CSJ(ACL) – Lusa, com foto
Lisboa, 01 mai (Lusa) - A UGT exigiu hoje o cumprimento do acordo tripartido de concertação social, reivindicando a necessidade de o Governo definir um calendário que permita a concretização das medidas de crescimento e de emprego previstas no documento.
A exigência foi feita pelo presidente da UGT, João de Deus, e pelo secretário-geral da central sindical, João Proença, nas intervenções que fizeram na Praça dos Restauradores, em Lisboa, para celebrar o Dia do Trabalhador.
"Neste dia, a UGT exige que o Governo cumpra a palavra dada e o acordo assinado. A UGT exige mais eficácia e rapidez de todo o Governo na implementação do acordo. Neste dia, mais uma vez, a UGT afirma a sua firme determinação em exigir o cumprimento do acordo de concertação, sob pena de o mesmo ser denunciado pela UGT, por incumprimento do Governo", afirmou João de Deus.
O presidente da UGT afirmou ser impossível compreender as razões que levaram o Governo a "negligenciar" o cumprimento das medidas do Compromisso para o Crescimento, a Competitividade e o Emprego, especialmente as destinadas a desemprego e ao crescimento económico.
"O Governo foi rápido e célere a implementar as medidas do mercado de trabalho e de alterações do Código do Trabalho, tendo-se esquecido das restantes", afirmou, defendendo a necessidade de o Governo "arrepiar caminho e, rapidamente, adotar um programa e um calendário que permitam a implementação das medidas de crescimento e de emprego".
O secretário-geral da UGT, João Proença, disse, por sua vez, que a central sindical assinou o acordo tripartido "em defesa" das oito horas de horário máximo de trabalho diário, do Estado Social e do emprego.
"Exigimos respeito por este acordo tripartido, o seu cumprimento integral", afirmou.
No final da sua intervenção, João Proença disse aos jornalistas que "a UGT respeita aquilo que assinou, mas tem do direito de crítica, o direito de opinião", considerando, contudo, ser "importante" que o acordo tripartido permaneça em vigor e seja cumprido, porque "é importante" para o país.
O secretário-geral da UGT disse ainda que as palavras de hoje do primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, transmitem "alguma confiança de que o acordo vai ser cumprido".
O presidente do PSD e primeiro-ministro defendeu hoje que "não haverá uma segunda oportunidade" para que se diga que o Governo não está a cumprir com a UGT.
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