i online – Lusa, com foto
Explosões de petardos, um forte cheiro a pólvora e uma estrondosa ovação marcaram o arranque da manifestação mineira que seguirá no centro de Madrid até à sede do Ministério da Indústria, em protesto contra cortes no setor.
O núcleo central do protesto é formado por cerca de 300 mineiros que caminharam centenas de quilómetros, nos últimos 20 dias, numa ‘marcha negra’ que terminou na madrugada de hoje com uma concentração na Puerta del Sol.
Milhares de cidadãos espanhóis, muitos com cartazes de apoio aos mineiros, juntaram-se na manifestação que partiu, pouco depois das 11:00 (hora local, menos uma hora em Lisboa) da Praça Colón.
À frente da coluna estão os mineiros seguindo-se depois responsáveis sindicais, incluindo os líderes das duas maiores centrais espanholas, Cándido Méndez (UGT) e Ignacio Toxo (CCOO).
Também se somaram à manifestação os alcaides de várias zonas mineiras, que nos últimos três dias se fecharam nas sedes locais em solidariedade com os mineiros.
Familiares e simpatizantes dos mineiros, que viajaram de vários pontos de Espanha em 500 autocarros, integram também o grosso do protesto.
Os mineiros que compõem a "marcha negra" vão fazer "todos os possíveis" para acamparem hoje em frente ao Ministério da Indústria em Madrid, apesar das proibições que foram anunciadas pelas autoridades.
Fabian Alvarez, da Federação da Indústria das Comissões Obreiras, disse na terça-feira à agência EFE que a delegada do Governo de Madrid, Cristina Cifuentes, proibiu o acampamento de protesto, mas mesmo assim, os mineiros "vão tentar" acampar porque os manifestantes não são "terroristas", apesar de, afirmou, estarem a ser tratados como tal.
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