quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Angola: Elevada migração e urbanização tem colaborado para disseminação do Vih




ANGOLA PRESS

Luanda - A elevada migração e urbanização com níveis de pobreza, onde a prostituição chega a ser um dos meios de sobrevivência, constitui um dos factores determinantes da disseminação do Vih/Sida em Angola, afirmou hoje, em Benguela, a vice-ministra da Saúde, Evelise Frestas.
  
Durante uma apresentação sob o tema resposta nacional ao Vih e Sida, referiu que a pirâmide da população jovem, com início precoce das relações sexuais, práticas dos contactos transaccionais e intergerações aumentou as taxas de doenças de transmissão sexual, gravidez não desejada e outras doenças.
  
Segundo a vice-ministra, as taxas de analfabetismo dificultam o impacto significativo das intervenções educativas e de informação.
  
Adiantou ainda que a sub-valorização e existência de preconceitos sobre o risco das doenças de transmissão sexual, Vih/Sida, barreiras culturais e religiosas, assim como existência de práticas e comportamentos de risco na população entre outros, são aspectos ligados à propagação da patologia.
  
Fez saber que o número de pessoas com Vih no mundo em 2009 é de 33 milhões de pessoas na África subsariana, daí o alerta para todos, sendo que Angola está a volta deste país.
  
Avançou ainda que a nível nacional foram criadas 558 unidades que fazem aconselhamento e testagem do Vih.
  
De 2007 a 2010 foram efectuados cerca de 462.680 testes onde 242.210 foram positivos, sendo um resultado bastante preocupante para a sociedade e os profissionais de saúde.
  
Salientou que no mesmo período foram feitos 256.983, testes em mulheres grávidas, tendo como positivos 5.345.
  
Actualmente a situação estimada de mulheres grávidas com Vih e sida é de 26.889, sendo uma prevalência de 2,8 porcento e estão em acompanhamento cerca de 3.394.
  
Segundo a responsável, durante um estudo feito verificou-se que as mulheres dos 15 aos 24 anos de idade desconhecem as principais formas de transmissão da doença.
  
Mencionou os encontros periódicos do comité provincial de luta contra a sida e grandes endemias, o comprometimento das autoridades sanitárias locais, em particular do ponto focal provincial, a formação de profissionais de saúde em Vih e Sida e a expansão dos serviços em 88 porcento dos municípios da província como um dos pontos fortes para ajudar na prevenção. 

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