César Príncipe
John Townend ,
deputado conservador inglês, culpou os estrangeiros de cor de estarem na origem
da degenerescência da raça anglo-saxónica. O membro da Câmara dos Comuns teme
perder o pedigree. A crer no prontuário de antropologia Townend, os britânicos
estarão em retrocesso evolutivo. Não tardará – afiança – que a raça de mestiços
ganhe o torneio genético. A ser assim, paira uma ameaça de guerra biológica na
Grã-Bretanha: em breve, uma rainha mulata acomodará as partes baixas em
Buckingham e um crioulo presidirá à Câmara dos Lordes. [1] O apartheid
anglo-saxónico tem longo e atormentado historial (Grã-Bretanha, África do Sul,
Índia, USA). Quase sempre associado ao trabalho escravo, à mercadorização do
outro, à supressão de direitos civis, à supremacia das armas e das indústrias.
A cor da pele é somente um enfoque de manejo primário. Também o homem branco
(quando indefeso, pauperizado, desenraizado) tem sido e continua a ser
explorado, guetizado, brutalizado, instrumentalizado, abandonado aos
contentores de lixo, aos bastões da lei, à hotelaria da piedade e do relento.
No fundo, a doutrina Townend está no terreno. O governo britânico projecta
reduzir (2016) a imigração de fora da UE de 600 mil cabeças para 200 mil/ano e
está a criar sucessivas barreiras no acesso a serviços públicos e renovação de
contratos. Os 300 mil portugueses a trabalhar nas redondezas de John Townend
que se cuidem. A nossa mais velha aliada é consumada em desdéns, expedita em
ultimatos, pletórica em orgulhos. Por cá, o ainda presidente da República e o
ainda primeiro-ministro esmeraram-se em loas à dama de ferro , recentemente
conduzida à presença do Criador para Juízo Final. Foi precisamente a srª
Thatcher que, entre 1979-1990, activou no seu território e exportou para as
periferias este modelo de gestão e de sociedade. Os alunos de Belém e São Bento
seguem as pisadas da bruxa do neoliberalismo. Eis em que redundou, na livre
Inglaterra, o milagre thatcheriano de empobrecimento geral e enriquecimento
particular: os mais ricos aumentaram e continuam a aumentar a fortuna em
20%/ano e os impostos e os cortes assistenciais e na educação serviram e servem
de apólice da Banca. Os indicadores do modelo são elucidativos: 3 milhões e 100
mil crianças na pobreza crónica e 2 milhões e 200 mil em pobreza absoluta,
acompanhadas pelo mesmo número de adultos. Relativamente aos desempregados, a
fasquia supera os 3 milhões. No que toca aos sem-abrigo, as Universidades de
York/Herriot-Watt assinalam um agravamento de 13,2%, contabilizando os
sem-tecto em 233.160. Só em Londres, que outrora se ufanou do seu bem-estar e
bem-receber, dormem nas ruas 36 mil cidadãos dos dois sexos, de todas as idades
e etnias. [2]
De acordo com um estudo de Danny Dorling/Universidade de Sheffield, as
desigualdades sociais regrediram a 1918. [3]
Margaret & Townend no País das Maravilhas.
Jean-Marie Le Pen /líder da FN, eurodeputado e candidato à Presidência da República, já com robusto cadastro anti-semita e anti-imigração, decidiu apresentar o seu balanço da parceria Hitler-Pétain, absolvendo, sem qualquer respeito pelas vítimas e sem sombra de dignidade terrunha, os criminosos alemães e gauleses: a ocupação da França (1940-1944) não foi particularmente desumana; a Gestapo protegeu a população; as tropas hitlerianas apenas cometeram alguns atropelos inevitáveis.
[4] O
neofascista e pós-colaboracionista Le Pen tudo tem feito, com os seus
prosélitos, para branquear a intervenção do Terceiro Reich, que dividiu a
França em três zonas nazificadas ou sob afrontosa vigilância, sendo um dos
retalhos (Alsácia e Lorena) anexado à Alemanha. Entre as directivas coloniais,
toda a faixa costeira foi declarada zona de reserva militar, impedindo os
franceses de circular no seu território. Le Pen desvaloriza também as prisões,
as torturas, as violações, as humilhações, as deportações, os trabalhos
forçados, os assassinatos selectivos e colectivos, as destruições de bens
públicos e privados, os saques. O revisionista e revanchista Le Pen deixa em
branco as dezenas de milhares de caídos em combate (resistentes civis e militares
franceses, das brigadas internacionais e dos aliados). Lembraremos que a
Resistência envolveu 5 milhões de patriotas, centenas de milhares directamente
implicados na luta armada. O Partido Comunista Francês foi a grande escola de
quadros (operacional e doutrinária). Pagou a principal factura do levantamento
nacional e popular. Foi agraciado com a lápide do patriotismo e do altruísmo a
toda a prova: partido dos fuzilados. Le Pen é um rosto dos vende-pátrias, da
hediondez nazifascista. E não será coisa do outro mundo que haja logrado
assento em instituições nacionais e europeias. Numa conjuntura de desencanto, a
agressividade discursiva favorece na sua ascensão. Por outro lado, a engrenagem
capitalista, que capturou os mecanismos e os actores da democracia da
alternância, dá corda ao radicalismo sempre que necessita de mão dura e medo à
solta. O mimetismo da democracia cristã e da social-democracia e as vacilações
e acomodações da esquerda criptomoderna facilitaram e facilitam a reabilitação
dos condenados de Nuremberga e dos traidores de Vichy. A defesa das vítimas do
nazifascismo tornou-se uma das prioridades da Nova Resistência. Não só por
imperativo da reposição dos factos mas porque os riscos do extremismo, não
sendo de sobrevalorizar, não são de menosprezar. Haverá, pois, que recuperar as
sinaléticas de alarme e da contra-ofensiva. O contexto reclama um texto: Ami,
entends-tu le vol noir des corbeaux sur nos plaines? [5]
Revisitemos a Europa.
John Howard, primeiro-ministro da Austrália, assim pregou aos islâmicos: os imigrantes não-australianos devem adaptar-se. É pegar ou largar! Se Deus vos ofende, encarem outra parte do mundo como o vosso país de acolhimento, porque Deus faz parte da nossa cultura.
[6] Quer
dizer sobre este John?
Deus terá de se justificar-se perante Alá.
Theresa May, ministra do Interior inglesa, defendeu um controlo aristocrático da imigração: só deveriam residir em terras de Sua Majestade os melhores e mais inteligentes, com um rendimento anual superior a 42 mil euros. [7] Este cartaz de boas-vindas é um modelo de segregação de cérebros e estatutos. A máfia russa e a parasitagem petro-árabe e outros meritosos titulares de rendimentos, beneficiam de sólidas protecções locais. O bas fond financeiro tem portas rotativas no Reino Unido.
Wellcome!
Andrea Fabra, deputada do PP espanhol, no momento em que Rajoy anunciava, no Congresso, cortes nos subsídios de desemprego, perante os protestos da oposição, vociferou: Qué se jodan! [8] A exclamação, de pura cepa falangista, define a cultura da direita relativamente a 6 milhões de parados do seu país e a 26 milhões na Europa da coesão. Os jovens e os desempregados que se lixem.
Na Europa connosco.
Elena Zaroulia, deputada grega, do partido neonazi Aurora Dourada, considerou os imigrantes sub-humanos.
[9] Como
50% dos gregos são produto imigratório e emigratório, andará sobressaltada:
segundo pensa ou suspeita, a Grécia estará entregue aos bichos. Mais
inquietante do que as projecções psicanalíticas de Zaroulia é a influência
eleitoral e mediática deste segmento político e as coberturas de que goza em
bastidores policiais. A conivência alastra na Europa dos valores: a deputada
foi eleita para o Comité da Igualdade e Antidiscriminação do Conselho da
Europa. A UE, tão zelosa dos direitos humanos em países que escapam aos seus
interesses, neste, como noutros casos, fecha os olhos e tolera a raposa no
galinheiro. O capitalismo de ponta patrocina a vaga neonazi e neofascista,
utilizando –a para impor a agenda de saque. Os outros, os mais fracos, são os
eternos culpados. Os gangsters da finança e os gangues da política são
inimputáveis.
O guião está à vista.
Todd Akin, deputado republicano norte-americano, anti-abortista dos sete costados, sentenciou que o estupro era legítimo.
[10] A
mulher surge, na arenga Akin, como mero receptáculo, incubadora sem direito a
Livro de Reclamações. Ao macho, principalmente ao alfa e republicano, é
permitido, não apenas assediar, mas violar e festejar o acto. Preclaro e duro
terrorismo sexista. Todd não consta das listas do FBI. Mas mais de 1 milhão de
habitantes do planeta (entre eles, milhares de norte-americanos) estão fichados
e taxados como terroristas ou suspeitos de terrorismo. [11] Entre
os mais procurados esteve Nelson Mandela, que apenas foi retirado da lista
negra, em 2008, muito depois de haver sido presidente da República da África do
Sul (1994-1999) e prémio Nobel da Paz (1993).
Carlos Peixoto, deputado
do PSD, partido que mantém a matrícula social-democrata, deu largas ao talento
estigmatizador, avisando as hostes e a OMS: A nossa pátria foi contaminada com
a já conhecida peste grisalha. [13] O
parlamentar, patentemente vocacionado para nobres causas, foi nomeado
vice-coordenador do PSD na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos,
Liberdades e Garantias. Não sendo grisalho (que a Providência o poupe a tal
condição), também não teve de se sujeitar à solução final, proposta pelo seu
governo: emigrar. Além de digno e lídimo representante da Nação, mereceu
alçar-se a consultor da Caiado
Guerreiro & Associados – Sociedade de Advogados RL . O aguerrido
Peixoto inclui entre os arguidos de provocar a peste milhares de grisalhos que
lhe confiaram o voto, a que somaremos três milhões de pensionistas, dois
milhões de portugueses e mais de 700 milhões de terráqueos com mais de 60 anos.
O Peixoto da Guarda deveria ser obrigado a tirar um curso ou as respectivas
equivalências sobre o drama dos pais e avós de Portugal: ¼ dos suicidas são grisalhos;
400 mil grisalhos vivem sozinhos; a maioria vive afogada em doenças, privações
e dívidas. Mas esta casta (repetidamente condenada pela História) insiste. Não
conhece qualquer princípio de civilização.
Ei-los. Cantando e rindo.
Eli Yishai, ministro do Interior israelita, ditou a solução final para o problema da imigração: mais prisões e campos de detenção para imigrantes e preparar mais bases militares onde possam ficar presos. Para Yishai, o ministro, o Sul de Telavive é a lata de lixo do país.
[14] Na
mesma linha, se pronunciaram o deputado Danny Danon, que qualificou os
imigrantes como praga e o deputado Miri Regev que os considerou um cancro. Israel
conta com 1 milhão e 200 mil imigrantes, na maioria árabes. A aplicar-se este
conceito de inimigo interno, Israel assumir-se-á oficialmente como estado
carcerário e racista, além de expansionista e ocupacionista. O sionismo entrou
num ciclo de paranóia securitária e belicosidade sem fronteiras.
Com protecção dos USA.
Dirk Niebel, ministro do Desenvolvimento da Alemanha, face ao problema da comercialização de carne de cavalo sem controlo sanitário nem especificação de origem, encontrou uma solução final: os pobres que a comam.
[15] Os
esqueletos dos campos de concentração nazis nem a cavalo lazarento tinham
direito. O discurso ariano passou a admitir alguns pratos.
Evolução na continuidade?
Marco Feliciano, pastor evangélico, eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal de São Paulo, com processos na Justiça brasileira por extorsão e desvio de dinheiros públicos, diabolizou mulheres e homossexuais, Caetano Veloso e John Lennon. Este último –- garante o pastor – foi abatido, no momento aprazado, por instrução celeste.
[16] O FBI limitou-se a confirmar o óbito.
Angel Pelluz, advogado de um neonazi, agressor de um sem-abrigo (Madrid/2009), hospitalizado 541 dias, vindo a ficar 60% incapacitado, equiparou os pés-descalços a mierda, a remover da Gran Vía. O jurista transformou-se em eugenista e teórico de limpeza urbana. Os tribunais escutam. As leis permitem a ignomínia, toleram a lesa-humanidade. Tomemos nota: Os sem-abrigo não são seres humanos. [17]
Angel Pelluz, advogado de um neonazi, agressor de um sem-abrigo (Madrid/2009), hospitalizado 541 dias, vindo a ficar 60% incapacitado, equiparou os pés-descalços a mierda, a remover da Gran Vía. O jurista transformou-se em eugenista e teórico de limpeza urbana. Os tribunais escutam. As leis permitem a ignomínia, toleram a lesa-humanidade. Tomemos nota: Os sem-abrigo não são seres humanos. [17]
Dura lex?
Georgios Katidis, futebolista grego, fez a saudação nazi para celebrar um golo do AEK. [18] Desta feita, não houve encolher de ombros: foi irradiado da selecção. Exemplo raro num clima de passividade e permissividade. Gesto insano de um atleta, cujo país foi ocupado (1941-1945) por potências do Eixo (Alemanha, Itália, Bulgária), que dividiram o solo dos deues entre elas, cabendo à Bulgária anexar a Trácia e grande parte da Macedónia. Sob domínio desta troika, 300 mil gregos morreram à fome. As forças ocupantes e colaboracionistas seviciaram e liquidaram dezenas de milhares de resistentes (na maioria, mais uma vez, comunistas), ofenderam todas as regras de tratamento de prisioneiros. A Alemanha pilhou património cultural. Insaciável, impôs ao Governo fantoche o pagamento da ocupação através de um empréstimo externo. A reparação germânica está por fazer.
Georgios Katidis, futebolista grego, fez a saudação nazi para celebrar um golo do AEK. [18] Desta feita, não houve encolher de ombros: foi irradiado da selecção. Exemplo raro num clima de passividade e permissividade. Gesto insano de um atleta, cujo país foi ocupado (1941-1945) por potências do Eixo (Alemanha, Itália, Bulgária), que dividiram o solo dos deues entre elas, cabendo à Bulgária anexar a Trácia e grande parte da Macedónia. Sob domínio desta troika, 300 mil gregos morreram à fome. As forças ocupantes e colaboracionistas seviciaram e liquidaram dezenas de milhares de resistentes (na maioria, mais uma vez, comunistas), ofenderam todas as regras de tratamento de prisioneiros. A Alemanha pilhou património cultural. Insaciável, impôs ao Governo fantoche o pagamento da ocupação através de um empréstimo externo. A reparação germânica está por fazer.
Saudações? Agradecimentos à nova troika?
Beatriz Jurado, presidente de Nuevas Generaciones do PP, equiparou a bestas as centenas de milhares de jovens que se têm manifestado em Espanha contra as consequências da austeridade e as reformas anti-sociais: El PSOE e IU solo quieren a jóvenes borregos que sepan gritar.
[19] Jurado terá lido a Constituição? O seu governo terá jurado respeitá-la?
Este plantel, cronologicamente ordenado, denuncia figuras, figurinhas e figurões com diversos graus de representação e projecção. A amostragem é mínima mas ilustradora de um roteiro. Não admira que o sistema estimule tais movimentos e concepções. É um programa de estigmatização, intimidação e manipulação de que o capitalismo se serve para despistar as causas da crise e as consequências da austeridade. Como é das maquinações, as bolsas de fúria visam o elo mais dependente e descartável: emigrantes, trabalhadores, mulheres, faixas etárias fragilizadas, segmentos da velha e da nova pobreza, etnias desinseridas, minorias religiosas e afectivas. A onda ruidosa e rancorosa também se dirige contra as forças da esquerda real, defensoras das grandes e pequenas causas sociais e denunciadoras do capitalismo de assalto. Porém, o processo extremista em curso não se limita à verborreia neo-ariana e neofascista e a exercícios musculados de rua. Logrou implantar-se em parlamentos, governos, instâncias transnacionais, no espaço público e na Imprensa. Em cada país a seu modo. [20] Em Portugal, o poder económico-financeiro assume aberta e grosseiramente a cartilha anti-social e anticonstitucional, apoiado na aritmética parlamentar de turno, pelos governos de mão e nas brigadas de papagaios mediáticos. É neste caldo de cumplicidades e neste clima de complacência que os actores antidemocráticos elevam os registos e os objectivos. Em 2007, chegou a subir ao Conselho da Europa uma resolução que visava o banimento dos partidos comunistas e da sua ideologia. A purga não encontrou apoio suficiente. No entanto, não deixou de constituir um impulso de exclusão e criminalização, que conseguiu agendamento e ressonância. Que modelo de Europa é este que dá guarida a propagandistas do extremismo e negadores do extermínio, cuja matriz está conotada com as maiores tragédias? Que credibilidade institucional e intelectual merece quem pretende silenciar os partidos e as vozes que mais se bateram pela libertação da Europa e mais se batem contra a barbárie capitalista?
Este plantel, cronologicamente ordenado, denuncia figuras, figurinhas e figurões com diversos graus de representação e projecção. A amostragem é mínima mas ilustradora de um roteiro. Não admira que o sistema estimule tais movimentos e concepções. É um programa de estigmatização, intimidação e manipulação de que o capitalismo se serve para despistar as causas da crise e as consequências da austeridade. Como é das maquinações, as bolsas de fúria visam o elo mais dependente e descartável: emigrantes, trabalhadores, mulheres, faixas etárias fragilizadas, segmentos da velha e da nova pobreza, etnias desinseridas, minorias religiosas e afectivas. A onda ruidosa e rancorosa também se dirige contra as forças da esquerda real, defensoras das grandes e pequenas causas sociais e denunciadoras do capitalismo de assalto. Porém, o processo extremista em curso não se limita à verborreia neo-ariana e neofascista e a exercícios musculados de rua. Logrou implantar-se em parlamentos, governos, instâncias transnacionais, no espaço público e na Imprensa. Em cada país a seu modo. [20] Em Portugal, o poder económico-financeiro assume aberta e grosseiramente a cartilha anti-social e anticonstitucional, apoiado na aritmética parlamentar de turno, pelos governos de mão e nas brigadas de papagaios mediáticos. É neste caldo de cumplicidades e neste clima de complacência que os actores antidemocráticos elevam os registos e os objectivos. Em 2007, chegou a subir ao Conselho da Europa uma resolução que visava o banimento dos partidos comunistas e da sua ideologia. A purga não encontrou apoio suficiente. No entanto, não deixou de constituir um impulso de exclusão e criminalização, que conseguiu agendamento e ressonância. Que modelo de Europa é este que dá guarida a propagandistas do extremismo e negadores do extermínio, cuja matriz está conotada com as maiores tragédias? Que credibilidade institucional e intelectual merece quem pretende silenciar os partidos e as vozes que mais se bateram pela libertação da Europa e mais se batem contra a barbárie capitalista?
Notas
(1) Reuters, 30/04/2001.
(2) RTL, 07/01/2005.
(3) www. horadopovo.com.br, 02/09/2011.
(4) A Verdade, com base em dados da BBC, 18/01/2012.
(5) Amigo, ouves o voo dos corvos sobre as nossas planícies? Primeiro verso de Le Chant des Partisans, Hino da Resistência Francesa, letra de Maurice Druon (1918-2009), música de Anna Marly (1917-2006). A interpretação mais conhecida é de Yves Montand (1921-1991).
(6) Agências, 10/02/2010.
(7) Veja, 01/03/2012.
(8) El Mundo/El País, 13/07/2012.
(9) TVI 24, 19/10/2012.
(10) BBC, 20/08/2012.
(11) g1.globo.com-fonte American Civil Liberties Union, 14/07/2008.
(12) The Telegraph, 14/07/2008.
(13) Jornal i on-line, 10/01/2013.
(14) Maariv, 31/01/2013.
(15) Correio da Manhã, 23/02/2013.
(16) Imprensa brasileira, 08/20/31/03 e 08/04/2013.
(17) El Mundo, 13/03/2013.
(18) AP, 05/04/2013.
(19) El Mundo, 11/05/2013.
(20) Na Hungria, ao mesmo tempo que se reabilitam personagens do nazifascismo, proibiu-se o uso da estrela, da foice e do martelo. Também foram considerados ilegais termos como comunista, socialista, libertação. Os heróis da Resistência foram riscados da toponímia. O Partido Comunista dos Trabalhadores da Hungria foi obrigado a mudar de nome. Passou a Partido Operário Húngaro (2013). A perseguição acentuou-se a partir da altura em que o PCTU se opôs à privatização dos hospitais (2005). Tem vindo em crescendo. O capitalismo não quer objecções. Lança campanhas infamantes contra o PCTH, impedindo-o de se defender na praça mediática. Tudo ocorre com a Hungria integrada na OTAN (1999) e na UE (2004).
(21) No pasarán!: apelo à resistência de La Pasionaria (1895-1989), aos microfones da Rádio Republicana de Madrid (1937). Palavras de ordem semelhantes foram e são proferidas em diversos países, momentos e acontecimentos. A exortação original é atribuída a um chefe militar francês (1918). Ficou iconizada no cartaz da mesma data, On Ne Passe Pas!, de Maurice Neumont (1868-1930).
(2) RTL, 07/01/2005.
(3) www. horadopovo.com.br, 02/09/2011.
(4) A Verdade, com base em dados da BBC, 18/01/2012.
(5) Amigo, ouves o voo dos corvos sobre as nossas planícies? Primeiro verso de Le Chant des Partisans, Hino da Resistência Francesa, letra de Maurice Druon (1918-2009), música de Anna Marly (1917-2006). A interpretação mais conhecida é de Yves Montand (1921-1991).
(6) Agências, 10/02/2010.
(7) Veja, 01/03/2012.
(8) El Mundo/El País, 13/07/2012.
(9) TVI 24, 19/10/2012.
(10) BBC, 20/08/2012.
(11) g1.globo.com-fonte American Civil Liberties Union, 14/07/2008.
(12) The Telegraph, 14/07/2008.
(13) Jornal i on-line, 10/01/2013.
(14) Maariv, 31/01/2013.
(15) Correio da Manhã, 23/02/2013.
(16) Imprensa brasileira, 08/20/31/03 e 08/04/2013.
(17) El Mundo, 13/03/2013.
(18) AP, 05/04/2013.
(19) El Mundo, 11/05/2013.
(20) Na Hungria, ao mesmo tempo que se reabilitam personagens do nazifascismo, proibiu-se o uso da estrela, da foice e do martelo. Também foram considerados ilegais termos como comunista, socialista, libertação. Os heróis da Resistência foram riscados da toponímia. O Partido Comunista dos Trabalhadores da Hungria foi obrigado a mudar de nome. Passou a Partido Operário Húngaro (2013). A perseguição acentuou-se a partir da altura em que o PCTU se opôs à privatização dos hospitais (2005). Tem vindo em crescendo. O capitalismo não quer objecções. Lança campanhas infamantes contra o PCTH, impedindo-o de se defender na praça mediática. Tudo ocorre com a Hungria integrada na OTAN (1999) e na UE (2004).
(21) No pasarán!: apelo à resistência de La Pasionaria (1895-1989), aos microfones da Rádio Republicana de Madrid (1937). Palavras de ordem semelhantes foram e são proferidas em diversos países, momentos e acontecimentos. A exortação original é atribuída a um chefe militar francês (1918). Ficou iconizada no cartaz da mesma data, On Ne Passe Pas!, de Maurice Neumont (1868-1930).
O original encontra-se em O Militante , n.º 326, Setembro/Outubro 2013, Ano 71,
Série IV.
Este artigo encontra-se em http://resistir.info/
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