domingo, 25 de maio de 2014

Europeias: Até ao meio-dia, votaram apenas 12% dos portugueses




Até às 12:00 tinham votado 12,14% de eleitores em Portugal, segundo os primeiros dados relativos à afluência às urnas divulgados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Quanto aos eleitores comunitários não nacionais, à mesma hora a afluência tinha sido de 2,55%.

Nas anteriores eleições para o Parlamento Europeu, realizadas a 07 de junho de 2009, à mesma hora registava-se uma afluência de 11,8%.

Nessas eleições a abstenção foi de 63,22% (mesmo assim abaixo do valor recorde registado em 1994, 64,46%) e a taxa de abstenção dos emigrantes foi de 97,5%.

A divulgação dos resultados provisórios será conhecida a partir das 22:00, depois da hora de fecho das urnas em Itália, uma vez que a abertura do escrutínio decorre simultaneamente em todos os países de eleições da UE.

Perto de 9,7 milhões de eleitores são hoje chamados a eleger os 21 deputados portugueses no Parlamento Europeu, menos um do que há cinco anos.

No total, concorrem 16 listas, mais três do que nas europeias de 2009.

Nas eleições realizadas há cinco anos, o PSD, que agora concorre coligado com o CDS-PP, elegeu oito eurodeputados, enquanto o PS conseguiu conquistar sete lugares no Parlamento Europeu.

O BE foi a terceira força política mais votada, elegendo três eurodeputados, e o CDS-PP elegeu dois, tal como a CDU.

No total, serão eleitos 751 eurodeputados pelos 28 Estados-membros da União Europeia, que representarão cerca de 500 milhões de cidadãos da UE nos próximos cinco anos.

Lusa, em Notícias ao Minuto

Europeias: Descontentamento é sentimento comum e justifica falta às urnas

O descontentamento era o sentimento mais comum entre os que passeavam hoje em Lisboa, junto ao rio Tejo, e a razão pela qual muitos optam por não votar nas europeias, apesar de para outros o voto ser quase sagrado.

A meio da manhã, como habitualmente aos domingos, José Jorge dava toques numa bola no jardim junto à Torre de Belém.

"Durante duas horas estou aqui, é bom para descontrair do dia-a-dia, é uma terapia", afirmou à Lusa o lisboeta de 62 anos, que àquela hora ainda não tinha ido votar e não sabia se haveria de ir.

"Voto sempre, mas este ano o descontentamento é muito e acho que não vou", disse à Lusa.

Questionado sobre se não o preocupava estar a dar a outros a oportunidade de decidir por si, José Jorge concordou, mas reforçou que "o descontentamento é tanto que não merece a pena".

Também para Carlos Salvador, de 56 anos, que garante ter participado em todas as eleições, não ir votar desta vez é "uma forma de protestar".

"O risco é continuarmos a votar sem termos a nossa própria opção. Não há nada que garanta a minha própria opção a não ser o voto nulo e para isso não vou", afirmou, antes de continuar o passeio de bicicleta junto ao rio.

Ainda na mesma geração, também Fátima Lopes, de 57 anos, vai ignorar o apelo do Presidente da República, Cavaco Silva, para que os portugueses exerçam o seu direito de voto.

"Ainda não fui votar e penso que não vou. Acho que não compensa, não acredito em ninguém que lá está, não tenho ilusões, só pensam neles e não pensam nos pobres e nos trabalhadores", justificou, acrescentando que para votar em branco prefere não ir.

Já para Inês Amaral, de 23 anos, e Adolfo Lopo, de 62 anos, o voto é quase sagrado e a 'cruz' será feita no boletim de voto à tarde.

"Há muita gente descontente da forma que isto está, cada vez pior, mas eu vou sempre votar. Vou votar a seguir ao almoço", contou à Lusa o pescador que hoje ainda não tinha apanhado nada do Tejo, que normalmente lhe dá "algorazes, robalos, ou linguados, que ficam bons tanto cozidos como grelhados".

Também a escuteira Inês Amaral, que vendia porta-chaves aos turistas para angariar dinheiro para um acampamento internacional, tinha a intenção de votar, tal como faz sempre desde que completou 18 anos.

"Absterem-se não leva a lado nenhum. Que votem em branco se estão descontentes e não confiam em nenhum" partido, sugeriu.

Os portugueses elegem hoje os 21 deputados portugueses ao Parlamento Europeu, para o mandato de cinco anos, numas eleições a que concorrem 16 listas.

São perto de 9,7 milhões de euros os eleitores aptos a votar, mas há indicações de que mais uma vez a abstenção deverá ser elevada.

Nas últimas eleições, realizadas a 07 de junho de 2009, a abstenção foi de 63,22%, mesmo assim abaixo do valor recorde registado em 1994, de 64,46%.

Lusa, em Notícias ao Minuto

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