O antigo ministro do PSD Ângelo Correia recusou um imposto especial para os mais ricos, lembrando que as taxas progressivas já penalizam aqueles que têm maiores rendimentos.
Num jantar-conferência na Universidade de Verão do PSD, esta quarta-feira à noite em Castelo de Vide, Ângelo Correia defendeu a acção do Governo, considerando que se vêm aí mais impostos é porque eles são precisos.
«Tudo aquilo que infelizmente tenha de ser necessário, por virtude do desconhecimento que o Estado português e o Parlamento tinham em Junho de algumas circunstâncias financeiras mais imperecíveis que existiam e que decorreram do Governo anterior e que não eram conhecidas, neste momento, infelizmente, é justificável», disse.
É o preço a pagar para cumprir o défice previsto, sublinhou, acrescentando: «É aborrecido para todos nós, eu já pago muito, todos nós portugueses já pagamos muito, é triste, mas infelizmente é necessário».
Já pôr os ricos a pagar a crise é outra conversa, até porque, no entender de Ângelo Correia, quem tem mais já contribui na devida proporção.
«Quando as taxas progressivas de impostos são aplicadas a quem ganha mais, eles já estão a pagar muito mais. Quando ao IMI é aplicada uma majoração é a quem tem casa, em princípio ricos e classe média, ou seja, toda a tributação que existe em Portugal já penaliza mais os ricos do que os pobres», sustentou.
Estas declarações foram proferidas aos jornalistas à margem da aula que deu, em que os microfones ficaram desligados.
De saída, questionado sobre a situação financeira da Madeira, o social-democrata disse entender que o problema será resolvido somando responsabilidades da região autónoma à solidariedade do continente.
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