Fernando Vaz, líder
do partido União Patriótica Guineense (UPG), acusou ontem o representante da
Organização das Nações Unidas (ONU) na Guiné-Bissau, Ramos Horta, e
a euro-deputada portuguesa Ana Gomes de se imiscuírem nos assuntos internos da
Guiné-Bissau.
O também ministro
de Estado e porta-voz do Governo de transição falava em conferência de
imprensa, na qualidade de presidente da UPG. Vaz diz que o representante da ONU
tem mantido “encontros secretos” e dá orientações sobre os cargos de
primeiro-ministro, presidente e líder dos militares da Guiné-Bissau.
“O representante do
secretário-geral das Nações Unidas pode ter as opiniões que entender, mas
enquanto estiver a cumprir a sua missão nos termos em que foi investido, não
lhe cabe ter interferências públicas” nos assuntos da Guiné-Bissau, observou
Fernando Vaz.
Quanto à euro
deputada portuguesa, Ana Gomes, o líder da UPG afirma que apenas pretende
desestabilizar a Guiné-Bissau quando afirma que a Comunidade Económica dos
Estados da África Ocidental (CEDEAO) patrocinou o golpe de Estado de 12 de
Abril de 2012. A acusação foi feita pela eurodeputada portuguesa Ana Gomes em
declarações à Lusa, no domingo, ao defender a ideia de que se alguém colocar em
causa os resultados da votação de domingo, sofrerá as consequências.
O País (mz)
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