PMA - Lusa
Maputo, 22 mar (Lusa) - O Ministério da Educação de Moçambique considerou hoje inaceitável o protesto que os estudantes moçambicanos na Argélia estão a realizar há quatro dias contra o valor da bolsa, instando-os a "regressar às aulas".
Pelo menos 60 dos 184 bolseiros moçambicanos a estudar na Argélia foram obrigados pela polícia a sair das instalações da embaixada moçambicana em Argel na terça-feira, mas recusaram abandonar as imediações da missão diplomática, onde ficaram a reivindicar o aumento da bolsa.
Os estudantes consideram insuficiente a bolsa de 150 dólares (cerca de 114 euros) que o Governo moçambicano atribui por mês a cada bolseiro, apontando o elevado custo de vida na Argélia como razão para o incremento do valor.
Os bolseiros exigem também a reposição de descontos feitos em setembro do ano passado e em fevereiro último pela embaixada, sob a alegação da crise financeira que Moçambique enfrenta.
Em declarações à Lusa, o director do Instituto de Bolsas de Estudo do Ministério da Educação, Octávio de Jesus, afirmou que pediu hoje aos encarregados de educação dos bolseiros num encontro em Maputo para persuadirem os seus educandos a regressarem às aulas.
"Explicámos aos encarregados de educação dos nossos bolseiros na Argélia que a sua atitude é inaceitável e devem regressar às aulas", disse Octávio da Cruz.
O diálogo com os estudantes será realizado com as aulas em curso e em serenidade, assinalou o director do Instituto de Bolsas de Estudo do Ministério da Educação.
"A bolsa é concedida pelo Governo argelino, ainda assim damos um adicional, pelo que não se justifica a atitude dos nossos estudantes na Argélia", disse Octávio de Jesus, que considerou esporádica a reivindicação dos bolseiros.
Moçambique tem entre 600 e 700 bolseiros a estudar em vários países.
Sem comentários:
Enviar um comentário