O
líder da CGTP considera que o aumento do salário mínimo para os 505 euros não é
suficiente e que vai manter no limiar da pobreza mais de 500 mil trabalhadores em Portugal. Os números
reivindicados pela central sindical liderada por Arménio Carlos são bem
superiores, mas não reuniram o apoio do Governo e das entidades patronais.
A
CGTP foi a única entidade que, em sede de concertação social, se recusou a
assinar o acordo que estipula que o Salário Mínimo Nacional (SMN) passará dos
atuais 485 para os 505 euros.
Aos
jornalistas, o secretário-geral da central sindical explicou os motivos, que
passam não só pelo valor em causa, mas pela atitude do Executivo.
“Além
de tardio, é insuficiente. Os trabalhadores já deviam estar a receber 500 euros
desde janeiro de 2011. O facto de isso não ter acontecido levou a que tivessem
perdido cerca de 780 euros neste período”, explicou o sindicalista.
Os
“encargos com a habitação, saúde e educação, que aumentaram significativamente
nos últimos quatro anos”, fazem, na sua opinião, com que o “acréscimo para lá
dos 500 euros esteja longe de repor o poder de compra e corresponder às
possibilidades que as empresas têm para melhorar o SMN”.
Além
de considerar que tal aumento funciona, da parte do Governo, como uma “moeda de
troca para os patrões voltarem a ser beneficiados pelo Estado”, Arménio Carlos
entende que, com a “redução da TSU”, o Executivo encontrou uma forma de
financiar os patrões para aumentar o salário mínimo.
O
representante dos trabalhadores relembrou que as metas estipuladas pela CTGP
vão mais além: “515 euros a partir de junho deste ano, 540 euros a partir de
janeiro de 2015 e 600 euros no início de 2016” .
Goreti
Pêra – Notícias ao Minuto
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