terça-feira, 22 de maio de 2012

Moçambique: Frelimo reitera manutenção de Guebuza como líder do partido



MMT - Lusa

Maputo, 22 mai (Lusa) - A Frelimo defendeu hoje a manutenção de Armando Guebuza na liderança do partido no poder em Moçambique, considerando que "nunca" a formação política esteve "tão perfeita em termos de funcionamento" como agora.

Falando aos jornalistas, o secretário-geral da Frelimo, Filipe Paúde, assegurou que Armando Guebuza, que é também o chefe de Estado moçambicano, vai ser reconduzido ao cargo de líder do partido no 10º Congresso, agendado para o próximo mês de Setembro, na cidade de Pemba, província de Cabo Delgado.

"Nunca o partido Frelimo esteve tão perfeito em termos de funcionamento. Temos hoje as escolas provinciais, a escola central está a formar quadros, em todos os locais de residências as células do partido estão a funcionar. Hoje temos o partido a funcionar inclusivamente fora do país. Há uma dinâmica que está a ser imprimida graças ao trabalho, a direção correta do presidente Guebuza", disse Filipe Paúnde.

Após receber hoje em audiência o vice-presidente do Conselho de Estado da República de Cuba, Esteban Lazo Hernández, o secretário-geral da Frelimo lembrou que os estatutos do partido não preveem limites de mandato para o presidente, pelo que "não há razões que impeçam" Armando Guebuza de continuar a ser presidente.

"Queremos que o partido continue forte, com esta vitalidade. Nos estatutos não está isso previsto (limite de mandatos para o presidente do partido), portanto, pode continuar. Não há razões para não continuar ser presidente do partido", disse.

Armando Guebuza disse recentemente que não irá alterar a Constituição para lhe permitir um terceiro mandato, afirmando que "outros farão o melhor a bem de todos".

Armando Guebuza, líder da Frelimo, está a meio do segundo e último mandato presidencial e, em setembro, o Congresso do histórico partido moçambicano, que governa o país desde a independência em 1975, vai eleger o seu sucessor e candidato às presidenciais de 2014.

Alguns apelos têm sido feitos para uma revisão constitucional que permita um terceiro mandato a Guebuza, mas o próprio afastou essa hipótese.

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