Indonésia deu dois
dias à Austrália para explicar a espionagem ao seu Presidente
19 de Novembro de
2013, 12:44
Sydney, Austrália,
19 nov (Lusa) - A Indonésia deu um prazo de dois dias à Austrália para
apresentar explicações sobre a alegada espionagem por parte dos seus serviços
secretos às comunicações telefónicas do Presidente indonésio, informou hoje a
imprensa local.
O Presidente
indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, pediu às suas agências de segurança que
investiguem o caso, que o levou a chamar o embaixador australiano e a anunciar
a revisão da posição do chefe da missão australiana e do seu pessoal
diplomático na Indonésia.
O ministro dos
Assuntos de Segurança, Políticos e Legais indonésio, Djoko Suyanto, pediu na
segunda-feira explicações à Austrália e espera que o país as apresente num
prazo de dois dias, segundo a ABC.
"O problema é
que eu não recebi nenhuma explicação por parte do Governo australiano sobre
esta notícia", disse Suyanto, ao salientar que o Governo indonésio vai
rever toda a cooperação com Camberra.
O Presidente
indonésio lamentou a tentativa de minimizar o caso por parte do
primeiro-ministro australiano, que disse que "todos os governos recolhem
informação e sabem que outros governos o fazem".
"Os atos da
América e da Austrália danificaram severamente as relações estratégicas com um
dos seus parceiros democráticos, a Indonésia", escreveu Yudhoyono na sua
conta do Twitter.
O primeiro-ministro
australiano, Tony Abbott, não se pronunciou ainda sobre a alegada espionagem,
mas reconheceu que as relações Jacarta-Camberra não vivem os melhores dias.
O canal australiano
ABC e a edição local do jornal britânico The Guardian revelaram na
segunda-feira que os serviços de informações australianos terão espiado o
telemóvel do Presidente indonésio durante duas semanas em agosto de 2009.
Pelo menos uma
conversa telefónica de Susilo Bambang Yudhoyono foi intercetada, de acordo com
a ABC e o The Guardian, que citam documentos do antigo consultor da Agência de
Segurança Nacional norte-americana Edward Snowden.
O telefone da
primeira-dama indonésia também terá sido espiado, bem como o do vice-presidente
Boediono e de outros membros do Governo.
O caso surgiu
quando os serviços secretos australianos estavam a trabalhar com os parceiros
indonésios na perseguição do malaio Noordin Mohamed Top, um dos terroristas
mais procurados do sudeste asiático, segundo o diário The Australian.
O ministro dos
Negócios Estrangeiros indonésio, Marty Natalegawa, considerou na segunda-feira
a alegada espionagem como um "ato hostil e inadequado entre dois parceiros
estratégicos", que poderá ter "repercussões muito graves" sobre
as relações bilaterais se tal e confirmar.
No início do mês, a
imprensa revelou, com base em documentos de Snowden, que os Estados Unidos
terão usado a embaixada australiana em Jacarta para espionagem eletrónica.
PNE // JCS - Lusa
PM australiano
"lamenta qualquer embaraço" causado à Indonésia
19 de Novembro de
2013, 13:08
Sydney, Austrália,
19 nov (Lusa) - O primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, afirmou hoje
lamentar qualquer embaraço causado ao Presidente indonésio, Susilo Bambang
Yudhoyono, na sequência da alegada espionagem revelada pela imprensa na
segunda-feira.
"Vejo o
Presidente Yudhoyono como um bom amigo da Austrália, mesmo como um dos melhores
amigos que temos no mundo e é por isso que sinceramente lamento qualquer
embaraço que as informações recentemente divulgadas pelos 'media' lhe tenham
causado", disse Abbott ao parlamento.
O primeiro-ministro
australiano sublinhou o "profundo respeito da Austrália pela Indonésia,
pelo seu Governo e pelo seu povo", mas deixou claro que não irá pedir
desculpa por o seu país trabalhar para proteger a nação.
"Não se deve
esperar um pedido de desculpa da Austrália pelos passos que dá para proteger o
país, tal como não se deve esperar isso de outros países que tenham dado passos
semelhantes", defendeu.
No caso da
Austrália, acrescentou, são "usados todos os recursos - incluindo
informação - para ajudar os amigos e aliados".
Estes comentários
surgem depois do Presidente indonésio ter anunciado a revisão da cooperação com
a Austrália e chamado o embaixador australiano, depois de a imprensa ter
revelado que agências australianas espiaram as suas chamadas telefónicas, bem
como as da sua mulher e de ministros.
PNE // JCS - Lusa
Indonésia vai
reavaliar cooperação com a Austrália após revelações de espionagem
19 de Novembro de
2013, 11:50
Jacarta, Indonésia,
19 nov (Lusa) - O Presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, anunciou hoje
que a cooperação com a Austrália será revista, depois de a imprensa ter
revelado que Camberra terá espiado o chefe de Estado indonésio.
Jacarta vai
"rever a cooperação bilateral depois do ato ofensivo da Austrália",
escreveu Yudhoyono na sua conta do Twitter.
Jacarta chamou na
segunda-feira o embaixador na Indonésia depois de o canal australiano ABC e de
a edição local do jornal britânico The Guardian terem revelado que os serviços
de informações australianos terão espiado o telemóvel do Presidente indonésio
durante duas semanas em agosto de 2009.
Pelo menos uma
conversa telefónica de Susilo Bambang Yudhoyono foi intercetada, de acordo com
a ABC e o The Guardian, que citam documentos do antigo consultor da Agência de
Segurança Nacional norte-americana Edward Snowden.
O telefone da
primeira-dama indonésia também terá sido espiado, bem como os do
vice-presidente Boediono e de otros membros do Governo.
O ministro dos
Negócios Estrangeiros indonésio, Marty Natalegawa, considerou na segunda-feira
a alegada espionagem como um "ato hostil e inadequado entre dois parceiros
estratégicos", alertando para "repercussões muito graves" sobre
as relações bilaterais se tal se confirmar.
O chefe da
diplomacia da Indonésia já tinha anunciado anteriormente a revisão do programa
de troca de informações com a Austrália no âmbito do combate ao terrorismo.
O primeiro-ministro
australiano, Tony Abbott não apresentou desculpas, limitando-se hoje a apelar
para a manutenção das relações com a Indonésia.
"Eu não vou
simplesmente fazer nem dizer nada que possa colocar em risco a nossa profunda
amizade e cooperação com a Indonésia, não vou simplesmente discutir estes
assuntos relacionados com espionagem", declarou Abbott à imprensa.
No início do mês, a
imprensa revelou, com base em documentos de Snowden, que os Estados Unidos
terão usado a embaixada australiana em Jacarta para espionagem eletrónica.
PNE // JCS - Lusa
*Título PG –
Fundamentado na teoria já explanada no PG de que a corporação anglófona EUA,
Reino Unido, Austrália e Canadá – pelo menos estes países mais importantes –
estão articulados nesta ação global e que todas estas operações de espionagem são
de grande vulto e de objetivos muito suspeitos e bastante perigosos.
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