SIC Notícias – Lusa, com foto
O presidente do
Sindicato Nacional dos Maquinistas (SMAQ), António Medeiros, afirmou à Lusa que
a greve de hoje na CP está ter uma adesão de 100 por cento e defendeu que estão
a ser assegurados os serviços mínimos.
António Medeiros
referiu que o SMAQ está a cumprir "escrupulosamente" os serviços
mínimos e continua à procura de um "entendimento com a tutela", algo
que não tem acontecido até aqui.
No entanto, a
porta-voz da CP, Ana Portela, sublinhou que a empresa convocou serviços mínimos
para a linha do Vouga (10 comboios), para os serviços urbanos de Lisboa (81
comboios) e do Porto (32 comboios), mas que estes só foram assegurados na linha
do Vouga.
Nos serviços
urbanos de Lisboa e do Porto não circulou até agora qualquer comboio.
A CP e os
sindicatos interpretaram de forma diferente um aditamento da decisão do
Tribunal Arbitral, que prevê a convocação de serviços mínimos quando não
existem alternativas de transporte, sublinhou Ana Portela,
Fora dos serviços
mínimos, circulou hoje um comboio internacional e está prevista a circulação de
dois inter-cidades, referiu ainda a porta-voz da CP.
Além dos
maquinistas, hoje também estão em greve todos os trabalhadores da CP, que desde
o início do ano estão a fazer greve ao trabalho suplementar e em dias feriados.
Em declarações à
Lusa, o presidente do SFRCI, Luís Bravo, também referiu que a adesão à greve é
de 100 por cento e assegurou que os serviços mínimos estão a ser cumpridos,
designadamente na linha do Vouga.
O pré-aviso de
greve prolonga-se até 31 de outubro e poderá ser prolongado caso não haja
acordo com a administração da CP, salientou o presidente do SMAQ.
A CP informou na
quinta-feira que prevê que possam ocorrer, por motivos de greve, entre dias 07
e 31 de outubro "algumas perturbações e supressões nos serviços Urbanos de
Lisboa, Urbanos do Porto, Urbanos de Coimbra, Regional e InterRegional".
A empresa
ferroviária realçou, em comunicado assinado pelo Conselho de Administração, que
"em 2012 ainda não existiu um único dia de calendário que, de uma maneira
ou outra, não tenha sido perturbado por greves".
A CP lembrou a
ligação entre os protestos e as alterações ao Código do Trabalho, não tendo,
assim, "qualquer meio de dar satisfação a essas reivindicações para evitar
ou conter o conflito, uma vez que tem o estrito dever de cumprir com as leis da
República e as determinações do Governo".
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