A
quatro dias do início do Mundial de futebol no Brasil, o tribunal de Trabalho
de São Paulo declarou ilegal a greve dos trabalhadores do metro, e o sindicato
vai reunir para decidir a eventual continuidade da paralisação.
"O
tribunal declarou que a greve é abusiva. Nós vamos reunir-nos esta tarde em
assembleia geral para decidir se continuamos com a greve ou não", disse à
agência de notícias francesa AFP um porta-voz do sindicato dos trabalhadores do
metro, Thiago Marcelino.
A
decisão do Tribunal Regional do Trabalho foi conhecida quatro dias antes do
início do campeonato do mundo de futebol, com a partida inaugural, marcada para
12 de junho, a ser disputada entre Brasil e Croácia no estádio Arena
Corinthians de São Paulo, e para a qual se prevê que cerca de 50 mil adeptos se
desloquem de metro.
A
justiça considerou a greve abusiva por não respeitar a decisão anterior, que
obrigava os trabalhadores a garantir 100% de circulação nas horas de ponta e
70% nos restantes horários.
O
tribunal determinou ainda o pagamento por parte do sindicato de uma multa de
100 mil reais (cerca de 32.600 euros) diários pela paralisação, e os montantes
serão entregues a um hospital de São Paulo.
A
decisão do tribunal é conhecida depois do fracasso das negociações entre o
sindicato de trabalhadores, que reclamam um aumento salarial de 12,2%, e o
metro de São Paulo, gerido pelo Governo regional, que propõe um aumento máximo
de 8,7%, tendo sido determinado judicialmente que o aumento deverá ser fixado
de acordo com os valores propostos pela entidade patronal, avançou a agência
EFE.
Hoje
quatro das cinco linhas estiveram parcialmente paralisadas, enquanto a restante
funcionou com normalidade.
A
greve do metro afetou nos últimos dias milhões de cidadãos, uma vez que este
meio de transporte é utilizado diariamente por cerca de quatro milhões e meio
de pessoas.
Segundo
o sindicato, a greve teve a adesão de 90 a 95% dos 9.500 funcionários e inclui os
operadores de comboios, segurança e manutenção.
Lusa,
em Diário de Notícias M
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