O número de
portugueses que vão trabalhar para o país de José Eduardo dos Santos mais do
que triplicou desde 2007 a 2012, tendo atingido já os mais de 113 mil
emigrantes, avança o Diário Económico desta quarta-feira que cita dados do
International Migration Outlook 2013, fornecidos pelo Ministério dos Negócios
Estrangeiros ao Parlamento.
Em 2007, o número
de portugueses emigrados em Angola era de 33.366, tendo subido para 113.194 no
ano passado, o equivalente a um acréscimo na ordem dos 240%, escreve o Diário
Económico.
De destacar também
que durante este mesmo período, o segundo país onde mais aumentou a emigração
lusa foi Moçambique (52,6%).
Ainda assim, estes
não são os destinos de topo dos cidadãos nacionais que escolhem ir trabalhar
para fora. Na liderança da tabela está França, que passou de 491.000 emigrantes
em 2007, para 580.240 em 2011 (dados mais recentes). Segue-se o Brasil, com 329.711
emigrantes em 2011 (quando tinha 276.703 no ano anterior).
Em terceiro lugar
está a Suíça, que tinha lá 237.945 a trabalhar em 2012, ao passo que em 2007
tinha 193.299.
Angola surge apenas
em sexto lugar, antecedido pela Alemanha em quarto lugar (119.236) e Espanha
(133.407) em quinto.
Numa análise a
estes números, o professor da Universidade de Lisboa Jorge Malheiros salientou
ao Económico que o aumento do fluxo migratório para o país de José Eduardo dos
Santos se deve ao “crescimento económico fortíssimo, muito rápido em período
muito curto e a precisar de mão-de-obra com alguma especialização técnica”.
O Diário Económico
divulga, assim, na edição de hoje dados do International Migration Outlook 2013
fornecidos pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros ao grupo parlamentar, como
resposta à pergunta do deputado Carlos Alberto Gonçalves do PSD, que
questionava o número de portugueses que tinham pedido para renunciar à
nacionalidade portuguesa.
Notícias ao Minuto
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