Os
reformados, pensionistas e idosos da confederação MURPI protestaram contra a
continuação dos cortes nas pensões, em comunicado hoje divulgado, e anunciaram
que não vão permitir que a sustentabilidade da Segurança Social seja feita à
custa dos seus rendimentos.
Num
comunicado intitulado "Governo insiste no saque aos reformados", a
Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos MURPI afirma ter
sido "surpreendida" com as declarações da Ministra das Finanças ao
anunciar a continuação dos cortes nas pensões dos reformados nos próximos cinco
anos.
"Estas
declarações vêm no sentido contrário à aprovação, por milhares de reformados,
no dia 11 de abril, da exigência do aumento generalizado das suas
pensões", afirmam, defendendo que as medidas do Governo "visam a
fragilização financeira da Segurança Social e o empobrecimento generalizado da
grande maioria dos portugueses".
A
MURPI destaca que o Governo reduziu a contribuição das entidades empregadoras,
aprovou perdões fiscais que geram mais dívidas à Segurança Social e cortou no
ano passado 578,8 milhões de euros nas despesas com prestações sociais.
"O
Governo pretende descapitalizar a Segurança Social, degradar o funcionamento
dos serviços sociais, com o despedimento de trabalhadores, para promover a
privatização da Segurança Social à custa de retrocesso social da sociedade
portuguesa", afirma a MURPI, defendendo a urgência de um afastamento deste
Governo.
A
Confederação apela a todos os reformados e pensionistas a participarem nas
comemorações do 25 de abril e do 1º de Maio, continuando a luta pela derrota da
política do Governo.
Na
quinta-feira, na conferência de imprensa a seguir ao Conselho de Ministros em
que foram aprovados o Pacto de Estabilidade e o Plano Nacional de Reformas, a
ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, anunciou várias medidas para os
anos de 2016 a 1019, entre as quais que a Contribuição Extraordinária de
Solidariedade (CES), que atualmente se aplica às pensões acima de 4.611,42
euros, vai ser "reduzida para metade em 2016" e em 2017 já não se vai
aplicar.
O
Governo anunciou ainda que prevê poupar 600 milhões de euros em 2016 com uma
reforma do sistema de pensões, mas sem adiantar como pretende fazê-lo,
justificando a ausência de pormenores sobre a poupança a obter com a falta de
disponibilidade para o diálogo da parte do PS.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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