NME – VM - Lusa
Luanda, 08 out
(Lusa) - A Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral
(CASA-CE), terceira força política do país, criticou hoje a falta de energia
elétrica e água na capital angolana, considerando que se trata de um
"assunto de Estado".
Em conferência de
imprensa, o líder da CASA-CE, Abel Chivukuvuku, manifestou a "profunda
indignação" desta força política "por esta situação que está a afetar
a vida de milhões de pessoas, particularmente as populações mais pobres".
A CASA-CE, tendo em
conta o "nível dramático" que a situação atingiu, considerou
tratar-se de "um assunto de Estado" já que a sua resolução
"claramente extravasa as competências das empresas públicas EDEL, EPAL,
ENE e até mesmo o ministério de tutela".
"A CASA-CE
lembra que Angola tem à sua disposição condições climatéricas ideais para a
opção por energias renováveis, tais como a eólica e a solar", sublinhou
Abel Chivukuvuku.
Segundo o líder da
terceira força política mais votada nas eleições gerais de 31 de agosto
(6,00%), a governação implica "previsão, antecipação e programação, por
isso não é aceitável que fenómenos naturais comuns sejam utilizados hoje como
desculpa para a incompetência do Governo".
"Há Estados
que, comparativamente, têm menos recursos hídricos e conseguem com competência
e boa governação providenciar água e luz elétrica aos seus povos", frisou
Chivukuvuku.
Há mais de duas
semanas que o fornecimento de energia elétrica à capital angolana está a ser
feito com restrições, registando-se períodos de cortes de mais de 48 horas,
devido ao baixo nível da albufeira da barragem hidroelétrica de Capanda.
Relativamente ao
fornecimento de água, a Empresa Pública de Águas (EPAL) informou aos
consumidores que os cortes de energia nos dias 29 e 30 de setembro afetaram a
distribuição para alguns bairros de Luanda.
Em comunicado
divulgado na sexta-feira, a EPAL referiu que o estado atual do rio Kwanza tem
afetado a produção de energia a partir da barragem de Capanda, o que fez com
que as estações de bombagem de Kasseque e de tratamento de água da região de
Kikuxi estivesse algumas horas sem energia, implicando a necessidade de
recuperação de níveis e posterior arranque.
A nota acrescenta
que como consequência foram afetados os consumidores dos bairros Prenda,
Alvalade, Cassenda, Mártires de Kifangondo, Cassequel, Terra Nova, Popular,
Palanca, Golf I e II, Calemba, Praia do Bispo, Cidade Alta, Calemba II, Ruas
Amílcar Cabral, Sapu II, 1.º Congresso e alguns fontenários do Calemba II e
bairro 14 de Abril.
A EPAL, sem indicar
uma data para a reposição do normal fornecimento de água, informou que
"esforços estão a ser feitos para o equilíbrio e melhoramento da
quantidade e qualidade de água a distribuir".
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