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Díli, 13 set (Lusa) -- O vice-primeiro-ministro de Timor-Leste, José Luís Guterres, disse hoje que a transformação da Autoridade Bancária de Pagamentos em Banco Central não significa mudança da política do governo em relação à moeda nacional, que é o dólar norte-americano.
"A transformação da ABP (Autoridade Bancária de Pagamentos) em Banco Central não significa mudança da política da parte do governo em relação à moeda nacional", afirmou o vice-primeiro-ministro.
José Luís Guterres falava na cerimónia da transformação da ABP em Banco Central de Timor-Leste, que hoje decorreu em Díli.
"A moeda oficial de Timor-Leste é o dólar norte-americano e assim continuará a ser pelo menos no futuro próximo", afirmou o vice-primeiro-ministro.
José Luís Guterres sublinhou, contudo, que o Banco Central irá realizar, no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento, uma "análise rigorosa da questão da moeda e reportar ao governo as implicações da introdução de uma moeda nacional".
Segundo o vice-primeiro-ministro, o assunto tem merecido discussões e debates e é "muito importante que o governo entenda completamente todas as implicações antes de tomar qualquer decisão relativamente à introdução da moeda nacional".
"Observamos que as nações com moedas débeis dão por si a caírem rapidamente em problemas e a necessitarem de procurarem assistência internacional sabemos de vários casos de várias nações que tiveram de desvalorizar as suas moedas para salvar as suas economias", afirmou.
Por outro lado, disse, "estamos a assistir a uma situação oposta na Europa. Os governos de vários países, incluindo Grécia, Irlanda e Portugal, estão a ter dificuldades por partilharem uma moeda comum, o Euro, e não poderem desvalorizar a sua moeda para tornarem as suas economias domésticas mais competitivas".
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