segunda-feira, 16 de abril de 2012

Guiné-Bissau: Bancos e ministérios fechados, pequeno comércio a funcionar



FP/CFF – Lusa, com foto

Bissau, 16 abr (Lusa) - Os bancos e as sedes dos ministérios da capital da Guiné-Bissau, onde na quinta-feira os militares tomaram o poder, estão hoje encerrados, mas o pequeno comércio está a funcionar, numa manhã em que a cidade regista menos movimento.

As dependências bancárias, os edifícios dos ministérios e a sede do Governo em Bissau estão hoje encerrados, constatou a agência Lusa numa volta pela cidade, onde os pequenos comércios estão de portas abertas.

O Bandim, principal mercado de Bissau, está também a funcionar, mas o movimento de pessoas e o trânsito nas ruas é menor.

Há também muitas pessoas a abandonar a capital, levando consigo apenas alguns bens.

Em algumas ruas é visível a presença de militares.

Hoje está prevista a visita a Bissau de uma missão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

A Guiné-Bissau está controlada desde quinta-feira por um Comando Militar, que desencadeou um golpe de Estado na véspera da campanha eleitoral para a segunda volta das eleições presidenciais, disputadas pelo primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, e Kumba Ialá, que no entanto se recusa a participar na votação.

Desde quinta-feira que é desconhecido o paradeiro de Carlos Gomes Júnior e do Presidente interino, Raimundo Pereira.

Um Conselho Nacional de Transição foi criado no domingo pelos partidos de oposição, numa reunião em que o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC, no poder), não participou.

O golpe de Estado na Guiné-Bissau mereceu ampla condenação internacional, incluindo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) que, após uma reunião de ministros no sábado em Lisboa, decidiu propor uma força de interposição com aval da ONU e sanções individualizadas contra os golpistas.

UE está ao lado dos líderes democraticamente eleitos na Guiné-Bissau e não tolerará golpes - Durão Barroso

ACC - Lusa

Bruxelas, 16 abr (Lusa) - O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, advertiu hoje em Bruxelas que a União Europeia está ao lado dos líderes democraticamente eleitos na Guiné-Bissau e "não tolerará golpes contrários à Constituição guineense e ao Estado de direito".

José Manuel Durão Barroso, que falava numa conferência de imprensa conjunta com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, reclamou a "libertação imediata" dos líderes políticos guineenses e sublinhou que a comunidade internacional responsabilizará aqueles que os capturaram se a sua segurança for posta em causa.

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