quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Portugal: JÁ NÃO HÁ PACHORRA

 


Luís Rainha* – i online, opinião
 
Para um líder postiço que prega a exigência, o desdém pelos piegas... e, no entanto, se licenciou tarde – sabe deus como – abichando depois, à laia de pontos altos na carreira, alguns lugares em empresas de padrinhos políticos. Isto e umas aulas dadas num instituto que foi acusado pelo governo de então de aumentar, com “grandes distorções”, as notas dos seus alunos, beneficiando-os indevidamente em concursos.
 
Para um demagogo oriundo de um partido que faz gala da sua histeria justicialista mal se vê em eleições... mas que parece um petroleiro a vazar: para todo o lado, segue acompanhado de uma imensa mancha negra que vai crescendo, sempre com derrames novos e mais poluentes.
 
Para técnicos fugidos de universidades ou blogues que nos impingem a obrigação de sacrifícios para alcançar objectivos... e depois acabam por só ter números ainda piores para apresentar nas suas contas de merceeiros.
 
Para assessores e outras pragas que se acham investidos de uma sabedoria infalível que os autoriza a decretar a ignorância dos demais... e nem fazem ideia da percentagem do OE dedicada ao pagamento de salários.
 
Para um serviço público de televisão que se empenha apenas em “serviços” ao governo, com programas onde o debate é circunscrito a um lado da barricada – o do poder – e salpicado com adereços inanes.
 
Mas, sobretudo, já não há pachorra para quem escreve o milésimo texto destes, em vez de ir para a rua partir coisas, resistir a sério, assustá-los a sério. Irra.
 
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Escreve à quarta-feira
 

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