quinta-feira, 12 de junho de 2014

Professoras portuguesas formam colegas angolanos em plataforma CPLP




Luanda, 11 jun (Lusa) - Formadoras portuguesas vão dotar professores angolanos de conhecimentos para trabalharem com uma plataforma informática da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), permitindo transmitir a alunos angolanos informação sobre a comunidade lusófona.

A formação decorre nos próximos dias no âmbito do programa CPLP nas Escolas, criado em 2009 como resposta à constatação de que nos níveis escolares permanece algum desconhecimento dos alunos sobre a existência desta comunidade.

Hoje, no discurso de lançamento do programa de formação, o Diretor Nacional para o Ensino Geral do Ministério da Educação de Angola, João Cafuquena, explicou que esta plataforma eletrónica visa facilitar a aproximação às gerações mais jovens, criando mecanismos que permitam atenuar a falta de conhecimento sobre os países da CPLP.

Em declarações à agência Lusa, a formadora Ana Neves, da Universidade de Aveiro, responsável pela criação da plataforma eletrónica, expliocu que até sexta-feira professores de duas escolas de Luanda, do ensino primário e do I e do II cliclos do ensino secundário, vão receber formação para trabalhar ?on-line' com professores de outras escolas de Estados-membros.

"Trata-se de uma plataforma ?on-line' que é constituída por um conjunto de funcionalidades que pretendem dar resposta a alguns dos objetivos a que este programa se propõe", referiu Ana Neves.

De acordo com a docente portuguesa, este programa informático possibilita que alunos e professores possam comunicar através do envio de mensagens ou de um 'chat', permitindo a criação de uma rede de contacto para que possam trabalhar sobre determinados temas, partilhar experiências e informações sobre os seus países.

"Podem ainda fazer trabalhos colaborativos, um professor de Angola pode propor a um professor do Brasil ou de Portugal, que em conjunto com os seus alunos façam um trabalho por exemplo sobre a flora, então os dois professores e as duas turmas irão em simultâneo trabalhar sobre o mesmo tema e ao mesmo tempo sobre um mesmo trabalho", explicou.

No seu discurso, João Cafuquena lembrou que as realidades dos países membros da CPLP são diferentes mas com aspetos comuns, pretendendo-se com este programa que cada escola envolvida transmita a sua realidade específica em matérias como os direitos humanos, geografia, história, cultura, saúde e higiene escolar, língua portuguesa, matemática ou ambiente.

A formação de professores começou em maio em Portugal, seguindo-se Cabo Verde e agora Luanda, para depois continuar em Moçambique, em outubro no Brasil, em novembro em São Tomé e Príncipe e em dezembro em Timor-Leste e Guiné-Bissau.

A CPLP foi criada em 1996 e integra Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

NME // PJA - Lusa

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