Ramos-Horta está
"bem colocado para fazer recomendações" sobre Guiné-Bissau - CPLP
09 de Janeiro de
2013, 05:35
Lisboa, 08 jan
(Lusa) -- O ex-Presidente timorense José Ramos-Horta está "bem colocado
para avaliar e fazer recomendações" às Nações Unidas "sobre o que se
deve fazer" na Guiné-Bissau, considerou hoje o secretário executivo da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Em declarações aos
jornalistas, à margem da terceira edição da Conferência da Lusofonia,
organizada pelo Círculo de Reflexão Lusófona, que decorreu hoje na Assembleia
da República, em Lisboa, Murade Murargy qualificou a nomeação de Ramos-Horta
como representante especial do secretário-geral das Nações Unidas para a
Guiné-Bissau como "uma grande mais-valia".
Ramos-Horta "é
uma pessoa que conhece", não só a Guiné-Bissau, como as Nações Unidas,
onde já trabalhou, frisou, acrescentando que o ex-Presidente timorense será
"mais um contributo" para encontrar uma solução de
"estabilidade" na Guiné-Bissau.
Prémio Nobel da
Paz, José Ramos-Horta foi nomeado para o cargo internacional no início deste
ano e deverá chegar à Guiné-Bissau a 09 de fevereiro, em substituição do
diplomata ruandês Joseph Mutaboba.
Em declarações aos
jornalistas em Lisboa, na sexta-feira, Ramos-Horta garantiu estar pronto para
uma "missão difícil", mas seguro de que os militares no poder na
Guiné-Bissau desde o golpe de Estado de 12 de abril, depositam em si
"alguma confiança".
SBR //JMR.
Dispersão regional
na CPLP é "desafio colossal" e "fonte de oportunidades" --
secretário-executivo
09 de Janeiro de
2013, 01:33
Lisboa, 08 jan
(Lusa) -- O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
(CPLP) reconheceu hoje que a dispersão regional dos Estados-membros é "um
desafio colossal", mas também "uma fonte de oportunidades".
Durante a
intervenção na terceira edição da Conferência da Lusofonia, organizada pelo
Círculo de Reflexão Lusófona, que decorre hoje na Assembleia da República, em
Lisboa, Murade Murargy abordou o tema da "realidade multipolar" da
CPLP.
O secretário
executivo sublinhou que a pertença dos Estados-membros da CPLP a várias
organizações regionais não é "obstáculo intransponível à integração
económica" no espaço lusófono.
Murargy defendeu
ainda a expansão do acesso aos mercados regionais que convivem no espaço da
CPLP -- português, brasileiro, angolano, moçambicano, cabo-verdiano, guineense,
são-tomense e timorense.
Impõe-se, porém,
identificar "objetivos e prioridades", frisou, dando como exemplo a
decisão dos membros da CPLP em "focalizar a cooperação económica em
'clusters' de desenvolvimento".
Entre os oito
membros da comunidade, "Portugal e Brasil poderão dar importantes
contributos" aos restantes seis "nos domínios da capacitação",
acrescentou.
SBR // VM.
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