Deutsche Welle
Encontro de
ministros das Finanças do euro vai selar entrada em vigor do Mecanismo Europeu
de Estabilidade. Reunião também debate Portugal, Grécia e Espanha.
Os ministros das
Finanças do Eurogrupo selarão nesta segunda-feira (8/10), num encontro em
Luxemburgo, a entrada em vigor do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), que
substitui o provisório Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF). Além
disso estarão em pauta o orçamento público espanhol para 2013, a situação da
Grécia e a ampliação do prazo de Portugal reduzir seu deficit público.
O mecanismo
permanente de ajuda será dotado de 700 bilhões de euros, para poder conceder
uma ajuda de até 500 bilhões de euros. Ele disporá de 80 bilhões em dinheiro,
que começarão a ser depositados ainda este ano. O resto são garantias. Um dos
pontos a serem definidos se refere às condições que permitem ao MEE injetar
fundos diretamente a bancos em dificuldades.
Há semanas se
especula sobre um possível pedido de resgate por parte da Espanha, para que o
país tenha acesso ao programa de compra de títulos da dívida pública
disponibilizado pelo Banco Central Europeu (BCE). Neste domingo, milhares de
pessoas voltaram às ruas de dezenas de cidades na Espanha para protestar contra
as medidas de contenção de gasto previstas por Madri.
Portugal também é
tema
Também em relação a
Portugal deverão ser tomadas decisões. O Eurogrupo deverá estender por mais um
ano, até 2014, o prazo para Lisboa reduzir seu deficit público a 3% do PIB.
Além disso, deverá ser liberado o pagamento de 4,3 bilhões de euros do pacote
de ajuda ao país, de 78 bilhões de euros.
Portugal, que vinha
sendo considerado um país exemplar no combate à crise, sofreu um revés depois
que protestos em massa da população levaram o governo a frear os programas de
saneamento das finanças públicas.
A troika formada
por representantes do FMI, BCE e Comissão Europeia vai relatar aos ministros o
andamento das negociações com Atenas sobre um novo programa de cortes, no
montante de 14,5 bilhões de euros. Sua aprovação significa a liberação da nova
parcela de ajuda à Grécia.
Protestos contra
Merkel na Grécia
Na terça-feira, a
chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, viaja para Atenas, atendendo a um
convite do governo local. Ela e o primeiro-ministro Antonis Samaras buscam uma
forma de evitar a iminente inadimplência do país mediterrâneo.
Os sindicatos já
convocaram paralisações em protesto contra a visita. Milhares de policiais
serão mobilizados para garantir a tranquilidade nas ruas. Os gregos consideram
a Alemanha responsável pelos drásticos pacotes de austeridade, uma exigência
para a concessão de ajuda financeira à Grécia.
Fontes ligadas à troika
informaram que as negociações com Atenas provavelmente deverão ser encerradas
até 15 de outubro, para que "algo positivo" possa ser apresentado na
cúpula de 18 e 19 de outubro em Bruxelas, dos chefes de Estado e de governo da
União Europeia. Até o final de novembro precisa ser liberada a parcela de 31,5
bilhões de euros de ajuda a Atenas. Segundo Samaras, os cofres públicos se sustentam
até lá.
RW/dpa/rtr - Revisão:
Alexandre Schossler
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