terça-feira, 8 de janeiro de 2013

CPLP: RAMOS HORTA E A GUINÉ-BISSAU, "DESAFIO COLOSSAL"




Ramos-Horta está "bem colocado para fazer recomendações" sobre Guiné-Bissau - CPLP

09 de Janeiro de 2013, 05:35

Lisboa, 08 jan (Lusa) -- O ex-Presidente timorense José Ramos-Horta está "bem colocado para avaliar e fazer recomendações" às Nações Unidas "sobre o que se deve fazer" na Guiné-Bissau, considerou hoje o secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Em declarações aos jornalistas, à margem da terceira edição da Conferência da Lusofonia, organizada pelo Círculo de Reflexão Lusófona, que decorreu hoje na Assembleia da República, em Lisboa, Murade Murargy qualificou a nomeação de Ramos-Horta como representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau como "uma grande mais-valia".

Ramos-Horta "é uma pessoa que conhece", não só a Guiné-Bissau, como as Nações Unidas, onde já trabalhou, frisou, acrescentando que o ex-Presidente timorense será "mais um contributo" para encontrar uma solução de "estabilidade" na Guiné-Bissau.

Prémio Nobel da Paz, José Ramos-Horta foi nomeado para o cargo internacional no início deste ano e deverá chegar à Guiné-Bissau a 09 de fevereiro, em substituição do diplomata ruandês Joseph Mutaboba.

Em declarações aos jornalistas em Lisboa, na sexta-feira, Ramos-Horta garantiu estar pronto para uma "missão difícil", mas seguro de que os militares no poder na Guiné-Bissau desde o golpe de Estado de 12 de abril, depositam em si "alguma confiança".

SBR //JMR.

Dispersão regional na CPLP é "desafio colossal" e "fonte de oportunidades" -- secretário-executivo

09 de Janeiro de 2013, 01:33

Lisboa, 08 jan (Lusa) -- O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) reconheceu hoje que a dispersão regional dos Estados-membros é "um desafio colossal", mas também "uma fonte de oportunidades".

Durante a intervenção na terceira edição da Conferência da Lusofonia, organizada pelo Círculo de Reflexão Lusófona, que decorre hoje na Assembleia da República, em Lisboa, Murade Murargy abordou o tema da "realidade multipolar" da CPLP.

O secretário executivo sublinhou que a pertença dos Estados-membros da CPLP a várias organizações regionais não é "obstáculo intransponível à integração económica" no espaço lusófono.

Murargy defendeu ainda a expansão do acesso aos mercados regionais que convivem no espaço da CPLP -- português, brasileiro, angolano, moçambicano, cabo-verdiano, guineense, são-tomense e timorense.

Impõe-se, porém, identificar "objetivos e prioridades", frisou, dando como exemplo a decisão dos membros da CPLP em "focalizar a cooperação económica em 'clusters' de desenvolvimento".

Entre os oito membros da comunidade, "Portugal e Brasil poderão dar importantes contributos" aos restantes seis "nos domínios da capacitação", acrescentou.

SBR // VM.

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