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Os partidos políticos têm até 19 de junho para apresentarem as candidaturas às eleições gerais de Angola. Aqueles que não conseguirem recolher 15 mil assinaturas perdem o lugar na corrida eleitoral.
Depois de o Tribunal Constitucional ter anunciado, a 28 de maio, a abertura das apresentações das candidaturas às eleições gerais em Angola, convocadas para 31 de agosto, a DW África foi saber como decorre a recolha de assinaturas para as candidaturas dos seis partidos políticos dominantes no cenário político angolano, nomeadamente: MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola), PRS (Partido de Renovação Social), Bloco Democrático, Partido Popular e FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola).
Dos 77 partidos políticos e sete coligações partidárias existentes em Angola, o MPLA, partido no poder, e a UNITA, a maior força da oposição, não tiveram qualquer tipo de dificuldade na recolha das respetivas assinaturas.
Já o Bloco Democrático tem encontrado algumas dificuldades nas províncias do Bié e do Huambo. Segundo o seu secretário provincial em Benguela, Francisco Viena, “um dos grandes problemas é o facto de que os cidadãos têm receio de ter o seu nome em documentos que não sejam do partido MPLA sob pena de serem perseguidos”.
Falando à DW África o secretário provincial, José Cachine Domingos, disse que a nível de Benguela o seu partido já concluiu as assinaturas exigidas. Mas o Partido Popular “continua a recolher porque caso aconteça o que nós vimos em 2008, nós já acautelamos”.
O Partido Popular acusou ter havido fraude nas eleições gerais de 2008. E atualmente o secretário da província de Benguela do Partido Popular considera que em Angola vigora “um regime que precisa de grandes cautelas”.
A CASA, Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral, “já tem todas as assinaturas para a candidatura de 2012”, segundo secretário executivo provincial, Florêncio Kanjamba. Formado em março deste ano, o secretário executivo provincial da aliança da oposição angolana está a fazer os últimos acertos para a apresentação da sua candidatura às eleições de 31 de agosto.
O Partido de Renovação Social (PRS) também já concluiu as assinaturas a nível da província de Benguela. Mas na Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) o impasse político continua, com o Tribunal Constitucional a reconhecer Lucas Benguy Ngonda como presidente enquanto o líder da bancada parlamentar daquela formação partidária, Ngola Kabango, diz ser ele o presidente do partido.
Autor: Nelson Sul D'Angola (Benguela) - Edição: Glória Sousa / Cristina Krippahl
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