LAS – MLL - Lusa
Responsáveis pelo
Parque Nacional do Limpopo (PNL), em Moçambique, anunciaram a extinção de
rinocerontes naquele espaço, devido à caça furtiva, que trafica cornos do
animal para os mercados chinês e vietnamita, com a conivência de funcionários
do PNL.
Segundo António
Abacar, administrador do PNL, desde janeiro que não se avistam rinocerontes,
"o que significa que aqueles que viviam no parque foram, provavelmente,
mortos".
Segundo um censo
realizado em 2011, existiam ainda alguns rinocerontes no PNL, mas a sua
extinção levou os caçadores a virarem as suas atenções para os elefantes, que
estão a ser abatidos em maior número.
"O grande
problema que nos preocupa é que alguns dos nossos funcionários estão envolvidos
na caça furtiva", lamentou Abacar, que disse que, atualmente, cerca de 30
empregados do PNL estão sob alçada disciplinar.
O PNL cobre uma
área de 1,1 milhões de hectares, no sul do país, e integra o Parque
Transfronteiriço do Grande Limpopo, que inclui os parques sul-africano Kruger e
zimbabueano Gonarezhou.
A facilidade com
que os caçadores furtivos entram no PNL, podendo, a partir daí, aceder aos
outros parques, levou as autoridades sul-africanas a ameaçarem repor a vedação
que anteriormente separava os espaços.
Entre 2008 e o
início deste mês, a polícia e o exército da África do Sul terão matado 279
moçambicanos envolvidos na caça ilegal, enquanto cerca de 300 outros
moçambicanos foram detidos entre 2008 e 2012.
Alguns dos mortos
ou detidos eram membros da Guarda Fronteira de Moçambique ou de outros órgãos
de segurança.
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