sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Portugal: Greve na CP com adesão de 100%, avança sindicato dos maquinistas

 

SIC Notícias – Lusa, com foto
 
O presidente do Sindicato Nacional dos Maquinistas (SMAQ), António Medeiros, afirmou à Lusa que a greve de hoje na CP está ter uma adesão de 100 por cento e defendeu que estão a ser assegurados os serviços mínimos.
 
António Medeiros referiu que o SMAQ está a cumprir "escrupulosamente" os serviços mínimos e continua à procura de um "entendimento com a tutela", algo que não tem acontecido até aqui.
 
No entanto, a porta-voz da CP, Ana Portela, sublinhou que a empresa convocou serviços mínimos para a linha do Vouga (10 comboios), para os serviços urbanos de Lisboa (81 comboios) e do Porto (32 comboios), mas que estes só foram assegurados na linha do Vouga.
 
Nos serviços urbanos de Lisboa e do Porto não circulou até agora qualquer comboio.
 
A CP e os sindicatos interpretaram de forma diferente um aditamento da decisão do Tribunal Arbitral, que prevê a convocação de serviços mínimos quando não existem alternativas de transporte, sublinhou Ana Portela,
 
Fora dos serviços mínimos, circulou hoje um comboio internacional e está prevista a circulação de dois inter-cidades, referiu ainda a porta-voz da CP.
 
Além dos maquinistas, hoje também estão em greve todos os trabalhadores da CP, que desde o início do ano estão a fazer greve ao trabalho suplementar e em dias feriados.
 
Em declarações à Lusa, o presidente do SFRCI, Luís Bravo, também referiu que a adesão à greve é de 100 por cento e assegurou que os serviços mínimos estão a ser cumpridos, designadamente na linha do Vouga.
 
O pré-aviso de greve prolonga-se até 31 de outubro e poderá ser prolongado caso não haja acordo com a administração da CP, salientou o presidente do SMAQ.
 
A CP informou na quinta-feira que prevê que possam ocorrer, por motivos de greve, entre dias 07 e 31 de outubro "algumas perturbações e supressões nos serviços Urbanos de Lisboa, Urbanos do Porto, Urbanos de Coimbra, Regional e InterRegional".
 
A empresa ferroviária realçou, em comunicado assinado pelo Conselho de Administração, que "em 2012 ainda não existiu um único dia de calendário que, de uma maneira ou outra, não tenha sido perturbado por greves".
 
A CP lembrou a ligação entre os protestos e as alterações ao Código do Trabalho, não tendo, assim, "qualquer meio de dar satisfação a essas reivindicações para evitar ou conter o conflito, uma vez que tem o estrito dever de cumprir com as leis da República e as determinações do Governo".
 

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