sábado, 1 de dezembro de 2012

Guiné-Bissau: ECONOMIA EM CONTRACICLO, SERIFO “MEXE” NAS CHEFIAS MILITARES

 


Economia da Guiné-Bissau em contraciclo com a da África subsaariana -- FMI
 
30 de Novembro de 2012, 17:50
 
Bissau, 30 nov (Lusa) - A diretora do departamento África do Fundo Monetário Internacional (FMI), Antoiniette Sayeh advertiu que enquanto a economia de países subsaarianos avança a economia da Guiné-Bissau regrediu no último ano, afetada sobretudo pelo clima político do país.
 
Num artigo de opinião, a que a agência Lusa teve hoje acesso, Antoiniette Sayeh afirma que após "um forte crescimento económico" em 2011, com o Produto Interno Bruto (PIB) a avançar 5,3 por cento, a economia da Guiné-Bissau sofreu uma quebra, devido à queda na venda da castanha de caju e à situação política do país desde o golpe de Estado de 12 de abril.
 
Para a diretora do departamento África do FMI, a situação política tem afetado negativamente o desempenho fiscal do país, apesar de com a normalização das exportações da castanha de caju a economia guineense poder recuperar o seu crescimento.
 
Em relação ao resto da África subsaariana, Antoiniette Sayeh afirma que apesar da retração da economia mundial, o desempenho "é vigoroso", com alguns países a terem boas expetativas de crescimento, por vezes superior a cinco por cento em 2012 e 2013.
 
Para Antoiniette Sayeh o crescimento da economia da África ao sul do Saara é fruto de uma década de aplicação de políticas prudentes, bem como do alívio generalizado da dívida, fatores que, disse, possibilitaram a muitos países a adoção de respostas contracíclicas à crise mundial.
 
A maioria dos países subsarianos conseguiu elevar os gastos com infraestruturas, serviços de saúde e de educação, notou a responsável do FMI.
 
"As novas descobertas de recursos naturais, combinadas com os ainda elevados preços dos produtos de base, geram novas oportunidades de crescimento. A chave é saber tirar proveito destas oportunidades", acrescentou a responsável do FMI.
 
No caso concreto da região da África Ocidental, onde se inserem a Guiné-Bissau e Cabo Verde, a chefe do departamento África do FMI avisa que há fatores de risco que podem dificultar ainda mais o desempenho económico desses países.
 
"O recente agravamento das tensões em matéria de segurança na África Ocidental também contribui para os riscos económicos. Os riscos em matéria de segurança são críticos, pois não apenas desestabilizam a atividade económica da região em si como também alastram para os países vizinhos", avisa Antoiniette Sayeh.
 
A seca é também outro dos fatores que poderão contribuir para a desaceleração da atividade económica em vários países da África subsariana uma vez que acaba por mexer com os preços dos produtos alimentares, conclui a responsável do FMI.
 
MB //JMR.
 
Presidente de transição da Guiné-Bissau faz nomeações nas Forças Armadas
 
30 de Novembro de 2012, 18:37
 
Bissau, 30 nov (Lusa) - O Presidente de transição da Guiné-Bissau, Serifo Nhamadjo procedeu hoje a novas nomeações de chefias militares, confirmando Sanhá Clussé como Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), cargo que já ocupava interinamente há cerca de um ano.
 
Em decretos presidenciais divulgados pela Rádio Nacional, a emissora oficial guineense, Serifo Nhamadjo, nomeou também o capitão-de-fragata Carlos Mandungal, para vice-CEMA e o coronel Biaguê Nantan, para vice-Chefe do Estado-Maior do Exército.
 
Sanhá Clussé era CEMA interino desde há um ano, quando substituiu o contra-almirante Bubo Na Tchuto, acusado de liderar uma alegada tentativa de golpe de Estado em dezembro de 2011; Carlos Mandungal era o número dois de Clussé desde essa altura, também a título interino, enquanto Biaguê Nantan esteve até recentemente como comandante operacional da Guarda Fiscal.
 
Nos três decretos o Presidente de transição explica que as mexidas nas Forças Armadas da Guiné-Bissau decorrem da "necessidade de se proceder a reestruturação" da estrutura militar no âmbito da modernização.
 
A proposta das nomeações partiu do governo de transição, mas antes de ser assumida por Serifo Nhamadjo, enquanto comandante-em-chefe das Forças Armadas, o assunto mereceu a aprovação do conselho dos chefes do Estado-Maior de cada ramo e ainda do Conselho Superior da Defesa.
 
MB //JMR.
 

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