Arsénio Henriques e
Clemêncio Fijamo – O País (mz)
Tensão política
O signatário dos
Acordos Gerais de Roma e antigo Chefe de Estado, Joaquim Chissano, defende que
o líder da Renamo merece um tratamento especial de modo a sentir-se
confortável, o que pode levá-lo ao diálogo.
O ex- Presidente da
República, Joaquim Chissano, não escondeu a sua apreensão em relação ao actual
clima de tensão político-militar que o país atravessa. Falando ao “O País”, no
último sábado, no histórico bairro da Mafalala, onde se deslocou para
testemunhar uma homenagem a Eusébio da Silva Ferreira, através de uma partida
de futebol, o signatário dos Acordos de Roma assumiu que o líder da Renamo,
Afonso Dhlakama, merece uma atenção especial perante o cenário político actual.
“Todos nós
precisamos da paz e que ninguém aceite ser arrastado para a guerra, seja por
quem for. Esperamos que um dia a razão prevaleça e que o diálogo aconteça, pois
não queremos que ninguém perca, todos devem ganhar. Por isso, acho que devíamos
acarinhar o senhor Dhlakama, para que aceite vir ao diálogo”, frisou o
ex-estadista.
Por outro lado, o
antigo Chefe do Estado diz que se pode encontrar a solução do impasse político
sem que seja necessária a presença de observadores internacionais, mas alerta
que, ao nível actual do assunto, um diálogo ao mais alto nível traria soluções imediatas.
“Se (o diálogo)
fosse ao mais alto nível, havia de cortar as coisas pelo meio e muito
rapidamente se resolvia o problema, mas ainda restam certas dúvidas em saber o
que realmente o líder da Renamo pretende... É preciso que haja pessoa capaz de
tomar decisões pertinentes”, afirmou Chissano.
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