quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Cabo Verde: Direção do PAICV dá “puxão de orelhas” a JM Neves e Cristina Duarte




Em causa o IUR de 2008

Liberal (cv)

As mentiras dos dois governantes mereceram um “ultimato” da Comissão Política e do Secretariado que, reunidos ontem, consideraram ser o incumprimento de promessas uma das componentes da crise…

Praia, 9 janeiro 2013 – Dentro do próprio PAICV a incomodidade pelas mentiras de José Maria Neves e Cristina Duarte começa a fazer mossa, de tal forma que a Comissão Política (presidida pelo próprio JMN) e o Secretariado decidiram “puxar as orelhas” aos governantes. Em causa estão os consecutivos adiamentos na devolução do Imposto Único Sobre o Rendimento (IUR) referente a 2008. É evidente que todos sabem que o problema maior é o próprio líder, mas aparecem assim para tentar passar a ideia de que não é tudo farinha do mesmo saco.

A porta-voz da reunião conjunta destas duas estruturas dirigentes, Filomena Martins, considerou que, segundo refere A Nação, “promessas não cumpridas tendem a agudizar o sentimento de insatisfação no seio da sociedade cabo-verdiana”, numa alusão às diferentes datas já avançadas para o pagamento e que têm colocado a ridículo e como mentirosos José Maria Neves e Cristina Duarte.

Ainda segundo o jornal ligado ao PAICV (mas de uma fação desafeta a JMN), Filomena Martins terá mesmo “adiantado um dado novo, alegando que a crise também tem a ver com os incumprimentos”. No entanto, Filó tentou espantar o mal para outras bandas, sustentando que “neste momento, é preciso que todos se consciencializem que a conjuntura internacional não é boa e, consequentemente, há reflexos no país”, caindo numa contradição assinalada por um jornalista, mas alegando que “são vários elementos que vão desembocar na solução de um mesmo problema ou na contextualização de um mesmo problema” (?!), que é como quem diz: o importante é dizer alguma coisa para que não se diga coisa alguma.

Para se salvar do dilúvio, o PAICV agora também faz de conta que é oposição, abraçando e mordendo as canelas do chefe alternadamente.

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