Díli,
28 fev (Lusa) - O presidente de honra da Confederação Empresarial da CPLP
(CE-CPLP), o empresário timorense Jorge Serrano, apelou hoje aos empresários e
bancos lusófonos para que apostem em Timor-Leste como destino de
"investimento estratégico".
"Não
falo de investimento residual. Não falo de investimentos em contentores ou em
lançamentos de primeiras pedras, que resultam ser primeiras, últimas e únicas
pedras", afirmou.
"Como
empresário, falo de investimento estratégico. Falo de parcerias estratégicas,
falo de juntarmos conhecimento técnico e capacidade de atuar no terreno. Falo
de eficiência. Que é isso que a lusofonia pode trazer aos negócios", disse
em Díli.
Jorge
Serrano, que é presidente do grupo GMN-H e presidente da Associação Nacional
dos Jovens Empresários de Timor-Leste (ANJET) tomou posse como presidente de
honra da entidade lusófona, numa cerimónia hoje em Díli.
Na
sua intervenção, Serrano defendeu que a Confederação Empresarial da CPLP
(CE-CPLP) deve ser agente de "facilitação de investimentos e
parcerias" que promovam o desenvolvimento económico do espaço lusófono,
disse o presidente de honra da entidade que hoje tomou posse.
"Promover
o sector empresarial de um espaço como o espaço lusófono é um desafio tão
grande como uma oportunidade", afirmou.
"Temos
que estimular as parcerias. Temos que saber ligar o conceito de 'know-how',
como fazer, com o conceito de 'know-who', com quem fazer", disse ainda.
Timor-Leste
assumiu hoje em Díli a presidência da Confederação Empresarial da CPLP
(CE-CPLP), numa cerimónia presidida pelo chefe do Governo timorense, Rui Maria
Araújo.
Para
Serrano é uma oportunidade para demonstrar que é possível trazer para
Timor-Leste "investimento lusófono, financiamento lusófono, parcerias
estratégicas".
"E,
neste pressuposto, faço um apelo aos empresários lusófonos e aos bancos
lusófonos, que apoiem este momento. Por que este é o momento do arranque, do
verdadeiro começo", disse.
"Estamos
a desenvolver estudos capazes de identificar áreas estratégicas em que as
parcerias entre empresas lusófonas sejam uma mais-valia. Estamos a preparar-nos
para responder às necessidades estratégicas de Timor-Leste", afirmou.
Serrano
recordou que assume a presidência de honra quando a CE-CPLP já tem capacidade
para definir os seus programas, coordenar a sua rede de membros e para
"promover o desenvolvimento de negócios e parcerias na CPLP".
A
entidade, disse, deve servir para criar uma rede de parcerias empresariais, de
conhecimentos, de oferta e de procura de produtos, bens e serviços.
Timor-Leste,
disse Serrano, que está no seu processo de construção tanto do seu setor
público como do privado, deve ser um 'hub', um espaço de encontro para todo o
setor empresarial lusófono.
Além
da entrega da presidência da CE-CPLP a Timor-Leste e da tomada de posse dos
órgãos sociais, estão previstos para os próximos dois dias, em Díli, encontros
que vão dar a conhecer oportunidades de negócios no país e promover os
principais projetos timorenses em curso.
ASP
// SO
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