O Dia (br) – foto João
Laet
Rio - Em
apenas 25 minutos e sem nenhum tiro, as favelas da Barreira do Vasco e do
Complexo do Caju, na Zona Norte, foram ocupadas no fim da madrugada deste
domingo. Os policiais entraram às 4h50 e, às 5h15, todas as ruas estavam
ocupadas sem qualquer resistência ou troca de tiros. No total, a megaoperação
conta com 1.400 policiais militares, civis e federais. O Rio já possui 30
UPPs, que beneficiam 207
comunidades.
A Linha Vermelha
foi fechada da Ilha do Governador ao Campo de São Cristóvão às 4h e reaberta
por volta das 6h20. Um homem foi preso, na Barreira do Vasco, portando pequena
quantidade de maconha. Próximo à entrada da comunidade, bares funcionavam
normalmente na madrugada com muitos torcedores ainda comemorando a vitória do
Vasco sobre o Fluminense.
"Nem sabia de
ocupação... mas, a gente se pergunta: por que não foi feito isso antes? Então,
quer dizer que só agora contrataram policiais suficientes para enfrentar os
bandidos que acabam com o meu sossego e da minha família há pelo menos cinco
anos que moro aqui? Pensam que somos idiotas?", questionou o mecânico
Wellington Souza, 47.
Bope e Choque
ocuparam o lado do Caju usando caveirões e blindados. Helicópteros faziam voos
rasantes sobre o conjunto de favelas, para que os policiais na aeronave
pudessem observar a movimentação de traficantes no chão. Só depois os policiais
em terra entravam ocuparam vielas e outros espaço.
A partir das 5h,
pessoas a pé ou em carro,
começaram a transitar na entrada da favela, entrando ou saindo. Todos eram
parados e revistados pelos policiais, que também pediam os documentos de
identidade.
Uma das grandes
novidades tecnológicas que estão sendo usadas na ocupação de hoje é o sistema
de identificação biométrica. Através dele, policiais poderão identificar
suspeitos ou acessar o banco de dados de Identificação Civil, usando as
digitais das pessoas abordadas durante a operação.
Já as equipes do
Bope usarão tablets para ajudar na localização dos homens em campo,facilitar a
comunicação entre os agentes, além de fornecer dados em tempo real para o
comando da operação.
Do Centro de
Comando e Controle da PM, a cúpula da Segurança terá acesso às informações
sobre a operação em campo, em tempo real para tomar decisões. Coordenadores
podem visualizar a posição das equipes por GPS.
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