terça-feira, 9 de outubro de 2012

Timor-Leste: BENFICA DE DÍLI COM REPRESAS, AUSSIES TEMEM A INFLUÊNCIA DA CHINA

 

 
Luís Represas atua a 19 de outubro em Díli
 
08 de Outubro de 2012, 21:50
 
Díli, 08 out (Lusa) - O músico português Luís Represas vai dar a 19 de outubro um concerto em Díli, Timor-Leste, para a angariação de fundos para o Sport Díli e Benfica, disse hoje o presidente daquele clube desportivo, Fernando da Encarnação.
 
Fernando Encarnação explicou que a ideia foi apresentada pelos elementos da Guarda Nacional Republicana (GNR) destacados em Timor-Leste e pela organização não-governamental para a lusofonia Karingana Wa Karingana.
 
"Por sugestão da GNR surgiu a possibilidade de se contactar o Luís Represas para vir dar um espetáculo em Timor-Leste e o Sport Díli e Benfica aparecer como o beneficiário desse espetáculo", disse.
 
Segundo Fernando da Encarnação, o concerto foi possível na sequência de uma conjugação de esforços entre o clube desportivo e a Karingana Wa Karingana, que chegará brevemente a Díli para a entrega de um donativo em livros, que arranjaram patrocinadores para a viagem e espetáculo do artista.
 
O espetáculo custa 50 dólares (38,5 euros) com jantar e os bilhetes podem ser adquiridos através do Sport Díli e Benfica ou no Hotel Timor, onde vai decorrer o concerto.
 
Luís Represas é o autor da música "Timor", que se tornou nos anos 90 num símbolo da independência e paz no território.
 
MSE // HB
 
Ex-Presidente Ramos-Horta rejeita influência da China em Timor-Leste
 
09 de Outubro de 2012, 04:08
 
Sydney, Austrália, 08 out (Lusa) -- O ex-Presidente timorense, José Ramos-Horta, rejeitou hoje as alegações de académicos australianos de que Timor-Leste está cada vez mais próximo da China, contrapondo que a potência asiática tem mais poder de influência na Austrália.
 
O ex-chefe de Estado timorense, que falava durante uma palestra numa universidade australiana, a University of Tasmania, afirmou mesmo que Timor-Leste rejeitou a oferta de empréstimos baratos por parte das entidades chinesas.
 
"Em África, toda a gente corre para obter empréstimos baratos com a China (...) nós tornamo-nos mais difíceis de apanhar", afirmou o antigo governante, citado pela agência australiana AAP.
 
"Portanto, isso não é o que a ANU [Australian National University] sugere, [sobre] a crescente influência chinesa", acrescentou.
 
O Nobel da Paz (1996) indicou, na mesma palestra, que a única contribuição de Pequim em Timor-Leste foi a ajuda na construção de três edifícios governamentais relacionados com as áreas da Defesa, Negócios Estrangeiros e Presidência.
 
"Isso faz com que um país esteja sob a influência da China?", questionou Ramos-Horta.
 
"E então a Austrália? Eles vendem quase tudo à China", reforçou o ex-Presidente timorense.
 
Ramos-Horta quis realçar no entanto que Timor-Leste mantém uma excelente relação com a potência asiática.
 
"Conheci timorenses na China que falam melhor mandarim do que Kevin Rudd [antigo primeiro-ministro australiano]", ironizou Ramos-Horta.
 
SCA // HB
 
*O título nos Compactos de Notícias são de autoria PG
 
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