segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Portugal: MINISTRO MIGUEL MACEDO DEMITE DIREÇÃO DA PSP



Jornal de Notícias

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, exonerou, esta segunda-feira, a Direcção-Nacional da Polícia de Segurança Pública.O novo director nacional é o superintendente Paulo Jorge Valente Gomes.

O superintendente Paulo Valente Gomes era, desde 2 Março, director nacional adjunto para a Unidade Orgânica de Recursos Humanos da PSP e antes tinha ocupado a direcção do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna.

Guilherme Guedes da Silva ocupava o cargo de director nacional da PSP desde 28 de Março, tendo sido o número dois da direcção na Unidade Orgânica de Operações e Segurança, comandante regional da PSP da Madeira e, posteriormente, dirigiu o Comando Metropolitano de Lisboa.

O Sindicato Nacional de Oficiais de Polícia saudou a nomeação do novo director nacional da PSP, considerando que é "um marco histórico" para aquela força passar a ser dirigida por um oficial de polícia.

Em declarações à agência Lusa, Carlos Ferreira, dirigente do Sindicato, afirmou que "é o início de uma nova era" para a PSP, até agora dirigida por militares, passar a ter um director nacional, Paulo Valente Gomes, que "foi o primeiro classificado do primeiro curso da então Escola Superior de Polícia, em 1984".

Carlos Ferreira destacou que é "fundamental que o Ministério da Administração Interna e Governo dêem condições para que [Paulo Valente Gomes] possa de facto desempenhar com êxito as suas funções e resolver os problemas urgentes que continuam por resolver", ressalvando que sem meios, "é difícil fazer milagres".

"É uma oportunidade que deve ser aproveitada por todos os profissionais de polícia para que a PSP possa cumprir ainda melhor as suas funções", defendeu, sem comentar as razões que terão levado o Governo a exonerar o actual director, Guilherme Guedes da Silva.

Paulo Valente Gomes "é uma pessoa com grandes capacidades pessoais, sentido humano muito intenso e preocupado com os problemas de todos os profissionais de polícia", indicou Carlos Ferreira.

"Essa sensibilidade muito pessoal dá-lhe condições acrescidas para tentar resolver os problemas" e desempenhar as "funções difíceis" que vai assumir, referiu.

Sem comentários:

Mais lidas da semana