Luanda,
11 jun (Lusa) - Formadoras portuguesas vão dotar professores angolanos de
conhecimentos para trabalharem com uma plataforma informática da Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa (CPLP), permitindo transmitir a alunos angolanos
informação sobre a comunidade lusófona.
A
formação decorre nos próximos dias no âmbito do programa CPLP nas Escolas,
criado em 2009 como resposta à constatação de que nos níveis escolares
permanece algum desconhecimento dos alunos sobre a existência desta comunidade.
Hoje,
no discurso de lançamento do programa de formação, o Diretor Nacional para o
Ensino Geral do Ministério da Educação de Angola, João Cafuquena, explicou que
esta plataforma eletrónica visa facilitar a aproximação às gerações mais
jovens, criando mecanismos que permitam atenuar a falta de conhecimento sobre
os países da CPLP.
Em
declarações à agência Lusa, a formadora Ana Neves, da Universidade de Aveiro,
responsável pela criação da plataforma eletrónica, expliocu que até sexta-feira
professores de duas escolas de Luanda, do ensino primário e do I e do II
cliclos do ensino secundário, vão receber formação para trabalhar ?on-line' com
professores de outras escolas de Estados-membros.
"Trata-se
de uma plataforma ?on-line' que é constituída por um conjunto de
funcionalidades que pretendem dar resposta a alguns dos objetivos a que este
programa se propõe", referiu Ana Neves.
De
acordo com a docente portuguesa, este programa informático possibilita que
alunos e professores possam comunicar através do envio de mensagens ou de um
'chat', permitindo a criação de uma rede de contacto para que possam trabalhar
sobre determinados temas, partilhar experiências e informações sobre os seus
países.
"Podem
ainda fazer trabalhos colaborativos, um professor de Angola pode propor a um
professor do Brasil ou de Portugal, que em conjunto com os seus alunos façam um
trabalho por exemplo sobre a flora, então os dois professores e as duas turmas
irão em simultâneo trabalhar sobre o mesmo tema e ao mesmo tempo sobre um mesmo
trabalho", explicou.
No
seu discurso, João Cafuquena lembrou que as realidades dos países membros da
CPLP são diferentes mas com aspetos comuns, pretendendo-se com este programa
que cada escola envolvida transmita a sua realidade específica em matérias como
os direitos humanos, geografia, história, cultura, saúde e higiene escolar,
língua portuguesa, matemática ou ambiente.
A
formação de professores começou em maio em Portugal, seguindo-se Cabo Verde e
agora Luanda, para depois continuar em Moçambique, em outubro no Brasil, em
novembro em São Tomé
e Príncipe e em dezembro em Timor-Leste e Guiné-Bissau.
A
CPLP foi criada em 1996 e integra Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo
Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
NME
// PJA - Lusa
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