MPLA mantém liderança por grande margem, com mais de dois terços de votos apurados
01 de Setembro de 2012, 19:56
Luanda, 01 set (Lusa) - O MPLA, partido no poder em Angola, continua a liderar a contagem dos votos das eleições gerais realizadas na sexta-feira, com 74,12 por cento, quando estavam contados mais de dois terços dos votos.
Segundo os últimos dados provisórios disponibilizados pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), relativos a 68,66 por cento dos votos, contados às 17:30 (mesma hora em Lisboa), a UNITA mantinha a segunda posição, com 17,83 por cento.
A CASA-CE, a nova coligação do dissidente da UNITA Abel Chivukuvuku, surgia, à mesma hora, no terceiro lugar, com 4,65 por cento, e o PRS, que era maior força angolana atrás dos partidos históricos, obtinha 1,83 por cento.
A província mais atrasada na contagem dos votos é Luanda, onde estão registados 2,8 milhões de cidadãos, quase um terço do eleitorado, com apenas 32,5 por cento dos boletins escrutinados.
Na província da capital, o MPLA liderava com 57,54 por cento dos votos, seguido da UNITA, com 27,62 por cento, e da CASA-CE, com 12,52 por cento.
Nos últimos dados provisórios disponibilizados pela CNE,o partido do Governo estava à frente, com grande distância em todas as 18 províncias do país.
A UNITA seguia em segundo lugar em 15 províncias, a CASA-CE em duas e o PRS numa.
HB.
Resultados permitem garantir estabilidade do país -- Porta-voz MPLA
01 de Setembro de 2012, 20:56
Luanda, 01 set (Lusa) - Os resultados das eleições gerais de sexta-feira em Angola "servem os objetivos" do MPLA e garantem a estabilidade de Angola, disse hoje à agência Lusa o porta-voz do partido maioritário.
Rui Falcão referia-se aos resultados provisórios divulgados hoje pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), que voltam, tal como nas legislativas de 2008, a dar o primeiro lugar ao partido no poder, quando estão contados mais de dois terços dos votos.
"A nossa meta é obter um resultado que nos permita garantir a estabilidade e assegurar o crescimento e desenvolvimento" de Angola, acrescentou Rui Falcão.
O MPLA obteve 81 por cento nas legislativas de 2008, e neste escrutínio, os dados disponíveis, às 17:30 de hoje, atribuem-lhe cerca de 75 por cento.
Instado a comentar os resultados da UNITA e da novidade neste escrutínio protagonizada pela Coligação Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE), o porta-voz do MPLA respondeu que se trata de um "problema interno" daquelas duas formações partidárias.
Segundo os dados provisórios disponibilizados pela CNE, a UNITA deverá repetir o segundo lugar de há quatro anos, enquanto a CASA-CE, liderada por Abel Chivukuvuku, dissidente da UNITA e antigo delfim de Jonas Savimbi, apesar das expectativas que chegou a alimentar de ultrapassar o partido do "Galo Negro", quedar-se pelo terceiro lugar.
"Não há atores novos nestas eleições. Há é um novo ator coletivo. A CASA-CE é constituída por militantes expulsos de outros partidos ou provenientes de outras formações entretanto extintas", considerou Rui Falcão.
Quando estão contados mais de dois terços dos votos, os dados da CNE atribuem menos de cinco por cento à coligação de Chivukuvuku.
"É uma manta de retalhos. Desempenhou nestas eleições o mesmo papel que o do PRS (Partido de Renovação Social) nas eleições de 1992", acrescentou.
Quanto à UNITA, que poderá aumentar dos 10 por cento alcançados em 2008 para 17 por cento, Rui Falcão disse que até prefere que o líder deste partido continue em funções.
"O que eu quero mesmo é que Isaías Samakuva continue líder da UNITA por muito mais tempo", rematou.
EL.
Nova coligação admite contestar resultados onde não teve delegados nas mesas
01 de Setembro de 2012, 21:03
Luanda, 31 ago (Lusa) - A Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE), a nova coligação de Abel Chivukuvuku, reserva-se ao direito de não reconhecer os resultados das eleições gerais em Angola em postos de votação onde não teve delegados.
"Em tempo oportuno", a sua coligação já tinha feito um pronunciamento em que se reservava ao direito de avaliar se aceita ou não os resultados das mesas, onde a CASA-CE não teve fiscais. Ainda não fizemos essa avaliação, em tempo oportuno vamos fazê-la", disse Abel Chivukuvuku hoje à noite em Luanda, numa declaração à imprensa, sem direito a perguntas.
Apesar dos contactos que o dirigente político disse terem existido entre a sua coligação e a Comissão Nacional Eleitoral (CNE), "por desorganização, má-fé ou de forma propositada", não lhe foi permitido ter delegados de lista em todas as assembleias eleitorais do país, embora tivesse "capacidade humana" para isso.
"Ao longo do dia 31, fomos recebendo credenciais, mesmo quando já estava a ser feita a votação, para que pudéssemos ter os nossos fiscais e delegados de lista nas mesas", descreveu Chivukuvuku, um ex-delfim de Jonas Savimbi, que em abril abandonou a UNITA e criou uma nova coligação alternativa aos partidos históricos angolanos.
Os resultados provisórios, correspondentes a mais de dois terços de votos contados, dados hoje a conhecer pela CNE, revelam que a CASA-CE segue com menos de cinco por cento de votos, na terceira posição, a larga distância do MPLA e também da UNITA.
O líder da CASA-CE informou que a sua coligação criou uma "sala de situação" e uma comissão especial para fazer o processamento, "município por município", de todas as atas de comissões eleitorais e "conferir, confirmar ou contestar, se houver discrepâncias" entre os valores anunciados pela CNE e o que consta nos documentos e, "em tempo útil", fará uma declaração final.
Numa nota final da sua declaração aos jornalistas, Abel Chivukuvuku lamentou "o facto de a Polícia Nacional manter em situação de prisão ilegal 12 jovens, alguns deles candidatos a deputados", em resultado de uma tentativa de vigília na quinta-feira, dia de reflexão, junto da sede da CNE em Luanda, de protesto contra os alegados atrasos na credenciação dos delegados de lista.
Na altura, a Polícia Nacional disse ter prendido 15 jovens ligados à CASA-CE, por desacatos e perturbação da ordem pública, num dia em que não eram permitidas manifestações políticas.
Hoje, o líder da CASA-CE referiu-se a 12 pessoas ainda detidas, "sem acesso a advogados ou as famílias", e disse estar a fazer contactos com a Polícia Nacional e com a Procuradoria de Luanda para que rapidamente se clarifique a situação e os jovens sejam libertados".
HB/EL.
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
Leia quase tudo sobre Angola (símbolo na barra lateral)
Sem comentários:
Enviar um comentário