administração, citados pelo jornal “The Washington Post”.

Funcionários do Gabinete de Gestão e Orçamento transmitiram a ordem de Trump ao Departamento de Estado e ao Pentágono durante uma reunião entre agências em meados de julho. De acordo com fontes que falaram sob anonimato, o Presidente manifestou “preocupações” e pretendia analisar se o dinheiro precisava de ser gasto. Os funcionários da Administração terão sido instruídos a dizer aos congressistas que os atrasos faziam parte de um “processo interagências” mas para não darem informações adicionais. Este padrão terá continuado durante quase dois meses, até que a Casa Branca libertou os fundos a 11 de setembro.

Segundo um outro alto funcionário da Administração, a decisão de Trump de reter os fundos baseava-se nas suas preocupações sobre a existência de “muita corrupção na Ucrânia” e a decisão posterior de os libertar deveu-se à proximidade do fim do ano fiscal, a 30 de setembro. Havia o receio de que se não gastassem o dinheiro, estariam a infringir a lei, revelou a fonte, pelo que o Presidente acabaria por dar ao diretor interino do Gabinete de Gestão e Orçamento, Russell Vought, autorização para libertar o dinheiro. Contudo, esta segunda fonte nega enfaticamente qualquer relação entre o bloqueio da ajuda e a pressão sobre Zelensky para investigar a família Biden.

O ex-conselheiro para a segurança nacional John Bolton queria libertar o dinheiro por acreditar que isso ajudaria a Ucrânia e simultaneamente restringiria a agressão russa. Além de Bolton, vários outros funcionários da Administração revelaram não saber por que motivo a ajuda tinha sido cancelada ou por que razão não tinha sido agendada uma reunião. A decisão foi comunicada a funcionários do Estado e da Defesa a 18 de julho, revela uma outra fonte ouvida pelo “Washington Post”. A chamada telefónica entre os Presidentes americano e ucraniano decorreu a 25 de julho.

Trump provoca Rússia | EUA vão reforçar presença militar na Polónia


Trump anuncia mais mil soldados para contingente de 4.500 militares que atuam em sistema de rodízio no país do leste europeu. Medida é prémio de consolação para polacos, que esperavam instalação de uma base permanente.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (23/09) que seu país reforçará a presença militar na Polónia com mil soldados adicionais, que devem ser deslocados de contingentes que atualmente estão baseados na Alemanha.

O anúncio foi feito durante um encontro entre Trump e o presidente da Polónia, Andrzej Duda, que ocorreu paralelamente aos eventos que precedem a Assembleia Geral das Nações Unidas. 

Segundo Trump, os "vão construir instalações para nós que estou certo que serão ótimas e eles pagarão todos os gastos".

Atualmente, os Estados Unidos têm 4.500 soldados num esquema de rodízio na Polónia. Apesar da presença crescente no país do leste europeu, Trump tem frustrado os polacos, que desejam a instalação de uma grande base permanente dos americanos em seu território – algo que com toda a probabilidade aumentaria a tensão com a Rússia, que compartilha fronteira com a Polónia.

O polaco Duda foi diplomático quando questionado por jornalistas após o encontro sobre quantas tropas americanas ele gostaria de ver estacionadas na Polónia, respondendo que isso "sempre depende dos Estados Unidos".

"Ele gostaria de 250 mil soldados", brincou Trump.

"Nós temos apenas uma Terra", diz Merkel na ONU


Na conferência do clima, Merkel pede mais cooperação internacional para combater o aquecimento global. Chanceler também se reúne com Greta Thunberg. Com Brasil ausente, países decidem doar US$ 500 milhões para Amazónia.

A chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, disse nesta segunda-feira (23/09) durante a Conferência do Clima das Nações Unidas que "não há dúvida" de que o aquecimento global é causado pelos humanos e que a comunidade internacional precisa agir em conjunto para conter a crise climática.

"Nós temos apenas uma Terra", disse a chanceler, em Nova York. "É por isso que nós, como representantes de países industrializados, temos o dever de usar a inovação, a tecnologia e o dinheiro para construir um caminho para deter o aquecimento global".

Merkel ainda aproveitou a ocasião para promover as medidas que seu governo anunciou na última sexta-feira como parte de uma iniciativa para reduzir as emissões de CO2 da Alemanha. O pacote inclui instituir taxas pelo "direito de poluir" de proprietários de automóveis e o incentivo a viagens de trem, entre outras medidas.

Ela descreveu a iniciativa como o início de "uma profunda mudança" na Alemanha. O país europeu tem apenas 1% da população global, mas é responsável por 2% das emissões de CO2 no mundo. "Se todos se comportassem como nós, as emissões globais dobrariam", disse.

Ainda segundo a chanceler, é preciso promover essa mudança por meio de incentivos. "Há aqueles que estão agindo, protestando e nos pressionando, mas existem os céticos", disse. Por isso, segundo ela, "a tarefa de todos os governos é dialogar com todas as pessoas".

O discurso de Merkel foi acompanhado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que fez uma aparição surpresa na conferência. Ele não havia confirmado presença anteriormente. Trump apareceu junto com seu vice, Mike Pence, ainda durante a fala do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. Ele ouviu todo o discurso de Merkel e deixou o local logo depois.

Ataques na Arábia Saudita? Irão é responsável, diz Macron, Merkel e Boris


Os líderes da França, Alemanha e Reino Unido acusaram hoje o Irão de ser responsável pelo ataque que ocorreu no dia 14 às instalações petrolíferas sauditas, pedindo que "se abstenha de mais provocações". Irão é responsável

"Está claro para nós que o Irão é responsável por este ataque. Não existe outra explicação possível", referem Emmanuel Macron, Angela Merkel e Boris Johnson, num comunicado conjunto, após uma reunião à margem da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque.

O Governo iraniano criticou hoje Boris Johnson, após o primeiro-ministro britânico ter revelado no domingo que o Reino Unido considera o Irão responsável pelos ataques à indústria petrolífera da Arábia Saudita.

A agência noticiosa iraniana ISNA informou que o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Abbas Mousavi, criticou os "infrutíferos esforços contra a República islâmica do Irão" e considerou que o Governo britânico "deveria terminar a venda de armas letais à Arábia Saudita", envolvida no conflito do Iémen desde 2015.

Em convenção, trabalhistas britânicos decidem não fazer campanha para ficar na UE


Em seu 119º congresso anual, o Partido Trabalhista britânico decidiu em votação apertada não fazer campanha aberta para que o Reino Unido permaneça na União Europeia (UE).

Por uma margem estreita, os trabalhistas optaram por não forçar o líder trabalhista, Jeremy Corbyn, a promover uma campanha para reverter o resultado do referendo de 2016, que definiu a saída do país do bloco europeu.

O divórcio definitivo entre o Reino Unido e a UE está previsto para 31 de outubro, e até ao momento não há um acordo para o fim do casamento de 46 anos.

Corbyn, numa tentativa de unir os lados pró e contra o Brexit, decidiu manter-se afastado das discussões, e colocar sobre os ombros do partido a decisão final.

A votação ocorrida nesta segunda-feira (23) partiu de uma moção popular defendendo que o Partido Trabalhista deveria fazer “campanha energética para permanecer na União Europeia e por um segundo referendo”.

O resultado significa que o partido ficará onde está: a favor de um novo referendo, mas contra fazer campanha aberta por ficar ou sair do bloco.

A convenção pode ser considerada uma vitória para Corbyn, líder trabalhista desde 2015 e defensor uma posição neutra sobre o Brexit, e uma derrota para o grupo mais claramente favorável à União Europeia. No entanto, como resultado da crise envolvendo a saída da UE, o apoio da legenda no país vem caindo recentemente.

China confirma encontro com delegação Talibã


Uma delegação de representantes Talibã visitou recentemente a China para conversar, disse nesta segunda-feira (23), Geng Shuang, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

Anteriormente, Suhail Shaheen, porta-voz oficial do escritório político do Talibã (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países) no Catar, postou em sua conta no Twitter que nove membrosTalibãs, incluindo o chefe do escritório político do Catar, o mulá Abdul Ghani Baradar, conversaram com o enviado especial chinês para os assuntos do Afeganistão, Deng Xijun, na China durante o domingo (22).

"O lado chinês considera a situação no Afeganistão muito importante, faz de tudo para facilitar o processo de paz no Afeganistão, mantém contato constante com todos os lados envolvidos. O chefe do escritório diplomático Talibã em Doha, Baradar e alguns de seus assessores estiveram recentemente na China para fazer contatos ", confirmou Geng.

Geng especificou que o enviado especial e a delegação afegã haviam trocado opiniões sobre o processo de paz no Afeganistão.

"Esperamos que os Estados Unidos, o Talibã e o Afeganistão mantenham negociações e alcancem paz e estabilidade o mais rápido possível", acrescentou Geng.

Os EUA e os Talibãs tentam há quase um ano negociar um acordo de paz que garanta a retirada de tropas estrangeiras do Afeganistão em troca da garantia do movimento de que o país não se tornará um local seguro para terroristas.

As negociações, no entanto, excluíram o governo afegão, porque o Talibã o considera um fantoche dos EUA. A última rodada de negociações em Doha terminou em 1º de setembro.

Em 7 de setembro, após uma explosão em Cabul, Trump se pronunciou dizendo ter cancelado conversas secretas em Camp David com a liderança do Talibã e os líderes afegãos no dia 8 de setembro.

Sputnik | Foto: © AP Photo / Andy Wong

Trump diz que China é 'uma espécie de ameaça global'


O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta sexta-feira que a China é uma "espécie de ameaça global", pois aumenta o poder militar mais rapidamente do que todos no mundo.

Trump reuniu-se com o primeiro-ministro da Austrália na sexta-feira (20.09) e respondeu a repórteres se a China é um inimigo estratégico dos Estados Unidos.

"Bem, é óbvio que a China é de alguma forma uma ameaça ao mundo, porque eles estão desenvolvendo suas capacidades militares mais rapidamente do que qualquer um no mundo e, francamente, estão fazendo isso com dinheiro americano", disse o presidente dos EUA a repórteres.

O líder norte-americano explicou que se referiu às relações económicas e comerciais injustas entre os dois países. Ao mesmo tempo, de acordo com Trump, Washington e Pequim estão "muito perto de um acordo" no comércio.

Donald Trump disse ainda que acredita que a China não tem escolha a não ser negociar um acordo comercial com Washington. De acordo com ele, Pequim realmente quer chegar a um acordo o mais rápido possível, pois a economia chinesa estaria sofrendo pesadas perdas. A economia americana, segundo Trump, apenas se beneficia disso.

A próxima rodada de negociações entre os Estados Unidos e a China está marcada para o início de outubro.

Sputnik | Foto: © Reuters / Carlos Barria

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