segunda-feira, 18 de julho de 2011

Angola: O USO AUTORIZADO DA MENTIRA E A CPI DO TUNGO




KIAMA NGONGO - O KISSONDE

“Ele ouviu e viu as pessoas que foram baleadas, as pessoas que ficaram carbonizadas em tempo de paz,” - Viera Chissingui, secretario provincial adjunto da UNITA no Huambo

Segundo Aristóteles e Platão, a marca da tirania é a ilegalidade, ou seja, a violação das leis e regras pré-estipuladas pela quebra da legitimidade do poder; uma vez no comando, o tirano revoga a legislação em vigor, sobrepondo-a com regras estabelecidas de acordo com as conveniências para a perpetuação deste poder. A intimidação, o terror e o desrespeito às liberdades civis estão entre os métodos usados para conquistar e manter o poder. A sucessão nesse estado de ilegalidade é sempre difícil. Caros compatriotas, Angola não foge muito disso.

Mais uma vez o MPLA, um lobo disfarçado com a pele de carneiro (ou seja de Higino Carneiro) produziu uma imagem que permite  enganar os incautos da sociedade angolana de que tudo esta bem. Intolerância politica? Isso é coisa inventada pela UNITA. Pessoas queimadas? Não aquilo foi uma botija de gás. Pessoas baleadas? Não Aquilo foi briga entre marginais.

Os resultados da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre os alegados actos de intolerância política no Huambo, não é mais do que a validação clássica da mentira política que o MPLA já nos habituo. Entretanto, quando a mentira assume uma dimensão institucional, se rompe o arcabouço ético do sistema. A mentira, como o medo, tem uma função precisa no processo político, mas sua utilização, sempre discutível, implica o alvo da verdade maior.

Admitamos que mentir é normal, “O político mente para ganhar eleições; o desempregado mente para conseguir emprego, e até existe quem minta exclusivamente para chamar a atenção”, mas como mentir que não se cometeu adultério se estas a me ver em cima da mulher de outrem? Se não se consegue assumir é essa verdade então viva a democracia da mentira!!!

Assumo que fiquei espantado com este “constatámos não haver casos de intolerância política”. Depois de tanta prova visível que houve tungo contra os maninhos do Huambo, não houve intolerância política? Sinceramente senhor General!!. Mas a ditadura é isso mesmo, legitima acto de mentir em juízo, como meio de autodefesa. Aceitar a existencia de tais casos de intolerância política seria entregar o ouro ao bandido (já quase morto). A única maneira de compreender tal conduta é examinando o percuso do eduardismo, enquanto conjunto de condutas e comportamentos estalinistas com pendor maquiavélico, cuja forma de estar, é negar a existência do óbvio quando no seu intimo contem andaimes que levam a queda do mesmo. O resultado da CPI é uma pândega tragicômica para ser inserida no livro da infâmia política angolana.

Portanto, não há, pois, crime pior do que enganar as massas, do que fazer passar as mentiras, por verdades, derrotas por vitórias e os inimigos por amigos, do que fabricar processos judiciais de impostura – enfim, do que fazer o que fazem (faziam) os stalinistas. Estes meios podem servir apenas a um fim: prolongar o domínio duma camarilha condenada pela História. Chego assim à conclusão de que a mentira, a violência e o assassínio são incompatíveis com “um sadio movimento socialista” que o MPLA diz ser. 

ABAIXO A DITADURA EDUARDISTA!!!!!

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