Hong
Kong, China, 09 set (Lusa) -- Militantes pró-democracia de Hong Kong raparam a
cabeça hoje em protesto contra a decisão de Pequim de estabelecer limitações ao
sufrágio universal na antiga colónia britânica.
Explicaram
que a perda dos cabelos representava os sacrifícios que estavam dispostos a
suportar para garantir o futuro político do território sob administração
chinesa.
Dezenas
de manifestantes concentraram-se hoje numa igreja, depois de Pequim ter
anunciado que o futuro chefe do executivo local será eleito por sufrágio
universal a partir de 2017, mas que serão selecionados dois ou três candidatos
para se apresentarem ao escrutínio.
Os
militantes pró-democracia consideram a restrição inaceitável e acusam Pequim de
traição.
Entre
os manifestantes que simbolicamente raparam a cabeça encontram-se três
fundadores do principal movimento, Occupy Central, que quer bloquear o bairro
empresarial da cidade para protestar contra a decisão chinesa.
"Estamos
determinados a mostrar que estamos prontos a renunciar a qualquer coisa para
lutar por algo mais importante", disse Benny Tai, um dos três.
"Para
os chineses, os cabelos representam uma dádiva dos pais. São preciosos. Um dia
daremos também a nossa liberdade para lutar pela democracia", adiantou.
Os
habitantes de Hong Kong beneficiam de um sistema judiciário e político
diferente do da China e de uma liberdade de expressão desconhecida no
continente, mas estão preocupados com a crescente interferência de Pequim nas
questões do território.
PAL
// VM - Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário