Dinheiro Vivo – Lusa, com foto
O secretário-geral da CGTP exortou os trabalhadores portugueses a lutarem contra as políticas de austeridade, em particular contra a revisão do Código do Trabalho que considera ter como objetivo a desregulamentação das relações de trabalho.
"Ao contrário do que o Governo e o grande patronato afirmam, é falsa a ideia de que há rigidez a mais no mercado de trabalho e que há pouca adaptação dos trabalhadores ao ciclo económico", disse Arménio Carlos na intervenção final da manifestação do Dia do Trabalhador, na Alameda Afonso Henriques, em Lisboa.
Para o sindicalista, não é com mais precariedade ou novas formas de trabalho gratuito que se promove o crescimento económico e se reduz o desemprego.
"Este é um tempo de luta contra estas propostas, que desregulamentam e desumanizam as relações de trabalho e envergonham o país e os portugueses", afirmou perante os manifestantes.
O líder da Intersindical prometeu que a central sindical não aceitará "despedimentos mais fáceis" nem que "o grande patronato fique com todo o poder para alterar o horário de trabalho, reduzir os salários" e "esvaziar a contratação coletiva".
"Não aceitaremos alterações assentes em mentiras grosseiras que apostam numa maior redução dos salários, quando Portugal já é o 4.º país da zona euro com menores custos do trabalho", afirmou Arménio Carlos.
Os milhares de trabalhadores presentes na Alameda aprovaram uma resolução que inclui a maioria das criticas feitas por Arménio Carlos ao Governo e repudia as sucessivas medidas de austeridade impostas aos portugueses e a alteração à legislação laboral.
A CGTP comemorou hoje o Dia do Trabalhadores em mais de 40 localidades sob o lema "Contra a Exploração e o Empobrecimento - Mudança de Política".
Sem comentários:
Enviar um comentário