quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Timor-Leste diz que está decidido a construir gasoduto sem ponderar outra opção

 

MSE – VM - Lusa
 
Díli, 17 out (Lusa) - O ministro dos Recursos Naturais de Timor-Leste, Alfredo Pires, garantiu hoje que as autoridades estão decididas em construir um gasoduto do Greater Sunrise para a costa sul do país e que não vai ser considerada qualquer outra opção.
 
"Não vamos considerar qualquer outra opção. A solução para o Greater Sunrise é única e tem de vir a Timor-Leste", afirmou à agência Lusa Alfredo Pires.
 
O plano de desenvolvimento da reserva de gás Greater Sunrise entrou num impasse devido a visões diferentes entre australianos e timorenses.
 
Enquanto a empresa petrolífera australiana Woodside defende a exploração numa plataforma flutuante, Timor-Leste insiste em construir um gasoduto para ter uma fábrica de processamento de gás natural na costa sul do país, com o objetivo de criar postos de trabalho e desenvolver aquela região.
 
Questionado pela agência Lusa sobre se Timor-Leste está a ponderar anular o tratado assinado com as autoridades australianas e a Woodside para a exploração do Greater Sunrise, o ministro admitiu que a aquela possibilidade está a ser analisada.
 
"Estamos a ver as possibilidades. Por enquanto, o último tratado que temos assinado refere que se até fevereiro de 2013 o plano de desenvolvimento para o Greater Sunrise ainda não tiver sido aprovado pela Autoridade Nacional do Petróleo a Austrália ou Timor-Leste têm a possibilidade de anular o tratado", disse Alfredo Pires.
 
Segundo o ministro, para já o Governo está a analisar os prós e os contras sobre as várias opções.
 
Na segunda-feira, Pierre-Richer Prosper, advogado contratado pelo Governo timorense para tratar daquela questão, afirmou em Camberra, citado pela televisão "ABC", que o gasoduto vai permitir aos australianos poupar dinheiro.
 
"Atualmente, o Governo australiano despende importantes somas para a ajuda ao desenvolvimento de Timor-Leste. Com o gasoduto será criado emprego e podem ser melhoradas as infraestruturas, a educação e a saúde", disse.
 
Criticando a ausência de posição do Governo da Austrália, o advogado destacou que Timor-Leste pode "facilmente encontrar um novo parceiro para a exploração do gás e construir um gasoduto".
 
"Penso particularmente naquele grande país no nordeste da Ásia que tem grande necessidade de gás e estaria interessado no projeto", afirmou o advogado, citado pela "ABC".
 
Donald Rothwell, um especialista em direito internacional da Universidade Nacional Australiana, alertou, na Rádio Austrália, que a saída de Timor-Leste do tratado tripartido para a exploração do gás no mar de Timor não terá só consequências comerciais.
 
Segundo o especialista, o tratado define "temporariamente" as fronteiras marítimas entre os dois países.
 
"Se Timor-Leste sair do tratado mudará completamente o traçado da fronteira marítima com a Austrália e afetaria o acesso dos dois países aos recursos minerais e à pesca", disse Donald Rothwell.
 
Para o especialista, o abandono de Timor-Leste do acordo poderá também pôr em causa a relação de confiança existente entre os dois países.
 

4 comentários:

Anónimo disse...

Caro Ministro Alfredo Pires,

É bom explicar de que o filme Australiano do Gasoduto já se passou na Papua Nova Guiné, os Papuas bateram o pé e agora o gasoduto vai para a Papua.
Os Aussies vão vergar no ultimo momento, se não vergarem, os Chineses estão mais do que interessados em construir o gasoduto para Timor.

Beijinhos da Querida Lucrécia

Anónimo disse...

Concordo contigo Querida.

Anónimo disse...

O PROBLEMA NÃO ESTÁ NO GASODUTO SE EM TERRA OU NO MAR O PROBLEMA ESTÁ EM SABER COMO TIMOR LESTE IRA DESENVOLVER A SUA ECONOMIA SEM O MESMO.

Anónimo disse...

“…O PROBLEMA ESTÁ EM SABER COMO TIMOR LESTE IRA DESENVOLVER A SUA ECONOMIA SEM O MESMO.”
Oh caro amigo, você falar de ma outra coisa que não nada haver com gasoduto. Timor tem outrs formas de desenvolver a sua economia, atravez do desenvolvimento da agricultura e pescas, para não falarmos de outros meios a disposição dos governos (de hoje e do future).
Trazer o gasoduto para Timor-Leste é uma prioridade pois a reserve é dos timorenses e por isso um interesse nacional. Todos devem unir para que este objetivo seja atingido. Tendo o gasoduto no solo pátrio, abrirá oportunidades para os nacionais usufruir não só atravez dos lucros mas também na criaçãp de empregos.

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