terça-feira, 12 de maio de 2015

Rússia convida Grécia para participar do banco de desenvolvimento dos Brics



Opera Mundi, São Paulo

Na última cúpula do bloco no ano passado, Dilma Rousseff disse que instituição foi criada como 'alternativa para necessidades de financiamento'

Em conversa telefônica com o primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, o vice-ministro das Finanças da Rússia, Sergei Storchak, convidou Atenas a participar do banco de desenvolvimento dos Brics, formado também por Brasil, Índia, China e África do Sul, reportou o jornal gregoEkathimirini na segunda-feira (11/05)

Em resposta, Tsipras agradeceu a oportunidade de participação na instituição exclusiva do bloco de países emergentes, anunciado na última cúpula do grupo, em 15 de julho de 2014, em Fortaleza.

Para o chefe de governo grego, o convite foi uma “surpresa agradável” que será “examinado minuciosamente” e potencialmente discutido com outros líderes do Brics durante o Fórum Econômico Internacional de 2015 na cidade russa de São Petersburgo, indicou uma nota divulgada pelo seu partido, o Syriza.

Ainda na segunda, foi confirmado que o primeiro presidente do banco dos Brics será o economista indiano Kundapur Vaman Kamath, atualmente dirigente do ICICI Bank, o segundo maior banco indiano e o maior dos bancos privados do país asiático. Ele presidirá a instituição pelos próximos cinco anos e depois entregará o cargo de liderança ao Brasil.

Durante a cúpula dos Brics no ano passado, a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, declarou à época que a criação do banco “representa uma alternativa para as necessidades de financiamento para os países em desenvolvimento, compensando a insuficiência de crédito das principais instituições financeiras internacionais”.

Além do banco de desenvolvimento, foi elaborado ainda um fundo emergencial de US$ 100 bilhões de ajuda mútua para situações de crise financeira. Os órgãos irão financiar projetos de infraestrutura e de desenvolvimento para as cinco economias emergentes que somam um quinto do PIB global e 40% da população mundial.
Rublo como moeda de troca

Além disso, Storchak sugeriu ainda a Tsipras que investidores e turistas russos possam  usar o rublo para pagar por bens de consumo e serviços na Grécia, auxiliando no desenvolvimento do turismo grego, uma das principais rendas da frágil economia do país.

“Essa duas nações poderia cooperar e começar a usar a moeda nacional em pagamentos de commodities e serviços”, afirmou Storchak, segundo a agência de notícias local AMNA. “Cidadãos russos são sensíveis quando se trata de conversão de rublos por outra moeda”, acrescentou.

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