Camberra, 03 jan
(Lusa) - O ano passado foi o mais quente na Austrália desde que o instituto de
meteorologia local começou a medir as temperaturas anuais, em 1910, tendo sofrido
a pior vaga de calor desde então e vários incêndios de grandes proporções.
"2013 foi o
ano mais quente na Austrália desde que as temperaturas começaram a ser
registadas", disse o instituto no seu relatório anual sobre o clima,
divulgado numa altura em que várias partes do país continuam a sofrer de altas
temperaturas.
"Muitas
temperaturas em toda a Austrália têm estado bem acima da média desde setembro
de 2012. Longos períodos de temperaturas acima da média começam a ser normais,
com uma notótia ausência de tempo frio", lê-se no relatório hoje
divulgado.
O instituto
acrescenta ainda que o verão de 2012-2013 foi o mais quente alguma vez
registado, e incluiu uma onda de calor prolongada que terminou a 19 de janeiro
de 2013, o primeiro dia desde 31 de dezembro de 2012 em que as temperaturas não
chegaram aos 45 graus nalgum ponto do país.
Numa análise ao
relatório, a climatóloga Sarah Perkins, citada pela AFP, afirma que o relatório
confirma que os efeitos do aquecimento global são já bem visíveis, lembrando as
temperaturas que chegaram a registar valores bem acima dos 40 graus nos últimos
anos.
"Embora os
recordes sejam batidos aqui e ali, a quantidade de recordes batidos no último
ano é extraordinário", disse a professora da Universidade da Nova Gales do
Sul, em Sydney, salientando que "os estudos já mostraram que o risco de
haver mais verões como o de 2013 aumentou cinco vezes por causa das mudanças
climáticas induzidas pelo Homem".
MBA // PJA - Lusa
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