Margarida Bon de
Sousa
Quadros superiores
da administração pública também pertencem aos grupos onde o desemprego mais
subiu, com um acréscimo de 28,4%
O grupo de
desempregados com o ensino superior foi o que registou a maior subida entre
Outubro deste ano e o mesmo mês de 2012. Os últimos dados do Instituto de
Emprego e Formação Profissional referem que houve um acréscimo de 9,1% nesta
faixa de pessoas sem trabalho, enquanto, em contrapartida, se registou uma
tendência decrescente em termos homólogos entre os que completaram o 1º, 2º e
3º ciclos do ensino básico, com -1,4%, -3,6% e -5,6%, respectivamente.
Ainda no final de
Outubro, os centros de emprego do Continente e Regiões Autónomas contabilizaram
694 904 desempregados inscritos (menos 0,3% do que em Setembro), representando
76,7% de um total de 905 954 pedidos de emprego, e menos 96 desempregados do
que os inscritos há um ano.
A nível regional, e
comparativamente ao mês de Outubro de 2012, o IEFP observa uma tendência
decrescente do desemprego em todas as regiões, com excepção do Norte, onde
subiu 1,7% e nos Açores, com um crescimento de 21,6%.
Desemprego jovem
Ao
nível do género, o desemprego masculino diminuiu 0,8% no espaço de um ano
enquanto que o feminino aumentou ligeiramente (+0,7%). Houve também uma subida
anual do desemprego no segmento jovem (+2,1%), em oposição ao grupo dos adultos
onde a quebra foi de 0,3%.
Quanto ao tempo de
permanência nos ficheiros, os desempregados inscritos há menos de um ano
diminuíram 11,7%, ao contrário dos desempregados de longa duração (tempo de
inscrição igual ou superior a 12 meses), onde o acréscimo foi de 18%.
Em termos
relativos, e tendo também como referência Outubro de 2012, o desemprego
agravou-se sobretudo no grupo dos "agricultores e pescadores de
subsistência" (+30,2%), nos "quadros superiores da administração
pública" (+28,4%) e nos "profissionais de nível intermédio das
ciências da vida e da saúde" (+21,3%). Por outro lado, os "operadores
de máquinas e trabalhadores da montagem" e os "operários e
trabalhadores similares da indústria extractiva e construção civil"
apresentaram quebras mais substanciais, com -11,4% e -7,4%, respectivamente.
Serviços
No que se
refere à actividade económica de origem do desemprego, de entre os 591 212
desempregados que no final deste mês estavam inscritos como candidatos a novo
emprego nos centros de emprego do Continente, 63,6% tinham trabalhado em
actividades do sector dos "serviços", com destaque para as
"actividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio" e
"comércio por grosso e a retalho", 32,1% eram provenientes da
"indústria", com particular relevo para a "construção" e
3,3% provinham do sector "agrícola".
Centrando a análise
nas ofertas recebidas ao longo deste mês, estas totalizaram 14 947 em todo o
país, traduzindo-se num aumento anual de 61,9%. A evolução mensal, por sua vez,
correspondeu a uma quebra de 5,3%. As colocações ascenderam a 8610, ou seja
mais 56,5% do que em igual período do ano passado.
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