Timor-Leste: PR, fora do país, é quem decide se aceita ou não demissão de Taur Matan Ruak

MSE - LUSA

Díli, 02 set (Lusa) -- O chefe de Estado de Timor-Leste, José Ramos-Horta, é a única entidade que tem capacidade para decidir sobre o pedido de demissão do chefe das Forças de Defesa, disse hoje o assessor de imprensa do Presidente timorense.

"O Presidente, enquanto comandante supremo das Forças Armadas, é a única entidade que tem capacidade para tomar decisão sobre a iniciativa que tenha tomado o major-general, Taur Matan Ruak", afirmou o assessor de imprensa de José Ramos-Horta, José Meireles.

Segundo o assessor de imprensa, o chefe de Estado encontra-se de visita à China e só regressa ao país na terça-feira.

"Qualquer seguimento que seja dado a este caso, será a partir da próxima semana", acrescentou José Meireles.

O vice-primeiro-ministro de Timor-Leste, José Luís Guterres, disse hoje que o chefe das Forças de Defesa timorenses apresentou a demissão ao primeiro-ministro e ministro da Defesa, Xanana Gusmão.

"Compete ao Presidente da República, enquanto comandante em chefe, decidir sobre o assunto", salientou o vice-primeiro-ministro.

O vice-primeiro-ministro disse também que o Conselho de Ministros "compreendeu as razões que levaram o major-general a apresentar a demissão e felicitou-o pelo papel que teve na modernização das forças de defesa" timorenses.

De acordo com a France Presse, em declarações aos jornalistas e quando questionado sobre as suas ambições políticas, Matan Ruak referiu que vai esperar pelo início do próximo ano para anunciar a sua decisão sobre uma eventual candidatura às eleições presidenciais de 2012.

"Quero servir aqueles que sofreram por este país", afirmou.