Luís Rainha* – i online,
opinião
Para um líder
postiço que prega a exigência, o desdém pelos piegas... e, no entanto, se
licenciou tarde – sabe deus como – abichando depois, à laia de pontos altos na
carreira, alguns lugares em empresas de padrinhos políticos. Isto e umas aulas
dadas num instituto que foi acusado pelo governo de então de aumentar, com
“grandes distorções”, as notas dos seus alunos, beneficiando-os indevidamente
em concursos.
Para um demagogo
oriundo de um partido que faz gala da sua histeria justicialista mal se vê em
eleições... mas que parece um petroleiro a vazar: para todo o lado, segue
acompanhado de uma imensa mancha negra que vai crescendo, sempre com derrames
novos e mais poluentes.
Para técnicos
fugidos de universidades ou blogues que nos impingem a obrigação de sacrifícios
para alcançar objectivos... e depois acabam por só ter números ainda piores
para apresentar nas suas contas de merceeiros.
Para assessores e
outras pragas que se acham investidos de uma sabedoria infalível que os
autoriza a decretar a ignorância dos demais... e nem fazem ideia da percentagem
do OE dedicada ao pagamento de salários.
Para um serviço
público de televisão que se empenha apenas em “serviços” ao governo, com
programas onde o debate é circunscrito a um lado da barricada – o do poder – e
salpicado com adereços inanes.
Mas, sobretudo, já
não há pachorra para quem escreve o milésimo texto destes, em vez de ir para a
rua partir coisas, resistir a sério, assustá-los a sério. Irra.
*Publicitário
Escreve à
quarta-feira
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