quarta-feira, 6 de março de 2024

Alemanha e NATO apanhadas em flagrante no planeamento da guerra

Se se confirmar que a ponte na Rússia foi atingida por um míssil, então pareceria que a guerra da NATO contra a Rússia atingiu um novo limiar. 

Finian Cunningham* | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

Os líderes militares alemães podem ter cometido erros tolos nas suas discussões privadas sobre planos operacionais contra a Rússia. No entanto, a segurança da sua comunicação incompetente – embora ridícula – não diminui a seriedade do que estava a ser discutido.

O tenente-general Ingo Gerhartz e os seus assessores estavam a ponderar seriamente os meios técnicos e de propaganda para atacar a Rússia com mísseis balísticos de longo alcance. Em suma, um membro da NATO foi apanhado em flagrante a planear um acto de guerra contra a Rússia.

Depois de os meios de comunicação russos  terem publicado  o áudio da conversa, a reacção alemã foi rejeitá-la como um exercício de guerra cerebral e como uma tentativa da desinformação russa de minar o governo de Olaf Scholz.

Esta ofuscação por parte de Berlim não irá resolver. O facto incontestável é que os comandantes alemães estavam a deliberar sobre como “optimizar” a capacidade ofensiva ucraniana para atingir alvos russos com o míssil de cruzeiro alemão Taurus de longo alcance. A arma supostamente ainda não foi fornecida ao regime ucraniano devido a preocupações de alguns políticos alemães de que isso agravaria a guerra com a Rússia. Fica claro na fita de áudio que os chefes militares alemães estão frustrados com o fato de os políticos não terem ordenado o fornecimento do Taurus.

Gerhartz, o chefe da força aérea alemã, diz aos seus subordinados em termos inequívocos: “Estamos agora a travar uma guerra que utiliza tecnologia muito mais moderna do que a nossa boa e velha Luftwaffe”.

Aí está: o principal comandante alemão diz inequivocamente: “Estamos agora travando uma guerra”.

Portugal – Eleições | O futuro visto do Chega

Teresa Pizarro Beleza e Helena Pereira de Melo* | Diário de Notícias | opinião

O inquietante projeto de Constituição “neutra” apresentado pelo partido de extrema-direita evidencia a ausência de uma clara ideia de comunidade justa. 

Uma Constituição traduz necessariamente uma ideia que um povo tem, num determinado momento histórico, do que deve ser uma comunidade justa. Todo o sistema jurídico de um país decorre dos valores e princípios nela consagrados. É, deste modo, importante o estudo dos projetos de revisão constitucional recentemente entregues à Assembleia da República. 

O projeto apresentado pelo Grupo Parlamentar Chega intitula-se “Uma Constituição para o futuro de Portugal” e, “a par de uma limpeza ideológica necessária”, propõe uma “reforma de fundo” que visa, entre outros aspetos, “a neutralidade ideológica da Constituição”. Esta afirmação causa-nos perplexidade: como pode haver uma Constituição axiologicamente neutra?

Para além de ser essencial que concretize uma conceção de Justiça previamente acordada, a própria opção por uma “neutralidade axiológica” é uma opção axiologicamente comprometida. É-nos explicado que o projeto apresentado pretende “produzir um espírito de agregação e unidade em que os portugueses se revejam e em que todos possam, pelo menos, enquadrar o seu modo de vida e a sua forma de ver o mundo”. Significará esta afirmação que, a ser aprovado, o texto constitucional proposto será simultaneamente interpretado de modo a prever a nacionalização e a privatização de meios de produção, a proteção da vida humana desde o momento da conceção e o direito à interrupção voluntária da gravidez, a proteção contra a discriminação injusta em razão do género ou da etnia e a abolição da referência às mesmas nos curricula escolares? Uma genuína Torre de Babel que, no limite, se traduziria na possibilidade de cada cidadão e cada cidadã escolher o seu conteúdo constitucional e – quem sabe – colocá-lo no Instagram: “art. 1.º: “Não deixes que os outros decidam o que fazes do teu tempo”; artigo 2.º: “Não morras no decurso de mais uma inútil reunião zoom”.

Televisões com maioria de comentadores de direita, mulheres são apenas 24%

PORTUGAL - ELEIÇÕES

Em 2016, havia uma ligeira vantagem favorável aos comentadores fixos de esquerda (23 contra 22), mas em 2023 a tendência mudou e o predomínio é da direita (37 contra 25). Havia ainda oito comentadores com orientação política não identificável há oito anos e 16 no ano passado. 

Os comentadores políticos nas televisões aumentaram 47% nos últimos oito anos, de 53 para 78, a maioria é de direita e apenas um quarto são mulheres, revela um estudo do MediaLab do ISCTE que será divulgado na quinta-feira.

Em oito anos, registou-se "um maior predomínio de número de comentadores com posicionamento político à direita" nas televisões, passando de 22 em 2016 para 37 em 2023, concluiu o MediaLab, centro de investigação do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e a Empresa (ISCTE-IUL) focado na comunicação em espaço público.

Em 2016, havia uma ligeira vantagem favorável aos comentadores fixos de esquerda (23 contra 22), mas em 2023 a tendência mudou e o predomínio é da direita (37 contra 25). Havia ainda oito comentadores com orientação política não identificável há oito anos e 16 no ano passado.

O estudo "Comentário Político nos Media 2023", que será publicado na quinta-feira, conclui ainda pelo "desequilíbrio abissal" em termos de género, três quartos dos comentadores são homens, realçando-se que "as mulheres comentadoras são muito menos conotadas politicamente do que os homens".

Em todos os espaços de comentário televisivos apenas 24% são mulheres, menos do que em 2022 (28%), mas mais do que em 2016 (17%).

Os autores apontam como negativa a tendência para um aumento da associação entre jornalistas e comentadores o que "contribui para a confusão sobre o que é jornalismo factual e o que é comentário junto das audiências".

Do estudo sobressai a conclusão de que "o aumento exponencial dos comentadores e dos espaços de comentário nos últimos anos em televisão" teve como consequência a "diminuição do espaço de informação factual no que toca, nomeadamente, aos canais noticiosos".

Moedas (trocos): Um alentejano xico esperto na Câmara Municipal de Lisboa?

CNE manda Moedas remover cartazes que violam lei eleitoral. Tem 24 horas

Câmara de Lisboa tem até ao final do dia de hoje para remover os cartazes

A Comissão Nacional de Eleições (CNE) ordenou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, a retirar os cartazes de uma campanha de publicidade institucional durante o período de campanha sobre o tema da Habitação, por considerar que violam a lei eleitoral, avança a SIC Notícias.

A autarquia tem 24 horas para retirar os cartazes em causa, tendo já indicado, à agência Lusa, que "vai acatar" a determinação do regulador.

Na deliberação emitida na terça-feira, a CNE, que terá recebido mais de uma dezena de queixas sobre o assunto, escreve que os conteúdos dos cartazes "extravasam a mera informação de utilidade para os destinatários" e violam os deveres de neutralidade e imparcialidade a que a autarquia está sujeita, cita a estação televisiva. 

A Câmara de Lisboa justificou que o objetivo era "divulgar aos munícipes a atividade desenvolvida pelos serviços municipais", motivo pelo qual a campanha não deveria ser considerada publicidade institucional ou de cariz político", no entanto, a CNE entende que foi violada a proibição de publicidade institucional. 

O Notícias ao Minuto tentou entrar em contacto com a CNE para obter mais esclarecimentos, mas não possível até ao momento.

Num momento posterior, a Câmara de Lisboa deu indicação de que vai acatar a ordem da CNE de retirada dos cartazes, mas ressalvando que irá contestar a deliberação. "De qualquer forma, e de acordo com o solicitado pela CNE com base em denúncias anónimas, a CML pediu para a empresa responsável dar início ao processo de retirada dos cartazes", acrescentou a autarquia.

Imagem: Carlos Moedas - © Getty Images

Angola | Glória aos Contadores de Mentiras – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

A falsificação da História Contemporânea de Angola continua e os falsificadores gozam da maior impunidade. Alguns são pagos pelo Estado Angolano. O período entre o 25 de Abril de 1974 e 11 de Novembro de 1975, Guerra da Transição ou II Guerra de Libertação Nacional, é o alvo preferencial, sobretudo desde as eleições de 2022. Agualusa e Xavier Figueiredo colaboram com livros! O mártir da gramática escreve de ouvido. O Xavier aldraba à linha para facturar. Também há quem venda toneladas de catatos e paracuca para os EUA. A vida é dura.

A UNITA em 1974 não era reconhecida como um movimento de libertação porque as suas armas estiveram ao lado dos colonialistas contra a Independência Nacional. Leiam as cartas que Jonas Savimbi trocou com o capitão Benjamim de Almeida, comandante da companhia de artilharia que protegia o acampamento da UNITA no Leste. Ou as cartas que Savimbi escreveu aos generais Luz Cunha, comandante supremo das tropas de ocupação, e Bettencourt Rodrigues, comandante da Zona Militar Leste. Dois comandantes fundadores do Galo Negro, os majores Pedro e Sachilombo, reforçaram os Flechas da PIDE em 1968. 

A FNLA em 1970 abandonou a luta armada devido a graves contradições entre os dirigentes políticos e os chefes militares. Alguns foram combater sob a bandeira do MPLA como o lendário Comandante Margoso, um dos líderes da Grande Insurreição Popular em 15 de Março, 1961. Para fazer prova de vida, em Maio de 1974, um grupo de jovens da FNLA, mal armados e sem treino militar fez uma operação na zona fronteiriça do Norte. Uma companhia de paraquedistas portugueses prendeu-os e foram apresentados em Luanda.

 A partir desse momento, Mobutu mobilizou tropas para integrarem o Exército de Libertação Nacional de Angola (ELNA), braço armado da FNLA. Só os comandantes eram angolanos! Essa tropa invadiu silenciosamente o Norte. Tentou fazer o mesmo em Cabinda. Nessa altura já estava em Luanda o almirante Rosa Coutinho e os invasores estrangeiros, entre os quais mercenários franceses, foram escorraçados de Massabi. O governador e comandante militar português, brigadeiro Temudo Barata, eleito presidente de honra da FLEC em Lândana, foi expulso do distrito e recambiado para Portugal.

As poderosas associações comerciais, agrícolas e industriais apoiaram abertamente a independência branca. Jonas Savimbi embarcou nessa golpada. Os independentistas brancos, aliados à Rodésia de Ian Smith (Zimbabwe) e à África do Sul, precisavam dessa bandeira e os Media apresentaram a UNITA como o movimento dos brancos. Savimbi era o “muata da paz”- Os líderes dos independentistas brancos, expulsos de Angola, apareceram nas delegações da FNLA e da UNITA durante a Cimeira do Alvor!

Entrevista Agostinho Neto (Maio de 1975) -- Artur Queiroz


 Artur Queiroz*, Luanda

“É muito fácil reduzir os conflitos em Angola a conflitos entre os Movimentos de Libertação. Não é assim. O que se passa é que há forças externas que desejam destabilizar Angola”. Esta afirmação, foi proferida pelo doutor Agostinho Neto, a 10 de Maio de 1975, quando a Grande Batalha de Luanda estava no auge, durante uma entrevista concedida ao jornalista Artur Queiroz e que foi publicada no jornal de Lisboa “Diário de Notícia”. Eis o texto integral da entrevista:

Artur Queiroz - O MPLA anunciou num comunicado que o desencadear de nova onda de violência levaria as FAPLA  a abandonarem as suas posições defensivas e a assumirem uma posição de ataque. Isso é possível em zonas onde a FNLA tem maior implantação militar?

Agostinho Neto - Os sucessivos ataques contra o MPLA não podem deixar de provocar uma profunda indignação nos elementos que constituem as FAPLA e, em todo o país, nós verificamos que essa indignação cresce. A repetirem-se os ataques, certamente que as FAPLA vão reagir. 

AQ - Há forças para isso?

NA - É certo que nós não temos a mesma força e a mesma implantação militar em todo o território. Temos pontos fracos e pontos fortes. Mas é preciso que ao analisarmos este problema, não vejamos simplesmente o número de soldados e o número de armas, mesmo até a qualidade das armas de que os soldados dispõem. Nós temos de contar com outro elemento que é fundamental nesta luta. Esse elemento é o povo. E se, como disse, ainda estamos fracos sob o ponto de vista militar, em alguns pontos, podemos contar com o apoio da maior parte do nosso povo. Este elemento é determinante para a vitória das forças progressistas.

AQ - Os ataques contra as posições das FAPLA têm origem externa?

AN - A modificação da atitude defensiva por parte das FAPLA e do nosso movimento deve-se simplesmente ao facto de verificarmos que as forças reaccionárias se estão a instalar e a aumentar os seus ataques contra o MPLA, o que quer dizer contra os interesses do povo angolano, portanto contra os interesses das forças progressistas em Angola. O elemento fundamental dessas forças progressistas pode ser considerado a aliança entre o povo e as FAPLA. Vamos reagir com toda a decisão, para que nenhum outro ataque possa ser feito neste país contra as forças progressistas e neste caso contra o processo de descolonização, que nós queremos ver completado no dia 11 de Novembro.

A '"expertise' ocidental sobre conflito na Ucrânia pode levar mundo a desastre nuclear

Os especialistas estão completamente fora de sintonia com a realidade – e é por isso que as suas opiniões representam um perigo para a humanidade

Sergey Poletaev, cofundador e editor do projeto Vatfor | RT em Opera | # Traduzido em português do Brasil

Para avaliar o profissionalismo de qualquer especialista, suas declarações e previsões iniciais devem ser comparadas com o curso real dos acontecimentos. 

Neste sentido, é interessante que nenhuma das previsões feitas pelos principais especialistas ocidentais sobre o conflito na Ucrânia se tenha concretizado – seja em termos militares, políticos, económicos ou sociais. No entanto, ao longo dos últimos dois anos, desenvolveu-se uma tendência nos meios de comunicação ocidentais: os especialistas inventam circunstâncias “anteriormente não consideradas” para justificar os seus erros iniciais, publicam novas previsões e depois explicam porque é que as suas últimas previsões também não se concretizaram.

Em suma, parece que a imprensa ocidental está ocupada criando um universo alternativo de fantasia. 

Tudo isto pareceria divertido, não fosse o facto de a maior aliança militar e económica do mundo basear a sua política neste disparate, de centenas de milhares de pessoas terem pago por isso com as suas vidas e de a guerra nuclear parecer ser aparecendo no horizonte. 

Tomando Kiev em três dias 

Muitos se lembrarão das declarações das autoridades americanas sobre Kiev, feitas em 2022: se a Rússia invadir, a capital ucraniana cairá em 72 horas. Mas poucos se lembrarão das condições que supostamente tornariam isso possível: “Tal ataque deixaria entre 25 mil e 50 mil civis mortos”.

Nenhum especialista ocidental duvidava que o presidente russo Vladimir Putin estaria disposto a fazer tais sacrifícios, e ninguém acreditava que o plano da Rússia pudesse ser realmente diferente – que em vez de atacar praças públicas e cidades, o objectivo de Moscovo era conduzir uma operação militar precisa e evitar derramamento de sangue. tanto quanto possível. Quando as tropas russas desembarcaram perto de Kiev e mais tarde se retiraram, o Ocidente proclamou-a uma grande vitória para as Forças Armadas Ucranianas (AFU). Na verdade, esta “vitória” desempenhou um papel importante na decisão de fornecer mais ajuda militar à Ucrânia.

As Mentes de Homens Desesperados – Scott Ritter

O francês Emmanuel Macron sugeriu na semana passada a ideia suicida de enviar tropas da NATO para a Ucrânia para confrontar militarmente a Rússia.

Scott Ritter | Consortium News | # Traduzido em português do Brasil

“Ó maldade, tu és rápido em entrar nos pensamentos de homens desesperados!”

- Romeu e Julieta , Ato 5, Cena 1

Com estas palavras, William Shakespeare, o bardo imortal, capta a psicologia dos homens que, acreditando estar confrontados com uma situação para a qual não há esperança de resolução, empreendem ações que inevitavelmente os levarão à morte.

Embora ambientada em Mântua, na Itália, do século XIV , a tragédia de Shakespeare poderia facilmente ter sido transportada no tempo para a França atual, onde o presidente francês Emmanuel Macron, no papel de um Romeu moderno, depois de saber do falecimento do seu verdadeiro amor, a Ucrânia, decide cometer suicídio encorajando o envio de tropas da OTAN para a Ucrânia para enfrentar militarmente a Rússia.

Macron organizou uma reunião de crise na semana passada, convocada para discutir a deterioração das condições no campo de batalha na Ucrânia após a captura russa da cidade-fortaleza de Adviivka. A reunião contou com a presença de altos representantes dos estados membros da OTAN, incluindo os EUA e o Canadá.

“Não devemos excluir que possa haver uma necessidade de segurança que justifique alguns elementos da implantação”, disse Macron durante uma conferência de imprensa convocada após a reunião. “Mas eu disse-vos muito claramente qual a posição que a França mantém, o que é uma ambiguidade estratégica que mantenho.”

Os outros participantes na reunião apressaram-se imediatamente a anunciar que, na sua perspectiva, não havia “ambiguidade estratégica” – o envio de forças da NATO para a Ucrânia não estava em cima da mesa.

Eleições? Votos para o lixo onde portugueses irão rapinar restos para comer...


Bom dia. Eis a seguir o Curto do Expresso que às vezes trazemos aqui pelo PG. É pra ler, pois então. Hoje a jornalista diz que é estreante nesta coisa curta do Curto e onde nós gostamos de meter o bedelho. Estamos em eleições, na campanha dita eleitoral. 

A mediocridade passeia-se em arruadas pelo país e conversas da treta dignas de metem nojos. É o que eles na reles representatividade demonstram ser. Temos pena. E saudades de alguns dos antigos que já se finaram e deixaram obra que valeu e que hoje está destruída por estes "sábios da modernidade" que se afirmam capacitados e de competência como nunca em Portugal e no mundo existiram. Balelas. 'Dótores da Balela' é o que são. Uns metem nojo que nos 50 anos do 25 de Abril estão a deixar rasto da miséria política, intelectual e humana que representam. Geração Rasca, hiper rasca. Há excepções... Mas são escassas. Azar.

Adiante e sigam para bingo no Curto. Votos no lixo. Uns mais portugueses que outros é o trato principal a abrir. Acrescentamos portugueses que comem do lixo para se alimentarem mal e porcamente. Eles e elas andam aí. 'São subgente' dirá o nazifascista Ventura e a sua trupe paga por tais como o Champôlimão Manuel. E por outros reacionários antidemocráticos e esclavagistas do piorio e das massas hiperexploradas. Eles andam aí. Pois. Não nos livrámos deles e agora...

Bom dia, se conseguirem. Perguntem-se como. Nós não sabemos...

MM | PG


Por que é que o meu voto vale mais do que o de alguém de Portalegre?

Marta Gonçalves, jornalista | Expresso (curto)

Começo por lhe fazer um convite: hoje, às 14h00, "Junte-se à Conversa" com João Vieira Pereira e David Dinis para falar sobre "A sondagem e as legislativas". Inscreva-se aqui.

Bom dia,

Sou mulher, tenho 30 anos e voto pelo círculo eleitoral de Lisboa. No domingo vou à escola ao fim da minha rua para votar. Tal como eu, em Portalegre, haverá uma mulher de 30 anos que, no domingo, também vai deixar o seu voto na urna. A diferença? Apenas o distrito onde moramos. A consequência? Dificilmente o meu voto será ignorado, o dela poderá ser.

A explicação de tudo isto está no sistema eleitoral. Lisboa e Porto, por serem distritos com mais pessoas, são os que elegem mais deputados para a Assembleia da República. São responsáveis por quase 40% das escolhas. Os restantes lugares são distribuídos pelos outros 20 círculos eleitorais (além de Portugal continental, as ilhas e ainda os emigrantes na Europa e os de fora da Europa). Portalegre, por exemplo, é o que elege menos, apenas duas pessoas. Neste caso, que não é único, matematicamente só é possível eleger deputados do primeiro e segundo partidos mais votados.

Ou seja, todos os boletins com cruzinhas em partidos com mais votos de nada valem, são desperdiçados. Mas como se fazem estas contas? O melhor mesmo é espreitar o novo episódio do 259 para explicar o mundo, o guião é do jornalista Pedro Miguel Coelho e a magia do grafismo animado do Carlos Paes.

Nas últimas eleições, 730 mil votos não serviram para eleger. Se somarmos o que já se perdeu em todas as eleições, desde 1975,já foram desperdiçados mais de oito milhões - e quando falamos em desperdício, referimo-nos exclusivamente à não conversão de votos em mandatos e não às recentes acusações de fraude eleitoral e alegados boletins deitados literalmente ao lixo. Estamos a pouco mais de 90 horas para a contagem de votos, é preciso garantir que cada sorriso simpático, beijoca ou abraço na rua vale mais um voto e isso pode ser decisivo (sobretudo, lá está, se for nos distritos com mais peso). Na estrada, todas as caravanas continuam em viagem pelo país. Foi entre Sintra e Lisboa que Pedro Nuno Santos passou o dia de campanha, visitou um hospital e teve a seu lado Marta Temido, ex-ministra da Saúde. O PS vai em busca dos indecisos com dúvidas sobre quem é e o que traz a Aliança Democrática (AD), escreve o Diogo Cavaleiro (com as fotografias de Tiago Miranda). A noite ainda teve direito a protestos durante o discurso do líder socialista, que no comício na Aula Magna foi interrompido um par de vezes: primeiro, uma por uma mulher que lhe queria oferecer uma bíblia, depois por ativistas climáticas. A pouco mais de 100 quilómetros de distância, a AD chamou Paulo Portas para se juntar à campanha e Luís Montenegro deixou garantias de como vai à luta com Ventura pelo eleitorado do Chega. Não só nomeou pela primeira vez o partido nesta campanha - “já chega de Chega”, mas “Chega não é uma palavra proibida”, escreve o jornalista João Diogo Correia neste texto (com fotografias de Rui Duarte Silva).

China aumenta orçamento de defesa em 7,2% para 2024, “visando paz e estabilidade"

Liu Xuanzun | Global Times | # Traduzido em português do Brasil

A China anunciou na terça-feira um projeto de orçamento de defesa para 2024 no valor de 1,66554 trilhão de yuans (231,36 bilhões de dólares), um aumento de 7,2% em relação ao ano anterior.

O número moderado reflete os passos razoáveis, contidos e constantes da China no desenvolvimento da defesa nacional, que leva em conta fatores como a modernização militar, os ambientes de segurança externa e o desenvolvimento econômico, disseram os especialistas.

A proposta de orçamento de defesa foi divulgada num projecto de relatório orçamental divulgado na abertura da segunda sessão da 14ª Assembleia Popular Nacional (APN), a mais alta legislatura do país, na terça-feira.

O orçamento de defesa da China manteve um crescimento de um dígito durante nove anos consecutivos desde 2016. A taxa de crescimento também foi fixada em 7,2 por cento em 2023, embora tenha oscilado de forma estável entre seis e oito por cento nos últimos anos. 

Zhang Junshe, um especialista militar chinês, disse ao Global Times que os gastos com defesa da China têm permanecido estáveis ​​nos últimos anos, e o crescimento consecutivo de um dígito mostrou que o aumento é moderado e razoável.

Muitos países aumentaram as suas despesas militares nos últimos anos, disse Zhang, citando o aumento agressivo dos gastos com defesa por parte de países como os EUA e o Japão.

De acordo com um relatório da Reuters, o presidente dos EUA, Joe Biden, em dezembro de 2023, supostamente autorizou um gasto militar anual recorde de US$ 886 bilhões para o ano fiscal de 2024, quase quatro vezes o valor da China.

O Gabinete do Japão aprovou em Dezembro de 2023 um forte aumento de 16 por cento nas despesas militares em 2024, além de aliviar a proibição pós-guerra às exportações de armas letais, sublinhando uma mudança no princípio da autodefesa do país, informou a AP.

Zhang continuou a observar que, em comparação com outras grandes potências militares como os EUA, as despesas de defesa da China em percentagem do seu PIB também estão num nível baixo.

Nos últimos anos, os gastos com defesa da China representaram geralmente apenas cerca de 1,3 por cento do PIB do país, enquanto, de acordo com dados publicamente disponíveis, este valor para os EUA é de cerca de 3,5 por cento, e o valor directivo para os membros da NATO é de 2 por cento.

A China pode facilmente aumentar as suas despesas militares de forma mais radical graças ao desenvolvimento abrangente do país, e o facto de não o fazer reflecte a contenção na definição do orçamento de defesa, disseram os analistas.

Questão de Taiwan sinaliza que combate ao separatismo tornou-se prioridade máxima

Mais ações, menos apelos serão tendência na abordagem da questão: especialista

Zhao Yusha | Global Times | # Traduzido em português do Brasil

O Relatório de Trabalho Governamental deste ano omitiu o termo “reunificação pacífica” ao falar sobre a questão de Taiwan. Em vez disso, diz que seremos “firmes no avanço da causa da reunificação da China”.

Os observadores chineses acreditam que isto sinaliza que o combate ao separatismo já se tornou uma prioridade na abordagem da questão de Taiwan e na oposição à interferência estrangeira, o que também é uma abordagem prática em relação ao status quo. No entanto, a posição global do governo central sobre a questão de Taiwan permanece consistente e inalterada.

Afirmaram que no Relatório de Trabalho do Governo deste ano, os termos para a questão de Taiwan são mais concisos do que os vistos em anos anteriores e isto implica que mais será feito do que dito na abordagem desta questão num futuro próximo. 

O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, entregou o Relatório de Trabalho do Governo em nome do Conselho de Estado na reunião de abertura da segunda sessão da 14ª Assembleia Popular Nacional (APN), realizada no Grande Salão do Povo na manhã de terça-feira.

Ao referir-se à questão de Taiwan, Li disse que "implementaremos a política geral do nosso Partido para a nova era na resolução da questão de Taiwan, permaneceremos comprometidos com o princípio de Uma Só China e com o Consenso de 1992, e nos oporemos resolutamente às atividades separatistas que visam a 'independência de Taiwan'". ' e interferência externa."

"Promoveremos o desenvolvimento pacífico das relações através do Estreito, seremos firmes no avanço da causa da reunificação da China e defenderemos os interesses fundamentais da nação chinesa. Ao promover o desenvolvimento integrado através do Estreito, melhoraremos o bem-estar dos chineses pessoas de ambos os lados para que juntos possamos realizar a causa gloriosa do rejuvenescimento nacional", disse Li.

A China pensa a “terceira onda” socialista

O projeto chinês, segundo um de seus teóricos. O que o colapso soviético ensinou. O papel transitório do mercado. O capital lucra, mas não manda. O Estado e um novo planejamento. O risco constante de captura – e como enfrentá-lo

YangPing* | em Outras Palavras | Imagem: Liu Hongjie (China), Skyline, 2021 | # Publicado em português do Brasil

MAIS:
Texto publicado na revista chinesa Wenhua Zongheng e traduzido pelo Instituto Tricontinental, parceiro editorial de Outras Palavras

O capitalismo enfrenta uma grave crise

A crise financeira de 2008 e a pandemia de Covid-19 evidenciaram a grave crise enfrentada pelo capitalismo. A economia global experimentou estagnação e declínio prolongados, desemprego generalizado, desigualdades de renda abissais, dívidas excessivas e bolhas de ativos. De maneira trágica, isso foi acompanhado por uma perda significativa de vidas humanas. A atual crise do capitalismo global é a maior e mais severa desde a Grande Depressão (1929-1933).

Nessa crise, os limites do capitalismo estão cada vez mais aparentes, sejam eles limites de mercado, tecnológicos ou ecológicos. Em primeiro lugar, a escassez de novos mercados e fontes de lucro levam a uma diminuição da força motriz da acumulação de capital. Em segundo lugar, embora a inovação tecnológica impulsionada por crises permaneça ativa, os benefícios dessa inovação estão cada vez mais concentrados em poucas mãos, marginalizando a maioria das pessoas no atual sistema capitalista. Em terceiro lugar, a capacidade ecológica do mundo tem sido pressionada até seu limite e o ecossistema do planeta não pode mais sustentar as pressões impostas pelo modo de vida e de produção capitalistas.

Os mecanismos acionados tradicionalmente para lidar com crises capitalistas falharam diante da crise atual. Após quase quatro décadas de neoliberalismo, os governos capitalistas enfrentam uma crise do gasto público, na medida em que a busca por mais reformas estruturais para estimular o capital privado entra em conflito direto com a necessidade de manter os níveis mínimos de bem-estar social. As políticas de flexibilização quantitativa criaram enormes bolhas de ativos e espirais de dívida, exacerbando as severas disparidades de riqueza previamente existentes.

Sob esta crise, ressurgem muitos elementos que caracterizaram o panorama do capitalismo global antes das duas grandes guerras mundiais: o crescimento do populismo, do militarismo e do fascismo; a intensificação de divisões sociais internas; um aumento na hostilidade e na competição de soma zero entre as nações; e tendências em direção à desglobalização e à política de blocos. Com o aumento das tensões internacionais, também aumenta a possibilidade de outra guerra mundial.

As crises desencadeiam guerras e as guerras levam a revoluções. Esse tem sido um tema recorrente na história do sistema capitalista. Na terceira década do século XXI, em meio a essa grave crise, o capitalismo irá passar por reformas profundas e superar sua crise? Ou este é o “momento Chernobyl” do capitalismo, que se encaminha para o seu fim?

A história chegou, novamente, a uma encruzilhada crítica.

EUA | Trump vence em 12 estados da Super Terça-feira e Biden em 15

A única corrida perdida do lado democrata foi no território Samoa Americana, um pequeno território dos EUA no sul do oceano Pacífico. Biden foi derrotado pelo candidato desconhecido Jason Palmer, por 51 votos contra 40.

Donald Trump venceu os primeiros 12 estados em jogo na Super Terça-feira, e o Presidente norte-americano, Joe Biden, foi dado como vencedor em 15, de acordo com projeções dos 'media' norte-americanos.

O ex-Presidente Donald Trump, de 77 anos, já foi declarado vencedor em 11 estados: Texas, Alabama, Colorado, Maine, Oklahoma, Virgínia, Carolina do Norte, Tennessee, Arkansas, Minnesota, Massachusetts e Caliórnia.

Do lado democrata, o Presidente do país, Joe Biden, de 81 anos, que está a tentar um segundo mandato e não enfrenta forte oposição, venceu ainda no Vermont, no Utah e no Iowa.

A única corrida perdida do lado democrata foi no território Samoa Americana, um pequeno território dos EUA no sul do oceano Pacífico. Biden foi derrotado pelo candidato desconhecido Jason Palmer, por 51 votos contra 40.

A Super Terça-feira é o dia em que 15 estados e um território votam nas primárias para escolher os candidatos democratas e republicanos à Casa Branca, que este ano, salvo alguma surpresa, serão Biden e Trump.

Tradicionalmente, a Super Terça-Feira é considerada um ponto de viragem na corrida presidencial, uma vez que são distribuídos mais de 35% dos delegados que escolhem os candidatos dos dois partidos, mas este ano ambas as nomeações estão praticamente fechadas.

Os 15 estados são Alabama, Alasca, Arkansas, Califórnia, Colorado, Maine, Massachusetts, Minnesota, Carolina do Norte, Oklahoma, Tennessee, Texas, Utah, Vermont, Virgínia, e o território de Samoa Americana.

Haley vence Trump na Super Terça-feira em Vermont

A antiga embaixadora dos Estados Unidos na ONU Nikki Haley venceu as primárias republicanas para a Casa Branca no estado de Vermont, na única vitória até agora contra Donald Trump na Super Terça-feira.

Com 93% dos votos contados, Haley conseguiu 50% contra 45,7% de Trump, de acordo com projeções das estações de televisão norte-americanas Fox News e NBC News.

Vermont, na Nova Inglaterra (nordeste), foi o menos populoso dos 15 estados chamados às urnas nesta Super Terça-feira, pelo que atribui apenas 17 dos 865 delegados em jogo.

A PRAGA LARANJA

Henrique Monteiro | HenriCartoon

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