terça-feira, 9 de abril de 2013

Moçambique: RENAMO FAZ GUERRA PORQUE QUER O PODER SEM VENCER ELEIÇÕES




MINISTÉRIO DO INTERIOR DESMENTE ATAQUE ARMADO EM MALUANA

Maputo, 08 Abr (AIM) - O vice-ministro do interior, José Mandra, desmente notícias postas a circular sobre a ocorrência de um ataque no distrito da Manhiça, província de Maputo, alegadamente perpetrado por um grupo de homens armados da Renamo, o maior partido da oposição e antigo movimento rebelde em Moçambique. 

Num breve contacto telefónico mantido na manhã de hoje com a AIM, Mandra explicou que dois membros da Renamo, entre os quais o deputado José Samo Gudo, convocaram um pequeno comício na região de Mirona, distrito da Manhiça, com o objectivo de tentar mobilizar a população a não participar nas eleições autárquicas do corrente ano e gerais de 2014. 

No término do evento, os participantes, um grupo de cerca de 80 simpatizantes da Renamo, mataram uma cabeça de vaca para confraternização.

“Portanto, isto foi o que aconteceu na Manhiça”, disse Mandra, para de seguida frisar que excluindo os ataques reportados em Muxúngué, distrito de Chibabava, na província central de Sofala, não há registo de mais incidentes em todo o território moçambicano.

Refira-se que, nos últimos tempos, os discursos belicistas da Renamo subiram de tom, sendo uma das tónicas a inviabilização da realização de eleições no país, uma vez que este partido diz não concordar com a lei eleitoral aprovada ano passado pelo parlamento.

Paralelamente, a Renamo tem estado a movimentar centenas de seus simpatizantes para diversos pontos do país, de onde se supõe pretendem orquestrar os seus planos de inviabilização do processo eleitoral, incluindo a sua fase de preparação que deverá arrancar nos próximos dias.

Por considerar que os homens armados da Renamo espalhados em alguns pontos do país constituem uma ameaça a ordem pública, a Polícia tratou de dispersar na semana passada os homens que se encontram na sede desta formação polícia em Gondola, província central de Manica, e em Muxúnguè.

Em retaliação, homens armados da Renamo atacaram na madrugada de quinta-feira o Posto da Polícia em Muxúngué, numa acção que resultou na morte de quatro agentes da Polícia afectos a unidade da Força de Intervenção Rápida (FIR), um ex-guerrilheiro da Renamo, e mais de 10 feridos.

No sábado, um grupo de homens armados, aparentemente da Renamo, voltaram a criar pânico na região e mataram três civis num ataque a um camião de transporte de combustível e um autocarro, que circulavam pela Estrada Nacional Número Um, a principal via rodoviária que liga o país do sul ao norte.

(AIM) SG/ 

FRELIMO CONDENA ATAQUES DA RENAMO EM MUXÚNGUÈ 

Maputo, 08 Abr (AIM) – A Frelimo, partido no poder em Moçambique desde 1975, condena “veementemente” os recentes actos da Renamo, ocorridos na semana passada em Muxúnguè, província centra de Sofala, que resultaram na morte de cidadãos e destruição de bens diversos.

O ataque de homens armados da Renamo ao Posto Policial de Muxúnguè, ocorrido na madrugada de Quinta-feira, resultou na morte de quatro agentes da Polícia afectos a unidade de Força de Intervenção Rápida (FIR) e um ex-guerrilheiro da Renamo, além de cerca de uma dezena de feridos.

No Sábado, um grupo de homens armados que se acredita serem da Renamo (a Renamo desmente) atacou três viaturas ao longo da Estrada Nacional Número Um (EN1), que resultou na morte de três pessoas e dois feridos.

Num comunicado de imprensa recebido pela redacção da AIM, o secretário da Frelimo para Mobilização e Propaganda, Damião José, diz que a sua formação política condena veementemente a atitude da Renamo de “intimidar, ciclicamente, o Povo moçambicano, a morte de cidadãos inocentes e a destruição de bens públicos e privados”.

“Os acontecimentos de Muxúngue, vieram demonstrar, mais uma vez, que a Renamo é um partido anti-democrático, que não quer a paz e cumpre uma agenda dos seus patrões, alheios a agenda do Povo Moçambicano “, disse José.

O Secretário para Mobilização e Propaganda encoraja o governo a continuar a garantir a ordem, segurança e tranquilidade públicas e a neutralizar “os criminosos, para que sejam responsabilizados pelos seus actos”.

“A Frelimo apela ao maravilhoso Povo moçambicano, o nosso patrão, para que mantenha a calma, a serenidade, a vigilância e denuncie, às autoridades, os actos e pronunciamentos que atentem contra a Unidade Nacional, a Paz e Harmonia Social”, disse José.

Entretanto, o Ministro do Interior, Alberto Mondlane, disse hoje, em Maputo, que os responsáveis pelos ataques armados que culminaram com a morte de civis, em Muxúnguè serão perseguidos e responsabilizados criminalmente.

(AIM) MM/SG

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