sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Portugal: Ordem dos Médicos diz que 15 mil utentes do Norte vão ficar sem médico de família




O Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos alertou, esta sexta-feira, que 15 mil utentes vão ficar sem médico de família devido às 21 vagas alocadas à região no concurso para profissionais de Medicina Geral e Familiar.

"Serão cerca de 15 mil utentes a quem foi atribuído um médico de família que voltarão a não ter quem os acompanhe", lamenta o Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos (CRN-OM) em comunicado, explicando que o concurso que termina, esta sexta-feira, retira ao Norte oito médicos.

O CRN-OM explica que, em outubro, "terminaram a formação específica em Medicina Geral e Familiar" 29 internos que assumiram de imediato "ficheiros de utentes", se apresentaram como "os seus novos médicos de família" e começaram a "estudá-los e acompanhá-los".

Agora, no concurso para assinatura de contratos vinculativos, o Norte fica apenas com 21 vagas, alerta a entidade representante dos médicos do Norte.

Considerando estar em causa "uma falta de respeito para com os doentes e para com os profissionais de saúde", a ordem dos médicos do Norte avisa ter por intenção "desenvolver todos os esforços para defender os doentes e combater a ilegalidade e falta de equidade deste tipo de concursos".

"O CRN-OM considera inaceitável a retirada de recursos necessários no Norte do país para outras regiões, obrigando recém especialistas a saírem de locais onde são necessários e onde assumiram já listas de utentes, que se verão de novo sem médico de família", escreve-se no comunicado.

Esta entidade avisa ainda que a região é "a única que aloca profissionais recém-especialistas após a conclusão do internato para locais onde há falta de médicos de família enquanto aguardam colocação definitiva".

O CRN-OM sublinha que, "pela primeira vez, a responsabilidade destes concursos ficou sediada na Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS)", entidade que, no "documento justificativo de atribuição de vagas pelas várias Administrações Regionais de Saúde (ARS), assume que o Norte tem uma carência de 144 médicos de família.

Jornal de Notícias

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